Exteriores do Museu do Neorrealismo, em Vila Franca de Xira, Paula Moura Pinheiro faz resumo dos temas a tratar; genérico. Interiores do museu, entrevista com David Santos, Diretor do Museu do Neorrealismo, sobre a exposição permanente "Batalha pelo Conteúdo", o coração do movimento neorrealista português. Ecrãs onde se exibem filmes como "Discurso de Salazar - Braga, 1936" e "Outubro" de Serguei Eisenstein, 1927, para comemorar o 10º aniversário da Revolução Bolchevique, filmes que mitificam uma ideologia política, excertos dos mesmos. Placard com fotografias e biografias de Bento de Jesus Caraça, Matemático, professor universitário, resistente antifascista e militante do Partido Comunista Português, e de José Rodrigues Miguéis, Romancista, novelista, contista, dramaturgo, desenhador, cronista e advogado; destaque para o livro "A Cultura Integral do Indivíduo, problema central do nosso tempo", de Bento de Jesus Caraça, jornais expostos como o "Liberdade", "Foz do Guadiana", entre outros, artigo de jornal de Joaquim Namorado sobre a interpretação que faz da obra de Amando Fontes e onde surge pela primeira vez a nomenclatura de Neorrealismo, ou como se chamava na América Latina, Realismo Social, com forte inspiração marxista. Capas dos jornais "O Diabo" e "Sol Nascente" em exposição, ambos encerrados em 1940 pela censura do Estado Novo; placard com fotografia e dados biográficos de Afonso Ribeiro, Escritor e autor pioneiro do movimento neorrealista, e de António Ramos de Almeida, Poeta, Ensaísta e Advogado, que utiliza o lirismo como militância social, destaque para os livros "A Arte e a Vida" e "Sinfonia da Guerra", deste último. Reprodução da pintura "Guernica", de Pablo Picasso, de fotografia da invasão de Paris por tropas nazis ladeada por outra que representa a inauguração da exposição do "Mundo Português", em Lisboa, ambas de 1940. Livros "Esteiros" de Soeiro Pereira Gomes, "Gaibéus" de Alves Redol, e "Rosa dos Ventos" de Manuel da Fonseca, junto aos respetivos manuscritos, retratos destes escritores. Ecrã com imagens de Carlos de Oliveira, Poeta, que combina a preocupação de intervenção social (neorrealismo) com a reflexão sobre a escrita no próprio processo da sua produção, do Grupo de Coimbra da Geração de 40; livros "Terra Novo Cancioneiro" de Fernando Namora, "Casa da Duna" de Carlos Oliveira, "Poemas" de Mário Dionísio, e "Voz que Escuta" de Políbio Gomes dos Santos, todos do mesmo grupo literário de Coimbra. 10h13m31: Documento datilografado da Direção dos Serviços de Censura do Ministério do Interior da "suspensão até nova ordem" do jornal "Sol Nascente", manuscritos censurados (riscados com o lápis azul). Sala com ecrãs com imagens de Fernando Lopes Graça, Compositor, que faz a relação da música com o neorrealismo, e da música erudita com a popular. Local dedicado às Artes Plásticas, aos artistas relacionados com o Movimento Neorrealista, com placard de fotografias com destaque para Álvaro Cunhal, livro "A Pintura Portuguesa Neo-Realista" de Ernesto de Sousa, pinturas de Júlio Pomar, de Marcelino Vespeira, folhear de catálogo de livros deste movimento. Placard com fotografia e biografia de Vergílio Ferreira, destaque para o seu romance "O Caminho Fica Longe" e para a revista "Vértice". 10h18m51: Painel de Júlio Pomar de parte de um desenho ampliado que retrata um cavador; fotografias de estudantes presos no caso Julgamento dos 51, entre eles Alcino Soutinho, Arquiteto deste museu, fotografias de Humberto Delgado, da constituição da CEE (Comunidade Económica Europeia) e da invasão da Hungria. Placard com fotografia e dados biográficos de José Cardoso Pires, Escritor, e do seu livro "Os Caminheiros e outros Contos", livros "Uma Pedrada no Charco", de Urbano Tavares Rodrigues, e "A Cidade das Flores", de Augusto Abelaira. Retratos de Mário Dionísio, João José Cochofel e Fernando Lopes Graça. 10h23m46: Conversa com António Redol, Engenheiro, Filho de Alves Redol, co-autor da exposição permanente deste museu, da Associação Promotora do Museu do Neorrealismo, sobre a preservação do espólio deste movimento artístico e a criação do museu; maqueta do museu, fotografia do seu exterior. Grande plano do retrato de Alves Redol, vista em movimento de livros de escritores neorrealistas. Local dedicado ao cinema: fotografias de filmes baseados em romances neorrealistas, excertos dos filmes a preto e branco "Uma Abelha na Chuva", de Fernando Lopes, "Os Verdes Anos" de Paulo Rocha, 1962. 10h30m23: Interior de pequeno auditório, placard com fotografia e biografia de Bernardo Santareno, livro "O Judeu", da sua autoria, de Baptista Bastos e do seu livro "O Secreto Adeus", e de Mário Ventura. Fotografia de manifestação de estudantes na Cidade Universitária a reivindicarem a reinstauração do Dia do Estudante no início dos anos 60. Fotografia de Manuel da Fonseca e peças da exposição "Por todas as estradas do mundo", livros da sua autoria, a sua máquina de escrever, várias fotografias suas. 10h34m18: Imagens de arquivo RTP de Mário Viegas a declamar excerto do poema "Domingo", do livro "A Rosa dos Ventos", de Manuel da Fonseca. Conversa com Carina Infante do Carmo, Professora de Literatura na Universidade do Algarve e Investigadora do Neorrealismo, e Vítor Viçoso, Professor aposentado de Literatura e Cultura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sobre a poesia de Manuel da Fonseca e as características da literatura neorrealista. Grafismos com capas dos livros de Jorge Amado e "As Vinhas da Ira", de John Steinbeck, destaque para a literatura infantil com os títulos "Constantino Guardador de Vacas e de Sonhos", de Alves Redol, e "Faísca conta a sua história", de Ilse Losa, capas dos livros "Finisterra" de Carlos de Oliveira, "Barranco de Cegos", de Alves Redol, e "Levantado do Chão", de José Saramago. Comentários de David Santos sobre a programação do museu, grafismo com a capa dos livros "Cerromaior", de Manuel da Fonseca, de "Avieiros" e "Gaibéus" de Alves Redol, e "Gabriela Cravo e Canela", de Jorge Amado. Comentários de António Redol, várias capas de livros de escritores do neorrealismo. 10h27m30: Reportagem sobre a entrega do espólio de Carlos de Oliveira ao Museu do Neorrealismo: capas de livros e manuscritos de Carlos Oliveira, declarações de Manuel Rosa, Editor, grafismo com capas dos seus livros "Uma Abelha na Chuva", "Casa na Duna", "Finisterra", "O Aprendiz de Feiticeiro", "Pequenos Burgueses" e "Trabalho Poético", textos escritos à máquina, desenhos, exterior do Museu do Neorrealismo, sala com espólio do escritor dentro de caixotes identificados, retrato de Carlos de Oliveira (Jornalista: Inês Fonseca Santos). Final de conversa com os convidados.