Panorama – Parte II
Segunda parte do programa de informação conduzido pelo jornalista Joaquim Pedro dedicado à crise de habitação em Portugal, com a participação dos convidados Carlos Tavares Moreira, secretário de Estado do Tesouro, Marques dos Santos, presidente da Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas do Sul, e António Amaral Gomes, da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO).
Resumo Analítico
Jornalista Joaquim Pedro entrevista populares sobre as prestações de crédito à habitação e o impacto que esses pagamentos têm nos respetivos orçamentos familiares. 30m39: Debate em que António Amaral Gomes afirma que há famílias a passar fome para poderem continuar a pagar o empréstimo para compra de habitação mesmo com crédito bonificado; Marques dos Santos defende que não é possível resolver o problema da habitação à custa da aquisição de casa própria e adianta que é preciso relançar o mercado do arrendamento; Tavares Moreira diz que o Governo já tomou medidas para que os jovens possam ter financiamento a 100% para compra de casa, para além de outras condições mais vantajosas; Amaral Gomes diz que as taxas de progressão são muito altas durante os primeiros anos após a contração do empréstimo; defende que é possível construir casas que podem ser vendidas por 3 mil e 500 contos; mostra gráfico que prova que o crédito tem servido, nos últimos 10 anos, para aumentar o preço das casas. 38m55: Marques dos Santos garante que o crédito só tem onerado o preço da habitação porque não é possível escoar o produto final; Amaral Gomes afirma que o preço das casas em França, em Bruxelas ou na Alemanha é igual ao preço das casas em Portugal; adianta que o mais importante é gerir os recursos de forma diferente; Marques dos Santos reconhece que, agora, há a possibilidade de comprar uma casa antiga e de ter crédito para a recuperar; sublinha a necessidade de linhas de crédito para recuperação de edifícios degradados; Tavares Moreira explica que sempre que a taxa de juro baixa o Governo tem tomado medidas legislativas para que a prestação líquida também baixe; Marques dos Santos concorda que a taxa de juro influência o preço das casas; Amaral Gomes defende que é preciso perspetivar o preço da habitação para os próximos 10 anos; refere que, em Espanha, 65% da habitação tem preço controlado e que há um plano quadrienal para o mercado de habitação; Tavares Moreira diz que os consumidores portugueses têm uma expectativa razoável de quanto irão pagar nos próximos anos pelo seu empréstimo.