Presidenciais 91 – Parte XIII

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Décima terceira parte do programa dedicado às Eleições Presidenciais de 1991, apresentado pelo jornalista José Eduardo Moniz nos estúdios da RTP em Lisboa, com ligação em direto às redações do jornais e a presença de José António Saraiva, diretor do semanário "Expresso", e Vicente Jorge Silva, diretor do jornal "Público", os comentário dos convidados em estúdio, António Barreto, do PS, João Amaral, do PCP, Ivo Pinho, do PRD, José Pacheco Pereira, do PSD e Narana Coissoró, do CDS, e ainda as ligações em direto às sedes de candidatura de Mário Soares, Basílio Horta, Carlos Carvalhas e de Carlos Marques.

  • Nome do Programa: Presidenciais 91
  • Nome da série: Presidenciais 91
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: José Eduardo Moniz, António Barreto, Vidal de Oliveira, António José Saraiva, Mário Soares, Vicente Jorge Silva, José Pacheco Pereira, João Amaral, Ivo de Pinho, Narana Coissoró, Álvaro Cunhal, Olga Almeida
  • Temas: Política, Sociedade
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Apresentação: José Eduardo Moniz.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Apoiantes no exterior do cinema Tivoli em Lisboa. 02m24: Comentário de António Barreto que questiona Alberto João Jardim, dizendo que Soares obtém mais votos que a abstenção e votos nulos; refere que a vitória de Mário Soares, foi-se construindo ao longo do tempo. 04m42: Quadro de totais nacionais, quando estão apuradas 4198 freguesias; quadro das abstenções; quadro comparativo entre a abstenção em 1986/1991. 07m05: Sondagem e projeção da RTP/ Euroteste para as futuras eleições legislativas, onde o PSD obteria 40,4%, o PS 31,4%, PCP 7,9% e CDS 3% e a abstenção ficaria nos 26,5%; quadros com percentagens dos candidatos a primeiro ministro. 10m42: Comentário de Vidal de Oliveira, responsável pela sondagem da Euroteste, que diz como foi realizada esta projeção, e que existe uma grande probabilidade do PSD ser o partido mais votado. 13m59: Comentário de António José Saraiva, que refere que o PS não beneficiou muito da eleição de Mário Soares e que o PSD não sai totalmente vencedor devido à elevada fasquia que Soares obtém lhe dá legitimidade; acha que Cavaco Silva e o PSD têm mais hipóteses de vencer e com a maioria absoluta. 16m27: Mário Soares, reeleito Presidente da República, dirige-se para a sala de espetáculo do cinema Tivoli em Lisboa. 17m42: Comentário de José António Saraiva, que afirma que Mário Soares irá ter um papel mais interveniente caso o PSD, não obtenha a maioria absoluta. 19m33: Discurso de Mário Soares, reeleito Presidente da República, do interior da sala de espetáculos do cinema Tivoli em Lisboa, que agradece a todos o entusiasmo, civismo, empenhamento e apoio à sua candidatura; agradece em especial aos portugueses, aos mais carenciados, desfavorecidos e aos marginalizados pelo progresso; agradece a todas as personalidades e em especial à juventude, delegações do MASP, mandatário nacional, diretor de campanha, mandatária para a juventude, portas vozes e da comissão política e da comissão de honra; espera que Portugal progrida no futuro em crescimento económico no maior polo que é a Comunidade Europeia, mas que seja num país de solidariedade e justiça social; afirma que no seu mandato tudo fará para que Portugal seja um país de paz, de segurança para todos os cidadãos, de liberdade, de justiça e de progresso; para ele o povo português é soberano e já se pronunciou e assim já não há polémicas passadas, esquecem-se os ataques e não existem ressentimentos e dirige uma palavra de solidariedade para os seus adversários, e afirma que continuará a ser o presidente de todos os portugueses; fala na situação internacional em particular no Golfo e na Lituânia e assim há a necessidade de reforçar a coesão nacional e a unidade entre todos os portugueses; salienta a necessidade de estabilidade, segurança, liberdade e justiça. 31m39: Comentário de Vicente Jorge Silva que refere que a imagem de Jorge Sampaio é desvalorizada em relação a Mário Soares e ao PS o mesmo acontecendo entre Basílio Horta e Freitas do Amaral e o CDS; paralelamente à imagem emergente de Mário Soares, surge Cavaco Silva e o PSD, surgindo um protagonismo a dois; acha que devido aos acontecimentos internacionais, haverá a necessidade de estabilidade e caso não haja maioria Soares será tentado a formar o Bloco Central e a ter um papel mais interventivo. 34m49: Comentário de José Pacheco Pereira refere que a sondagem mostra, que o PS não ganhou com as eleições presidenciais e que o CDS quase desaparece à direita do PSD, o mesmo não acontecendo ao PCP à esquerda; afirma também que é benéfico haver uma liderança forte e personalizada para o PSD. 38m27: Comentário de António Barreto sobre as sondagens dos meios de comunicação social, que dão valores bastante diferentes; no entanto em relação a esta sondagem regista a quebra do PSD em 10% e a subida do PS em 10% e um número elevado de indecisos; e nota também uma reduzida votação no PCP e muito reduzida no CDS; para ele o PS tem a possibilidade de fazer um bom resultado nas eleições legislativas, mas deverá ter uma alteração estratégica; acha que em termos de personalidade a figura de Cavaco Silva no governo é um capital para o PSD. 42m58: Comentário de João Amaral que se mostra surpreendido por ter aparecido uma sondagem das legislativas, quando se estão a comentar as eleições presidenciais; afirma que não dá significado especial à sondagem para as legislativas. 45m45: Comentário de Ivo de Pinho afirma que ainda faltam 10 meses para as eleições legislativas e assim, ainda é cedo para se tirarem conclusões; salienta que há uma clara descolagem do PSD em relação ao PS, e que se metade dos indecisos votar no PSD, este partido irá obter a maioria absoluta; acha que o PS teve uma prestação muito fraca na discussão do Orçamento de Estado e sobre o Golfo; a situação do PRD é bastante complicada e na próxima convenção terá de encontrar ânimo e organização partidária para ter um papel influente na vida política portuguesa. 49m41: Comentário de Narana Coissoró também surpreendido pelo aparecimento da sondagem das legislativas, no dia das eleições presidenciais; fala das diferentes sondagens dos meios de comunicação social que dão valores diferentes ao CDS; afirma que esta sondagem aparece quando o CDS é acusado de ser um partido de extrema direita, de radicais e caceteiros, havendo assim uma contra propaganda; no entanto o partido terá que trabalhar no futuro e definir estratégias para obter o melhor score possível; acha que as figuras e personalidades são fundamentais para os partidos, como foi o chanceler Helmut Kohl na Alemanha. 54m00: Comentário de Vidal Oliveira, responsável pela sondagem que fala no timing de recolha da informação e fala que esta sondagem foi realizada em locais com mais de 5000 habitantes. 55m15: Jornalista Paula Magalhães divulga peça sobre a crise no Golfo. 58m35: Direto da jornalista Olga Almeida da sede do PCP na rua Soeiro Pereira Gomes em Lisboa, entrevista Álvaro Cunhal, Secretário Geral do PCP, que fala em duas festas a da candidatura e a da campanha, falando no êxito político e da mensagem que Carlos Carvalhas levou ao povo, com os problemas e soluções para os graves problemas nacionais, sendo esse sucesso adquirido antes do ato eleitoral; salienta que as eleições confirmaram o êxito da campanha política e eleitoral.

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