Portugal 68: da Revolução Corporativa à Revolução Permanente – Parte I
Primeira parte do documentário sobre os acontecimentos que marcaram 1968, ilustrado com imagens de arquivo alusivas à inauguração de monumentos, manifestação dos trabalhadores da Carris, tomada de posse de Marcelo Caetano no cargo de presidente do Conselho, e à visita oficial do Almirante Américo Tomás, presidente da República, às províncias da Guiné e Cabo Verde.
Resumo Analítico
Excerto de discurso de Marcelo Caetano; cerimónia da inauguração da estátua de Dom Nuno Álvares Pereira, da autoria do mestre Leopoldo de Almeida, na vila da Batalha, a 24 de julho; Almirante Américo Tomás cumprimenta António de Oliveira Salazar; descerramento da estátua; Salazar e comitiva entram no Mosteiro da Batalha. 05m21: Concentração de trabalhadores da "Carris", empresa de transportes públicos, como forma de reconhecimento pela resolução do problema salarial proposta pelo Governo, junto ao Palácio de São Bento, com cartazes "Viva a pátria", "Viva Portugal indivisível" e "O pessoal da CCFL reconhecidos a V.Exª"; Salazar recebe prenda dos representantes sindicais, discursa afirmando que "somos todos solidários uns com os outros dentro da nação", e observa a manifestação dos trabalhadores a partir da varanda do palácio que o aplaudem. 07m27: Convívio informal entre António de Oliveira Salazar, Almirante Américo Tomás e membros do governo que constituíram o gabinete ministerial; Salazar recebe grupo de alunas da Escola do Magistério de Malanje (escola de formação de professores para o ensino primário) de Angola; janelas do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa. 08m25: Marcelo Caetano cumprimenta vários membros do governo; Almirante Américo Tomás faz comunicação ao país; discurso de Marcelo Caetano durante a sua tomada de posse para o cargo de presidente do Conselho a 27 de setembro, em que comenta o facto de ter sido nomeado para o cargo e destaca as razões que o fizeram aceitar nomeadamente a importância de se manter "a independência nacional, a integridade do território (...) pensei na necessidade de não descurar um só momento a defesa das províncias ultramarina", cita a frase "todos não somos demais para continuar Portugal" e refere as suas prioridades enquanto presidente do conselho principalmente na manutenção da ordem pública. 26m18: Imagens aéreas do paquete "Funchal" atracado no porto da Guiné; chegada do Almirante Américo Tomás no âmbito da sua visita oficial à Guiné em fevereiro; populares aplaudem e celebram a passagem do cortejo presidencial onde Américo acena em direção à população; homens com trajes tradicionais; Américo Tomás recebe oferendas populares e é transportado numa cadeira carregada por mulheres; hastear da bandeira nacional de Portugal; Américo Tomás condecora militares; plano de militar negro em sentido; multidão celebra a passagem de Américo Tomás atirando confetes, aplaudindo e cumprimentando o presidente. 28m56: Paquete "Funchal" atracado no porto de Cabo Verde no âmbito da sua visita oficial à província em fevereiro; multidão acena e aplaude a passagem do automóvel presidencial de onde Américo Tomás acena e cumprimenta as pessoas; faixa de boas vindas a Américo em Cabo Verde; populares acenem à medida que Américo Tomás saúda a partir de barco e do "Funchal"; chegadas de embarcações ao cais de Belém em Lisboa; receção popular a Américo Tomás na chegada a Lisboa; estudantes universitários trajados saúdam Américo. 30m41: Américo Tomás a discursar na presença de António de Oliveira Salazar e membros do governo; condecoração de Gertrudes Tomás, esposa de Américo Tomás, com a Grã Cruz da Ordem Benemerência; comemorações do 11º centenário da Presúria Portucalense no Porto em junho, com a presença de Américo Tomás em cortejo presidencial pelas ruas da cidade onde populares aplaudem a sua passagem; cerimónia militar; descerramento da estátua de Vimara Peres da autoria de Salvador Barata Feyo; placa toponímica "Avenida de Vimara Peres"; pessoas nas varandas assistem ao cortejo. 32m19: Discurso de Américo Tomás recorda o apelo que fez no Barreiro a 23 de setembro de 1961, nomeadamente a impossibilidade do governo conseguir sozinho resolver as questões relacionadas com a habitação e dirigia-se aos "homens bons e ricos da nossa terra para comungarem com o seu esforço pessoal (...) na obra urgente de substituir todos os bairros de lata em que a promiscuidade é a arrepiante regra por habitações sadias".