Paço de Calheiros
Programa dedicado ao Paço de Calheiros, solar de arquitectura barroca perto de Ponte de Lima, um dos mais significativos edifícios senhoriais do Minho, actualmente aberto ao turismo de habitação.
Resumo Analítico
Vistas panorâmicas de Ponte de Lima, Alto Minho; fontanário, centro da cidade, casas de habitação, ponte sobre o rio Lima. Vistas da paisagem natural circundante e dos exteriores e fachada do Paço de Calheiros; portão nobre ostenta lápide de 1450 com inscrição dos Condes de Calheiros como proprietários deste solar, sobre ela encontra-se o brasão de armas desta família. Nuno da Câmara Pereira, Apresentador, explica a simbologia do brasão, que evoca a peregrinação a Santiago de Compostela, que ostenta dois bordões, vieiras e estrelas e faz breve relato do historial desta casa senhorial. Entrada na alameda principal, fontanário, fachada do solar com destaque para a torre de menagem que significava a detenção de vários privilégios aristocráticos. 10h04m19: Fachada do solar: em grande relevo e ao centro encontra-se a capela da casa, fachada da mesma com sino e brasão de armas, interior com destaque para tecto em madeira, altar em talha barroca do séc. XVIII mas em castanho original, imagem de S. Bento, patrono da família e a quem a capela é dedicada. Escadaria barroca em pedra que dá para varanda alpendrada com colunas toscanas. O apresentador é recebido pelo proprietário, Francisco, Conde de Calheiros, e seu filho mais velho. Interior do solar: sala com lareira, fotografias a preto e branco do avô e bisavô, antigos Condes de Calheiros. O proprietário exibe a espada em prata de moço fidalgo pertencente ao seu bisavô e relata dados biográficos do mesmo como tendo sido par do reino, Presidente da Câmara de Ponte de Lima, Provedor da Misericórdia, etc; plano aproximado de fotografia do seu rosto a preto e branco, do próprio com esposa e num grupo no campo. Retrato de perfil do Conde de Calheiros, bisavô do actual, ilustração do rosto. Conversa com a Condessa de Calheiros, D. Lucinda, mãe do Francisco, sobre as suas memórias de família, fotografias a preto e branco da própria com o marido, do seu filho em criança. Conversa com Francisco sobre a recuperação do solar, fotografias antigas do Paço de Calheiros da frente do lado sul, portão de entrada, escadaria de entrada. Panorâmica de Ponte de Lima e do rio, fontanário, Francisco entra em casa no centro da cidade onde funcionam os Solares de Portugal e a Associação de Turismo de Habitação; o próprio a trabalhar em grupo. Continuação da conversa com a Condessa sobre o turismo de habitação; pátio com turistas, interior de quarto de dormir, piscina, vista panorâmica, espaço rural com bois, plantações em socalcos. 10h12m28: Plano da Mesa dos Quatro Abades, declarações do Padre Filinto sobre a tradição ligada a este marco onde os abades de 4 freguesias se juntavam anualmente para discutirem os problemas tendo como os populares como audiência e a quem pediam opinião. O padre fala também sobre o privilégio ou direito de padroado desta família que consiste em anunciar o nome do padre de Calheiros quando a igreja fica vaga. Mostra de documentos manuscritos de 1661 onde está descrita esta prerrogativa que nunca foi exercida. Mostra da fachada da capela que se encontra no ponto central do edifício e que atesta a sua importância. Jardim que envolve o solar, interior da torre de menagem, escada em caracol que desemboca na biblioteca dos Calheiros onde se encontra o arquivo de família. Interior da biblioteca com estantes repletas de livros, destaque para os vários volumes encadernados do Arquivo do Paço de Calheiros. Plano próximo da planta original do solar, fachada da casa, datada do séc. XVIII, fachada actual do solar. Entrada nos jardins românticos e em flor, encontro com a mulher de Francisco e com as suas duas filhas. Conversa sobre a Festa do Senhor dos Perdidos, procissão e festa popular muito antiga desta aldeia que se realiza no terreiro do Paço de Calheiros. Declarações do Duque D. Duarte de Bragança, amigo do Conde de Calheiros e personalidade ligada a este acontecimento, e que apela à conservação do património arquitectónico. Planos do solar e jardins ao entardecer. Exterior e interior de igreja enfeitada, imagem do Senhor dos Perdidos em andor, crucifixo com o Cristo. Plano próximo do rosto de velhas aldeãs, saída do andor e início da procissão ao som do rufar de tambores, vista da procissão acompanhada pelos músicos da banda e pelo padre, entrada da mesma em Paço de Calheiros onde a aguarda no terreiro um grupo de pessoas entre elas os Condes de Calheiros e filhos e D. Duarte. Fonte do solar. 10h22m09: Interior de salão, retratos a óleo de antepassados, pormenores do lustre. Presença de Nuno da Câmara Pereira que conversa com Francisco sobre a simbologia do brasão de armas, ligada aos caminhos de Santiago, sobre a organização de peregrinações e da criação da Associação dos Amigos do Caminho Português de Santiago. Francisco fala também sobre as invasões francesas em Ponte de Lima, da existência do túmulo de um soldado napoleónico sepultado na capela da casa, da lenda do tesouro enterrado neste solar e sobre uma pintura valiosa do seu pai. Páginas do jornal "Diário Popular", nos anos 60, com as notícias sobre o quadro do Conde de Calheiros que desapareceu, um S. Jorge a cavalo a matar o dragão, de van Eyck, após o pedido a um amigo para o avaliar em Londres. Vistas panorâmicas com nevoeiro da paisagem natural em redor do solar, imagens dos jardins com chuva, destaque para as tonalidades da vegetação, planos de corte do Paço.