Prisões Portuguesas – Parte II
Segunda parte do programa, apresentado pelos jornalistas Margarida Marante e Miguel Sousa Tavares, de debate sobre a vida nas prisões portuguesas e os problemas associados à droga, homossexualidade e consumo de medicamentos, bem como as condições do sistema prisional português e a importância do trabalho dos reclusos. São convidados: Fernando Duarte, diretor-geral dos Serviços Prisionais, Paulo Alves, estudante de Economia e visitador de reclusos na Penitenciária de Lisboa, Soreto de Barros, juiz de execução de penas, e Isidro Rodrigues, ex-recluso.
Resumo Analítico
02h40m02: Fernando Duarte realça a boa relação entre presos e funcionários prisionais. 02h41m47: Paulo Alves refere que visita prisões semanalmente desde há dois anos e que aqueles estabelecimentos são realidades complexas. 02h43m08: Isidro Rodrigues enumera os seus crimes e as cadeias por onde passou nos 11 anos de reclusão, admitindo alguns casos de bom relacionamento entre presos e funcionários prisionais. 02h47m25: Soreto de Barros refere as funções de um juiz de execução de penas e admite que os juízes têm uma visão parcelar das prisões. 02h50m53: Fernando Duarte diz que o sistema prisional tem melhorado, destaca a renovação de instalações e o aumento de cursos profissionais e elogia a prisão-hospital de Caxias. 02h55m42: Isidro Rodrigues pretende melhores condições médicas. 02h57m36: Paulo Alves afirma que o consumo de tranquilizantes é excessivo e agrava-se durante a noite. 02h59m35: Soreto de Barros considera que é difícil permitir a prática de relações sexuais entre os reclusos e as suas companheiras. 03h01m17: Fernando Duarte defende a prática anterior e uma maior relação de afeto com as famílias; Soreto de Barros comenta o exemplo de Pinheiro da Cruz onde são permitidas as relações sexuais. 03h05m26: Isidro Rodrigues considera que a abstinência sexual pode levar à homossexualidade e diz não saber como a droga entra nas cadeias; Fernando Duarte refere que a droga entra das maneiras mais curiosas, recusa a corrupção das direções prisionais e realça que primeiro é preciso resolver o problema da toxicodependência na sociedade. 03h11m13: Paulo Alves destaca a importância dos reclusos trabalharem apesar do baixo salário; Soreto de Barros defende o aumento desse salário também para indemnizar as vítimas dos crimes. 03h15m30: Fernando Duarte diz ser ajustado o valor de 300 escudos diários para a alimentação dos presos.