Quanto Custa Criar
Programa de informação sobre a retirada abusiva de crianças aos pais e a sua institucionalização em lares de acolhimento que recebem remuneração do Estado em função do número de crianças institucionalizadas, ilustrada com o caso concreto de Ana Maximiano, presidente da Associação e Movimento de Alerta à Retirada de Crianças e Adolescentes (AMARCA), uma reportagem da autoria do jornalista José Ramos e Ramos.
Resumo Analítico
Ana Maximiano acaricia a barriga de grávida, olha para fotografia e afirma emocionada que as filhas que lhe foram retiradas pela Segurança Social vão voltar para casa; reconstituição do momento de retirada das crianças; José Ramos e Ramos entra na instituição privada de acolhimento de crianças “Crescer Ser” (CS) onde é recebido por Armando Leandro, juiz e presidente da CS e da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). 01h53: Armando Leandro afirma que é uma “ideia preconceituosa e maldosa” o facto de se sugerir que existe um negócio por trás da instituição e da comissão; Ana Maximiano faz viagem de comboio, come pequeno-almoço, recorda emocionada o dia em que as (3) filhas lhe foram retiradas, consulta documentos em formato digital, afirma que as filhas foram testemunhas de violência doméstica e planta flor alternado com mão folheia documentação, fotografia desfocadas e Armando Leandro afirma que as crianças só são retiradas sem consentimento quando se tratar de uma situação de emergência e de risco para a criança. 05m06: Interior de régie e reconstituição do momento de retirada das crianças; mão segura em telemóvel com ecrã desfocado; Ana Maximiano trabalha durante viagem de comboio; Filomena Paiva, mãe de 6 filhos, entra em casa, faz tarefas domésticas, recorda o dia em que lhe retiraram os (5) filhos, folheia álbum de fotografias e afirma não saber quando é que os filhos vão regressar e Ricardo Carvalho, marido de Filomena e pai dos 5 filhos retirados, refere o comportamento da enteada. 09m31: Armando Leandro afirma que o dinheiro pago pelo estado por cada criança não cobre as despesas; Filomena Paiva refere o facto de ser pobre e Ricardo Carvalho destaca a saudade que sente dos filhos; exterior do Tribunal de Santarém; depoimento de Fernando Santos sobre a falta de ajuda da Segurança Social; Armando Leandro pronuncia-se sobre o sistema de apoio às crianças; Gameiro Fernandes, advogado, destaca a facilidade de fazer queixas contra pais sem averiguação prévia. 12m31: Representante da AMARCA conversa com segurança no portão de Lar da Santa Casa da Misericórdia, acompanhada por mulher a quem foi retirada a filha, e abandonam as instalações; imagens noturnas de automóvel a passar o portão; Clara Rodrigues, avó de criança retirada pela Segurança Social, refere as condições pobres da sua casa em Óbidos e emociona-se ao falar do neto que lhe foi retirado e Mónica Urbano, filha de Clara, destaca o amor que se sente em casa. 15m29: Armando Leandro refere-se à pobreza e a institucionalização das crianças, cumprimenta convidados na 2ª Gala da CS no Casino do Estoril (outubro de 2017), destacando-se a presença de Paulo Guerra, diretor adjunto do Centro de Estudos Judiciários e membro diretivo da CS, e o seu discurso; planos de crianças (não identificada) em parque infantil alternado com Armando Leandro pronuncia-se sobre o acompanhamento familiar e a origem da instituição privada “Crescer Ser”. 18m13: Depoimentos de Guilherme Figueiredo, Bastonário da Ordem dos Advogados, Gameiro Fernandes e de Elina Fraga, ex-bastonária da Ordem dos Advogados, sobre a possível existência de conflito de interesses na acumulação de cargos da presidência da CPCJ e de instituição de acolhimento de crianças; Ana Maximiano refere a situação de conflito de Armando Leandro e que este lhe assegurou que as crianças não podem ser retiradas dos pais por razões de carências financeiras. 19m55: Armando Leandro afirma que nunca presenciou institucionalizações forçadas e a saída de Joana Marques da “Crescer Ser” para exercer o cargo de procuradora geral da República alternado com mulheres da AMARCA entram e saem da Procuradoria Geral da República; Ana Maximiano refere as queixas apresentadas na procuradoria e Gameiro Fernandes acusa o Instituto da Segurança Social (ISS) de negar o acesso às decisões que deviam ser de conhecimento; grafismo do comunicado do ISS; Guilherme Figueiredo destaca a necessidade do advogado ter acesso a toda informação dos casos. 22m19: Anabela Caratão pinta em casa, refere emocionada que faz tudo pelos filhos que lhe foram retirados com quatro meses de idade e o envolvimento do tio do ex-companheiro na retirada das crianças; grafismo com documento sobre o caso de Anabela; planos de crianças (não identificadas); Armando Leandro refere o apoio do Estado no sustento das crianças; Fátima Serrano, secretária geral da CS, visita casas de acolhimento da CS, refere o início da instituição, conversa com jovem (com rosto desfocado) e refere o trabalho realizado com as famílias. 26m03: Depoimento de Rui Godinho, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, sobre a aposta no acolhimento familiar; Gameiro Fernandes refere a não existência do referido acolhimento devido à existência do negócio que rodeia as instituições e a incompatibilidade de cargos existente no setor; Ana Maximiano espera pela filha em jardim, entra no comboio e faz viagem de volta a Lisboa. 29m03: Grafismo sobre os cargos exercidos por Armando Leandro e os gastos do estado portugues nos lares de acolhimento.