Pinto Quadros por Letras

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Documentário biográfico dedicado a João Rodrigues Vieira (Vidago, 4 de Outubro de 1934 - Lisboa, 5 de Setembro de 2009) Artista Plástico, Escritor e Cenógrafo português, com base em imagens de arquivo e testemunhos tanto na primeira pessoa como de personalidades que com ele privaram e que comentam a sua arte.

  • Nome do Programa: Pinto Quadros por Letras
  • Nome da série: PINTO QUADROS POR LETRAS
  • Temas: Artes e Cultura
  • Canal: RTP 2
  • Menções de responsabilidade: Autoria: Gabriela Cerqueira. Jornalista: Manuel Falcão. Produção: Gabriela Cerqueira e Manuel Falcão.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Início do programa com fotografia a preto e branco de João Vieira em criança e o próprio em off a recordar a sua infância; imagens de filme amador Trás-os-Montes da família de João Vieira com estação ferroviária e passagem do comboio; fotografias de família, dos trabalhos da lavoura, de paisagem campestre. 02m57: João Vieira, Pintor relata as suas origens e tempos de estudante, excerto de imagens e de fotografias da sua família; exteriores da sua escola primária, na Rua das Gaivotas, em Lisboa, elevador da Bica e movimento de rua; fotografia do artista entre os colegas da primária, material didático da época com mensagens nacionalistas e salazaristas; recorda que fazia os retratos dos seus colegas nos tempos do liceu; desenhos à vista, geométricos e plantas de edifícios, sucessão de imagens que explicam as técnicas de desenho, as escalas, as expressões faciais, esculturas de mármore em museu. Relata o seu ingresso em 1951 na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, onde frequentou os dois primeiros anos do curso de pintura; retratos do próprio, de José Escada, Lourdes Castro, René Bertholo e Gonçalo Duarte, que frequentavam o Café Gelo, em Lisboa. Exteriores do prédio do Café Gelo onde funcionava o atelier deste grupo de artistas plásticos, águas furtadas; imagens de arquivo a preto e branco do Café Gelo na década de 60, desenho das tertúlias, retrato de Sebastião Fonseca, fotografia e desenhos de outros cafés literários. Grafismo com texto sobre as tertúlias literárias no Café Gelo. 09m40: Imagens a preto e branco e em fast motion da Praça do Rossio, em Lisboa; sucessão de pinturas de João Vieira, retratos de Mário Cesariny, Raul Leal, composição com retratos dos percursores do Modernismo em Portugal como Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Mário de Sá Carneiro, entre outros, capa da revista "Orfeu", sucessão de pinturas modernistas de vários pintores, composição com retratos de Almada Negreiros já velho; quadro da sua autoria, "Retrato do Poeta Fernando Pessoa", 1954. Grafismo com capa da revista "Ver", da Escola de Belas Artes, interiores com desenhos e pinturas; imagens de inovações da época como o fecho éclair e a esferográfica; João Vieira conta como a esferográfica foi logo utilizada por Almada Negreiros nas suas gravuras para esta publicação; retrato de René Bertholo, Pintor, e desenhos das suas invenções e técnicas de pintura; retratos de João Vieira junto a Mário Cesariny, de desembarque aéreo de Humberto Delgado, várias fotografias relativas à sua campanha presidencial. 15m25: Fotografia a preto e branco do exterior do Café Royal onde o grupo do Café Gelo se começou a reunir, retratos de Mário Cesariny, um dos seus frequentadores, de João Vieira com farda militar, de José Escada, de Costa Pinheiro. Declarações de João Vieira sobre a sua ida para Paris; grafismo com carta geográfica de Portugal cujo recorte é o perfil de Oliveira Salazar, fotografias emblemáticas da época, relata o pobre ambiente cultural da altura, a repressão e censura do Estado Novo e de como vários artistas e intelectuais tiveram de partir. Comentários sobre a sua vida em Paris onde trabalhou numa oficina; imagens a preto e branco de comboio em movimento dentro de túnel, retratos de Maria Helena Vieira da Silva e de João Vieira; relato dos seus vários empregos, um num atelier de serigrafias de um artista cubano que o teve de encerrar devido a Fidel Castro, fotos deste último. Fotografias de moda, de desenhos de moda e de Coco Chanel para ilustrar um dos trabalhos de João Vieira que era o de pintura artesanal de tecidos, recorda os tempos na capital francesa como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, o trabalho com o pintor Arpad Szenes, de António Saura, Pintor e Escritor espanhol, sucessão dos seus quadros desta fase. 21m43: Primeiro quadro com o alfabeto da autoria de João Vieira, vários quadros do género constantes da sua exposição na Sociedade das Belas Artes, em Lisboa, 1960. João Vieira fala sobre a sua arte e o seu estilo de pintura, retrato de Cesário Verde, Poeta da sua eleição, e que influenciou a sua forma de criar arte; grafismo com poema de Cesário Verde intitulado "Nós", o mais pessoal e autobiográfico do conjunto da sua obra poética, e que serve de mote a João Vieira que apropriou-se das palavras do poeta "Pinto quadros por letras", o que marcou uma viragem na sua pintura (as letras passaram a ser a matéria principal da sua obra pictórica), várias imagens de pinturas utilizando o alfabeto. Fotografia de João Vieira em performance com letra. 