Novembro Escaldante

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Programa comemorativo dos 25 anos do 25 de Novembro de 1975, com a retrospetiva histórica dos acontecimentos e depoimentos atuais de alguns militares intervenientes na tentativa de golpe, e ilustrados com imagens de arquivo cronológicas dos acontecimentos, uma reportagem da autoria dos jornalistas Márcia Rodrigues e Alberto Serra.

  • Nome do Programa: Novembro Escaldante
  • Nome da série: Grande Repórter
  • Locais: Portugal
  • Personalidades: Otelo Saraiva de Carvalho, José Inácio da Costa Martins, Vasco Lourenço, António Ramalho Eanes, Morais e Silva, António Rosa Coutinho, Álvaro Fernandes, José Loureiro dos Santos, Manuel Duran Clemente, Tomé Pinto, Jaime Neves
  • Temas: História, Política
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Jornalistas: Márcia Rodrigues e Alberto Serra. Produção: Olga Toscano e Maria João Cargaleiro. Locução: Jorge Moreira.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Misto
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Destaque do Telejornal, a insurreição dos para-quedistas em Lisboa, no dia 25 de Novembro de 1975; avião militar lança para-quedistas; genérico do Telejornal, jornalista António Santos, anuncia a ocupação de unidades da Força Aérea por parte dos para-quedistas; movimentação de aviões e helicópteros militares na pista; militares ocupam estúdios da RTP no Lumiar; General Costa Gomes, Presidente da República, declara Estado de sítio. 10h02m12: Legenda "Novembro Escaldante", retrospetiva dos acontecimentos político-militares que antecederam o golpe militar de 25 de Novembro de 1975, ilustrada com imagens de arquivo em janela das consequências do fracasso do golpe de 11 de Março, a demissão de António de Spínola; a marginalização das forças de direita no processo revolucionário, e a viragem à esquerda do País; a criação do Conselho da Revolução e as eleições de 1975, ganhas pelo PS, que põem em causa a tendência dominante do MFA; General Vasco Gonçalves, primeiro-ministro do V Governo provisório, mostra-se insatisfeito com o resultado das eleições; a sul, Álvaro Cunhal, secretário-geral do PCP, incentiva a reforma agrária e as nacionalizações; a norte, a direita revolta-se; as sedes do PCP e de outros partidos de esquerda são pilhadas e incendiadas; Mário Soares, secretário-geral do PS, em Julho de 1975, numa grande manifestação na Fonte Luminosa denuncia as manobras da esquerda, e exige a demissão de Vasco Gonçalves, primeiro-ministro, conotado com PCP; Vasco Gonçalves diz que "não há alternativa, ou se está com a revolução ou se está com a reação"; o Grupo dos Nove, facção moderada do MFA, inicia plano para travar uma eventual ofensiva à esquerda do PS; em Setembro, em Tancos, os Gonçalvistas são afastados por uma aliança entre os adeptos de Otelo Saraiva de Carvalho, então Comandante da Região Militar de Lisboa e os militares moderados; debate televisivo entre Mário Soares e Álvaro Cunhal; o sequestro dos deputados e do primeiro-ministro do VI Governo Provisório, Pinheiro de Azevedo, na Assembleia da República em 12 de Novembro. 10h06m10: Depoimento do tenente coronel Otelo Saraiva de Carvalho, Ex-Comandante do COPCON, afirma que apoiou militarmente os para-quedistas, mas que desconhecia a ocupação das bases; não comandou a operação dos para-quedistas; reconhece ter tomado uma posição ambígua, que atribui ao drama que se vivia, ao cansaço psíquico e físico que sentia, por isso, não ter tomado uma decisão, deixando tudo no ar; posição que foi entendida como sendo a luz verde para desencadear a operação. 10h08m10: Depoimento do coronel Costa Martins, em que afirma que quem deu a ordem foi Otelo. 10h08m16: Depoimento do tenente coronel Vasco Lourenço, está convicto de que foi Otelo que deu a luz verde para os paraquedistas ocuparem as Bases. 10h08m40: Depoimento do General Ramalho Eanes, comandante do Grupo Militar do 25 de Novembro, afirma que se Otelo tivesse utilizado as forças ao seu dispor, dificilmente se teria evitado uma guerra civil; acha que Otelo não comandou, ou omitiu o comando, porque havia uma palavra de honra a cumprir pela instituição militar em relação ao povo. 10h10m09: Depoimento do General Morais e Silva, ex-chefe de Estado-Maior da Força Aérea, refere-se à estratégia dos paraquedistas na ocupação das Bases Aéreas. 10h12m48: Vasco Lourenço recorda a discussão que teve com Jaime Neves, Comandante do Regimento dos Comandos, opondo-se à saída de tropas para o Norte do País. 10h15m43: Depoimento do Almirante Rosa Coutinho, Conselho da Revolução, afirma, que era sentimento geral a saída dos fuzileiros, em auxílio dos para-quedistas, evitando a derrota com os comandos; afirma que era possível, mas, seria adiar o 25 de Novembro; afirma ter convencido os fuzileiros a se manterem nos quartéis e obedecer às ordens do Presidente da República. 10h16m48: Depoimento do tenente coronel Álvaro Fernandes, ex-oficial de Informação do COPCON, sobre a criação de milícias populares. 10h17m16: Ramalho Eanes,refere a participação de civis, e a distribuição de armas. 10h19m08: Depoimento do General Loureiro dos Santos, Grupo Militar 25 de Novembro, afirma que o objetivo das substituições no Conselho da Revolução, era o de conseguir uma maioria, de forma a poderem comandar politicamente o País. 10h21m29: Depoimento do tenente coronel Duran Clemente, recorda o episódio da cavilha do emissor da RTP em Monsanto, peça fundamental para o controlo do sinal de televisão, aquando da ocupação dos estúdios da RTP. 10h23m21: Loureiro dos Santos, afirma que o General Costa Gomes, então Presidente da República foi o homem chave em todo este processo. 10h24m35: Depoimento do General Tomé Pinto, Grupo Militar 25 de Novembro, sobre o plano alternativo, caso a operação dos comandos falhe; as ações de sabotagem que estavam previstas. 10h27m00: Depoimento do Major Mário Tomé, Polícia Militar, sobre o ataque dos comandos ao Regimento da Polícia Militar, na Calçada do Aljube, afirma que foram confrontos sem comando. 10h27m23: Depoimento do Coronel Jaime Neves, Comandante do Regimento de Comandos, sobre o ataque ao Regimento da Polícia Militar, afirma ter acalmado os comandos, sedentos de vingança pela morte de dois companheiros, verificada nos confrontos. 10h30m19: Otelo Saraiva de Carvalho, refere garantias que deu ao PCP, de que o partido, seria integrado na democracia representativa. 10h31m23: Ramalho Eanes, sobre a ilegalização ou não do Partido Comunista. 10h32m54: Rosa Coutinho, afirma que houve reparações feitas àqueles que alinharam com a direita, e não houve com os que alinharam com a esquerda. 10h33m00: Vasco Lourenço, refere que os Capitães de Abril terminaram a suas carreiras em Coronéis, enquanto que os Tenentes Coronéis do Grupo Militar do 25 de Novembro, terminaram as suas carreiras em generais, o que explica a pureza dos ideais dos Capitães de Abril. 10h34m11: Ramalho Eanes, presta homenagem aos dois comandos mortos pela causa da liberdade, dando a vida pela sociedade civil.

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