Os Tesouros do Côa

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A jornalista Paula Moura Pinheiro convida Dalila Correia, Thierry Aubry e António Martinho Baptista, arqueólogos, e João Trabulo, cineasta, para fazerem uma visita guiada pelo Vale do Côa, o maior museu do mundo de arte do Paleolítico ao ar livre e reconhecido pela UNESCO como Património da Humanidade, e pelo novo Museu do Côa, um edifício magnífico de uma dupla de arquitetos portugueses, candidato a Museu Europeu do Ano.

  • Nome do Programa: Os Tesouros do Côa
  • Nome da série: CÂMARA CLARA VI
  • Locais: Foz Côa
  • Personalidades: Paula Moura Pinheiro, Dalila Correia, Thierry Aubry, António Martinho Baptista, João Trabulo
  • Temas: Artes e Cultura, História
  • Canal: RTP 2
  • Menções de responsabilidade: Apresentação: Paula Moura Pinheiro Produção: Fátima Barros Realização: Teotónio Bernardo
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 16:9 PAL

Resumo Analítico

Imagens do Vale do Côa e do museu do Côa, Paula Moura Pinheiro faz o resumo dos temas a tratar; genérico. Exteriores do Museu do Côa e da paisagem natural circundante; declarações de Dalila Correia, Arqueóloga, sobre este sítio; imagens de arquivo RTP sobre as gravuras de arte Paleolítica; entrada no museu, interiores, janela com vista panorâmica sobre o Vale do Côa, imagens de arquivo RTP com gravuras de animais nas rochas, vista do Rio Côa, fotografias de espécies autóctones como o grifo, águia real, lontra e cegonha negra. Dalilia Correia fala sobre as visitas guiadas por pessoal especializado em jipes aos 3 locais visitáveis, dos 66 com gravuras importantes do Paleolítico, sobre a sua experiência, ainda como estudante, na defesa das gravuras divulgadas em 1994, imagens de arquivo RTP de manifestantes com cartazes, de escritos nas paredes. 10h14m46: Reportagem sobre o Museu do Côa: imagem fixa dos exteriores do edifício do museu, declarações de Camilo Rebelo e Tiago Pimentel, Arquitetos e responsáveis por este projeto, sobre o facto deste museu afirmar-se como uma plataforma para miradouro da paisagem, exteriores em movimento do museu, circundado pela paisagem natural, detalhes arquitetónicos desta estrutura (Jornalista: Nuno F. Santos). Detalhe de uma janela panorâmica, instalação de Ângelo de Sousa, conversa com João Trabuco, Cineasta e Diretor do Cinecoa, sobre este 1º Festival Internacional de Cinema de Foz Côa, que vai exibir toda a obra cinematográfica de Ângelo de Sousa a título de homenagem. 10h20m30: Reportagem sobre o Cinecoa: excerto do filme "Vale Abraão", de Manoel de Oliveira, que irá passar neste festival, logotipo do festival, retrato de Manoel de Oliveira, Cineasta, imagens da paisagem natural do Vale do Côa, imagens fixas do filme "L'Arrivée d'un train en gare de la Ciotat" (Chegada de um Comboio à Estação da Ciotat), dos irmãos Lumière, de Charlie Chaplin como Charlot, de filme de Leitão de Barros, "Maria do Mar", fotografia dos Red Trio, Tó Trips, Bernardo Sassetti e Filipa Pais, imagens fixas do filme "Douro, Faina Fluvial", de Manoel de Oliveira, de "Viagem ao Coração do Douro, a Terra onde Nasci", documentário de João Botelho, imagens de arquivo RTP do documentário "Côa, o Rio das Mil Gravuras", de Jean-Luc Bouvret, "Ana", "Rosa de Areia" e "Trás-os-Montes", filmes de António Reis e Margarida Cordeiro, filmes e fotografia de Ângelo de Sousa, Artista Plástico, retratos da atriz francesa Ludivine Sagnier e do crítico de cinema e argumentista Jacques Fieschi, convidados para este certame, imagens de filmes infantis, cartaz publicitário do Cinecoa (Jornalista: Inês Fonseca Santos). João Trabuco comenta este festival de cinema e sua programação, de filmes sobre esta paisagem da região, dos convidados, imagens fixas da paisagem natural, sala com réplica de rocha do Paleolítico Superior com bode de 2 cabeças que representa a ideia do movimento, painel iluminado com símbolos de comunicação, imagens com as gravuras. Corredor do museu com imagens rupestres recortadas e iluminadas em fundo negro, conversa com Thierry Aubry, Arqueólogo e Geólogo, exposição com reconstituição de parte de um acampamento paleolítico do sítio do Fariseu, fósseis de ossos de animais que permitiram datar este acampamento com 12 mil anos, fotografias com reconstituição do Homo Sapiens Sapiens vestido com peles de animais e já muito parecido fisicamente connosco, esboço do homem paleolítico com roupas cosidas a utilizar instrumentos, caracterização da Idade do Gelo, com clima frio e seco, e dos vestígios arqueológicos de acampamento no fundo do vale e de caça de grandes animais nos planaltos graníticos. Thierry Aubry pega em martelo desta época e faz demonstração da sua utilização no sílex, mapa de Portugal com local de proveniência das pedras sílex e bocados das mesmas, relato do seu modus vivendi. Réplica de rocha do Côa com gravuras, explicação do método de datação e das escavações arqueológicas. 10h42m02: Comentários de António Martinho Baptista, Arqueólogo e Diretor do Parque Arqueológico do Vale do Côa, sobre a arte pré-histórica do período do Paleolítico Superior, painel iluminado com gravura de cabra da rocha 5 de Vale de Cabrões, explicação da gravura, pintura "Guernica" de Pablo Picasso e semelhanças deste dois tipos de arte, painel com réplica de rocha com gravuras que identificam a transição da arte do Paleólitico para o período do Epipaléolítico (fase final e pós-glaciar do Paleolítico), gravuras de figuras zoomórficas. António Martinho Baptista explica a representação quase exclusiva de figuras de animais e não de humanos na arte do Paleolítico devido ao tipo de sociedade de caçadores-recoletores, painel iluminado com representação do Homem da Ribeira de Piscos sobreposto a animal, o facto de uma única rocha no Vale do Côa possuir 16 representações humanas, as únicas da região, mostra da técnica de picotagem que depois é substituída por linhas contínuas, relato do facto das cerca de mil rochas identificadas, metade ser do Paleolítico e as restantes de outros períodos, existindo entre 6 a 8 mil figuras do Paleolítico o que faz com que seja o maior museu ao ar livre deste período a nível mundial. 10h57m09: Sala com figuras iluminadas dos Lusitanos, da Idade do Ferro, homens armados com armas de ferro, destaque para citação de Estrabão, poeta, sobre os Lusitanos, junto a figura de possível cavalo, símbolo de status, e destaque para as representações fálicas exageradas das figuras dos homens e das suas armações militares e armas, réplica de gravura com escrita pré-latina. 11h02m18: Peça de arte do escultor Alberto Carneiro, que representa uma árvore numa homenagem aos artistas do passado por um artista do presente e que liga a arte pré-histórica ao nosso tempo, usando a pedra e a madeira. António Martinho Baptista remata a conversa afirmando que "a invenção da arte é a invenção da humanidade".

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