Vítor Constâncio pronuncia-se sobre a recusa do Conselho de Ministros da Cultura da União Europeia quanto à iniciativa de tornar Sarajevo Capital Cultural em 94 e à ideia de ao invés disso dedicar um evento cultural à cidade russa, o cancelamento de alguns espetáculos devido aos custos exorbitantes, a política da organização no campo cinematográfico, optando pela produção e apostando num projeto de Wim Wenders filmado em Lisboa, na encomenda de "Uma Cidade Qualquer" a Joaquim Leitão e no interesse em mais três filmes com a ação decorrida em Lisboa, reduções no orçamento pelas entidades responsáveis que refletiram cancelamentos na organização, superioridade da promoção dos eventos ao nível local em comparação com o estrangeiro, motivos da adesão dos cidadãos à iniciativa, realização de festivais como melhor proposta futura para estimular novos públicos, impossibilidade de projetos como a renovação da Avenida que inclui o Parque Mayer, da Praça do Comércio e na expansão das obras do Metropolitano, superioridade dos custos com as infraestruturas e construção em relação à previsão inicial. Augusto Seabra expõe dúvidas quanto à programação de ópera, teatro e cinema, critica a fraca divulgação do teatro e as incertezas na apresentação de peças de renome internacional e quanto ao cinema, a falta de noção de presente associada à cidadania, questionando os filmes de António Pedro Vasconcelos e de José Fonseca e Costa acrescentados ao cartaz, perplexidade perante as diferenças entre os projetos e as concretizações realçando a fraca intervenção urbana do evento. Trailer do filme "Uma Cidade Qualquer" realizado por Joaquim Leitão para Lisboa Capital Europeia da Cultura e logótipo do evento.