Olhar/Ver: Gérard, Fotógrafo – Parte I
Primeira parte do documentário sobre o percurso e carreira profissional de Gérard Castelo Lopes enquanto fotógrafo.
Resumo Analítico
Gérard Castello Lopes desce as Escadinhas de São Cristóvão em Lisboa e é entrevistado, no seu laboratório de revelação, onde reflete sobre uma fotografia tirada por si em 1957 nas escadinhas de São Cristóvão e que se tornou como um ícone da sua obra fotográfica, intercalado com interior do laboratório de revelação, excertos dos filmes “Belarmino” em que a captação de imagens é feita por Augusto Cabrita e “Nacionalidade: Português” de Nuno Bragança e Gérard Castello Lopes. 06m26: Gérard Castello Lopes relata a forma como começou a interessar-se por fotografia e o género de imagens que começou a captar, comenta a vivência quotidiana no Estado Novo e justifica a captação de imagens que recolheu ao longo deste período, como um testemunho da realidade social que o cercava e que o constrangia, intercalado com fotografias representativas da sociedade portuguesa durante o regime salazarista. 11m42: Gérard Castello Lopes refere a admiração e a influência do fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson, aborda o factor da instantaneidade como um ponto de partida para a conceção da imagem a captar, refere o meio cultural e social em Lisboa nos anos 60 e 70, aludindo ao facto da fotografia ser considerada como uma arte menor, nomeando três ou quatro nomes de fotógrafos que conviviam também com a falta de interesse público por este tipo de demonstração artística, justifica a sua desmotivação na vontade de querer continuar a fotografar até aos anos 80 e recorda o encontro com o crítico António Sena em 1982 que o convida a expor na Galeria Ether/vale tudo menos tirar olhos, intercalado com várias fotografias. 18m14: Fotografias de Gérard Castello Lopes representativas do Portugal dos anos 50 e 60; Gérard Castello Lopes faz autocrítica ao início do seu trabalho como fotógrafo, redimindo-o quase ao facto de “fotografar por fotografar”, exemplificando que no seu acervo fotográfico existem inúmeros rolos de películas que demonstram o displicente ato de fotografar e confinando esse mesmo ato à simples vontade de fotografar, intercalado com fotografia no arco do Carvalhão e movimento de rua no Arco do Carvalhão em Lisboa.