Vitorino Nemésio fala de todos aqueles que são actores, agentes e espectadores da vida pública e da história; afirma que não é um homem de Estado, mas sim um homem público, comunicador e professor; para ele qualquer pessoa poderá fazer história, desde níveis mais modestos até ao nível mais elevado; fala na sua consciência cívica e nos acontecimentos que se lembra, como seja o Regicídio, a Revolução Republicana, a Guerra Mundial de 1914-1918, dos partidos republicanos, no idealismo de igualdade, liberdade e fraternidade, do anti-claricalismo, do registo civil, da liberdade de voto e opinião e da justa riqueza; refere a república presidencial de Sidónio Pais e fala dos acontecimentos do 25 de Abril e da queda da ditadura; afirma que cada pessoa deve fazer um profundo exame de reflexão e de consciência e não deve ter impulsos de vaidade, pois provará a sua colocação e posicionamento no xadrez das estruturas da cidadania, para que o seu acto não passe de hipocrisia; por fim, fala no privilégio de vêr a evolução histórica do País no último meio século, afirmando que o povo português, não se pode dar ao espectáculo da sua pureza bravia, mas sim a um civismo exemplar, calmo e desportivo.