O Romantismo de Garrett

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No 200º aniversário do nascimento de Almeida Garrett, e a propósito da visita a duas exposições na Biblioteca Nacional em sua homenagem, o professor José Hermano Saraiva destaca não apenas a relevância da obra literária do escritor português, mas também o seu papel interventivo na política nacional, enquanto defensor do ideal liberal.

  • Nome do Programa: O Romantismo de Garrett
  • Nome da série: Horizontes da Memória VI
  • Personalidades: Almeida Garrett, José Hermano Saraiva
  • Temas: Artes e Cultura, História
  • Canal: RTP 2
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Placard anunciativo das duas exposições; Peças expostas e que têm a ver com a vida do escritor, em simultâneo, José Hermano Saraiva, propõe-se relatar a vida de Almeida Garrett numa incursão pelas exposições; A vida do escritor cruza-se com a História de Portugal, pelo menos, em dez acontecimentos importantes, sabendo-se que o escritor nasceu em 1799 e morreu em 1854, viveu, por isso, as invasões francesas a Revolução Liberal de 1820, a primeira Constituição de 1822, a contra-revolução, com a Vilafrancada de 1823, o restabelecimento da monarquia absolutista de D. Miguel em 1828, a Guerra Civil de 1832 a 1834, o triunfo do liberalismo com a revolta de Setembro, a ditadura de Costa Cabral, as revoltas populares de Maria da Fonte e Patuleia e por fim a Regeneração; Gravuras de Almeida Garrett; Pinturas que representam o romantismo, período que se atribui, na literatura portuguesa, a Almeida Garrett. 06m42: Destaque para um quadro romântico pintado no período da Guerra Civil, em 1833 que representa Almeida Garrett, em simultâneo, o historiador explica as diferenças entre o romantismo e o classicismo; 12m10: Imagens panorâmicas da cidade do Porto onde se encontra a estátua do escritor tendo sido nesta cidade que nasceu e cuja casa tem uma lápide enunciativa de que ali nasceu e se criou Almeida Garrett; 13m04: Gravuras de Napoleão Bonaparte que à data do nascimento do escritor estava já no Egipto iniciando a carreira que lhe permitiu chegar a dono da Europa; Devido às invasões francesas, a família de Almeida Garrett viu-se obrigada a fugir para os Açores onde o seu tio, Frei Alexandre, bispo de Angra do Heroísmo pretendeu fazer dele padre. Contudo, foi durante o período da adolescência, passado nos Açores, que conheceu uma rapariga por quem se apaixonou, deixando de lado o noviçado. Com 17 anos, em 1816, entra na Universidade de Coimbra e torna-se o líder da comunidade estudantil; Com os seus discursos, faz com que os estudantes adiram à Revolução Liberal e aos seus princípios, é durante este período que escreve "O retrato de Vénus" e o publica; Por revelar alguma ousadia, o escritor é julgado por atentado ao pudor e defendendo-se com eloquência, é absolvido; No período da Constituição de 1822, escreve a peça "Catão" que não é mais que o retrato de Manuel Fernandes Thomaz, o grande herói da Revolução Liberal; 19m06: Retrato de Luísa Midosi, que Almeida Garrett conhece nos ensaios da peça "Catão" e com quem vem a casar; Pouco tempo depois, dá-se a Vilafrancada e o escritor foge para Inglaterra e, posteriormente para França onde mantém contacto com pensamentos díspares que o levam a escrever dois poemas: "Camões" e "D. Branca" e com eles dá-se o início do romantismo literário em Portugal; 21m43: Gravura de Alexandre Herculano que escreveu "A voz do profeta", com mensagens anti-setembristas opostas às ideias de Almeida Garrett que participa no lado dos liberais na Guerra Civil, defendendo os ideais setembristas; 25m14: Gravura de Passos Manuel que triunfou com a revolta de Setembro e que já no poder chama o seu amigo Almeida Garrett para levar a cabo algumas das suas ideias, nomeadamente, fundar o Teatro Nacional D. Maria e o Conservatório Nacional; É durante este período, de serenidade aparente, que Almeida Garrett escreve grande parte da sua obra, a saber: "Auto de Gil Vicente", "Alfageme de Santarém", "Frei Luís de Sousa" que é publicado em 1844, mas que só sobe à cena em 1850, escreve ainda "Viagens na minha Terra", em 1846; 26m58: O historiador lê um trecho da parte final de "Viagens na minha Terra" e continua o relato da vida do escritor que já no final da sua vida é chamado pelo Governo para ser ministro dos Estrangeiros e falece em 1854 deixando muitos corações partidos, nomeadamente o da Viscondessa da Luz.

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