Museu Nacional de Arte Antiga
Programa apresentado por Paula Moura Pinheiro e dedicado à Cruz de D. Sancho I, peça constante do Museu Nacional de Arte Antiga, assim denominada por ter sido este o monarca que por testamento ordenou que fosse executada e doada ao abastado Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde foi sepultado, como nos explica o convidado, Anísio Franco, Conservador do Museu Nacional de Arte Antiga.
Resumo Analítico
Exterior do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, travelling do seu interior, Paula Moura Pinheiro, apresentadora, resume o tema do programa junto à Cruz de D. Sancho I. Globo terrestre em movimento com destaque para o mapa da Península Ibérica e a cidade de Lisboa, em Portugal, vistas ao entardecer da Ponte 25 de Abril, exteriores das instalações do Museu Nacional de Arte Antiga, Chafariz das Janelas Verdes com estátua de Vénus e Adónis com um golfinho, jardins, fachada, entrada de Paula Moura Pinheiro, travelling do seu interior, conversa com Anísio Franco, Conservador do Museu Nacional de Arte Antiga, sobre a Cruz de D. Sancho I, cruz processional de 1214, em ouro, safiras, granadas e pérolas, destaque para esta peça e para copa em ouro, exterior da Igreja de Santa Cruz, em Coimbra, destaque para a parte detrás da cruz com os símbolos dos evangelistas e o Cordeiro místico. Imagem em janela de uma cruz da mesma época e da Cruz de D. Sancho I para fazer ressaltar as diferenças, o requinte e o estilo da execução sofisticado e de vanguarda desta última que anuncia já uma forma própria do Gótico, as pedras preciosas encastoadas, pormenor de uma granada com inscrições em árabe, extremidades em forma de flor-de-lis, figura heráldica muito associada à monarquia francesa, e já própria dos finais do século XIII, túmulos de D. Afonso Henriques e D. Sancho I na Igreja de Santa Cruz. Pormenores dos túmulos monumentais de D. Sancho I e do seu pai, D. Afonso Henriques, ambos do século XVI, situados na capela-mor, já refeitos em estilo manuelino. Anísio Franco comenta as comunidades moçárabes que existiam na península e de como cristãos conviviam com os árabes, iluminuras, imagens em janela das iluminuras e das figuras ornamentais da cruz, capa do livro "História de Portugal", de Oliveira Martins, onde descreve o 1º Rei de Portugal, D. Afonso Henriques, como "um javali" para definir a sua boçalidade, imagem com a qual Anísio Franco discorda. Pormenor da Cruz de D. Sancho I com local central vazio onde ficaria a relíquia da Sagrada Cruz de Cristo, amuleto que acompanhava D. Sancho I e lhe fora ofertado pelo seu pai, capa do livro "A Relíquia", de Eça de Queiroz, Anísio Franco relembra Santa Helena, mãe do Imperador Constantino, que encontrou várias relíquias cristãs. Imagem do exterior da Basílica de São João de Latrão, em Roma, onde se encontram os degraus da Escada Santa, levada de Jerusalém, trata-se da escada do Palácio de Pôncio Pilatos, pela qual subiu Jesus depois da Flagelação - o "Ecce Homo". Destaque para a pintura "Invenção da Cruz por Santa Helena" de Cristóvão de Figueiredo (século XVI), no Museu Nacional de Machado de Castro, Coimbra, e "A descoberta da verdadeira Cruz por Santa Helena" num painel de azulejos do século XVIII, na Igreja de Santa Cruz, Coimbra. Exterior da Igreja de Santa Cruz, Coimbra, comentários sobre o trajeto da Cruz de D. Sancho I até ao seu destino atual, pormenores da mesma, um dos mais antigos tesouros de ourivesaria da nação portuguesa.