23m25: Declarações de Ernesto Melo e Castro, Poeta, sobre a influência da poesia de Cesário Verde na estética de João Vieira; este artista no seu atelier a pintar tela com espátulas; fotografia com os artistas do Café Gelo com destaque para René Bertholo; grafismo com dados da revista KWY, nome do grupo que fundaram em Paris, com capa, artigos e pinturas. Fotografias dos membros do Grupo KWY, René Bertholo e Lourdes Castro (imagem), João Vieira, Gonçalo Duarte, José Escada, Costa Pinheiro (imagem), Jan Voss e Christo. Grafismos com o nº7 da revista KWY, várias fotos do grupo e dos seus trabalhos, do nº12 (o seu último número) onde colaboraram vários artistas sonantes em Paris, e do seu nº6. 27m43: Declarações de António Costa Pinheiro e de René Bertholo, Pintores, sobre a revista KWY que espelhava o companheirismo dos seus membros. João Vieira relata a sua passagem por Londres, onde em finais de 1964 leciona no Maidstone College of Art, imagens com moldura e em fast motion de Londres na época, fotografias de Hélder Macedo, poeta seu amigo; imagens da revolução do 25 de Abril para ilustrar a vinda do pintor para Portugal, fotografia do próprio com dois dos seus filhos. Imagens de arquivo RTP a preto e branco da peça de teatro "A Castro" onde o pintor colaborou com roupas e máscaras (esteve na RTP entre 1968-72) e que foi distinguido com um prémio internacional, do programa "Hermanias", onde fez os cenários para os sketches do "Serafim Saudade", personagem de Herman José. João Vieira recorda os seus trabalhos como cenógrafo teatral, arte aprendida em Paris e depois desenvolvida em Portugal. 33m27: Declarações de Carlos Avilez, Encenador, sobre a peça "D. Quixote" onde João Vieira foi convidado para cenógrafo, fotografias da peça. Comentários de João Vieira sobre as suas colaborações com os grupos de teatro de Évora e de Almada; retratos de Jacinto Ramos, Actor, e de Álvaro Cunhal; recorda a sua colaboração como encenador na peça "Quem tem Medo de Virginia Woolf?", em parceria com Jacinto Ramos, trabalho também premiado. Grafismo com painel publicitário da peça "Traições", última peça em que João Vieira colaborou como encenador e que considera um fiasco; fotografias da mesma com Lia Gama, Mário Jacques e Filipe Ferrer. 35m36: Declarações de Ernesto Melo e Castro sobre a exposição de João Vieira na Galeria do Diário de Notícias, de Manuel João Vieira, Músico e Pintor, que comenta o estilo de pintura do seu pai e os seus ensinamentos. João Vieira fala da importância da luz na pintura, imagens que ilustram o tema, o pintor a trabalhar no seu atelier, quadros da sua autoria; feitura e montagem de vitrais; fotografia do interior e planta da Sé de Vila Real de Trás-os-Montes que estava a ser restaurada e o pintor foi convidado para a elaboração dos vitrais a partir dos seus acrílicos. Trabalhos do artista como retrato de mulher, excerto de filme da feitura da obra Incorpóreo (1972), baseado na pintura "O Nascimento de Vénus", de Sandro Botticelli. 42m07: Declarações de Maria Gonzaga, Figurinista/Diretora de Arte, sobre a sua participação no Incorpóreo onde aparecia nua. Excerto de imagens sobre o seu trabalho "Expansões", de 1971, de passagem de modelos com letras como roupa; grafismo com crítica de imprensa sobre esta exposição. Fotografias de Marcelo Caetano em várias ocasiões; João Vieira comenta a Primavera Marcelista e a abertura cultural que implicou, fotografias de trabalhos da sua autoria e do próprio com amigos. 46m45: Comentários de João Fernandes, Diretor da Fundação de Serralves, intercaladas com pinturas de João Vieira, sobre o "letrismo" da sua arte, da sua colaboração com os poetas experimentais portugueses (nas capas das revistas Hidra e Operação); exposição do artista na Fundação Serralves, feitura de trabalhos. Declarações de Maria Gonzaga sobre a sua colaboração na exposição retrospetiva em Serralves. Final do programa com João Vieira a comentar a importância da Fundação de Serralves na divulgação da diversidade da sua obra e ao mostrar que ainda se encontra no ativo.

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