Multinacionais – Parte II
Segunda parte do documentário sobre as empresas multinacionais, enquanto instituições que necessitam de negociar com os governos dos países de origem e com os países onde mantêm atividade, cimentando desta forma uma dependência recíproca entre ambos como forma de poder, e os modos possíveis de atenuar as vertentes capitalista e conspiratória das mesmas.
Resumo Analítico
Imagens de arquivo, a preto e branco de automóveis em fase de produção no interior de fábrica; de trabalhadoras a executar tarefas com máquinas de costura, microscópios e máquina tecnológica de captação de ondas com voz off sobre estratégia de acumulação internacional das empresas multinacionais e a prática do fracionamento do processo produtivo e voz off de Luís Salgado Matos sobre as práticas de produção das empresas multinacionais. Declarações de Luís Salgado Matos sobre a possibilidade de atuação das empresas multinacionais em vários países e da mesma enquanto "fenómeno político, para existirem têm que ter uma relação direta com o poder", e um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) e lê a partir de documento, alternado com plano da jornalista. Imagens de arquivo, a preto e branco, de manifestação de pessoas com braço levantado; de plano de homem de fato e gravata; de objetos organizados no exterior; máquinas de produção desligadas; máquina em funcionamento durante processo de produção com voz off de Luís Salgado Matos sobre as empresas multinacionais enquanto instrumento de divulgação de tecnologia; trabalhadores executam tarefas com auxílio de máquina no interior da empresa Unilever; vistas gerais das instalações da empresa; trabalhadores a serem revistados e a picar ponto de entrada; pessoas em feira de exposição de automóveis; carros estacionados em parque de estacionamento e grafismo sobre as multinacionais americanas com voz off sobre comunicado emitido por um dos administradores da empresa Unilever, e a reivindicações dos trabalhadores face ao investimento nos mercados e autonomia em relação aos governos dos países onde operam. Jornalista entrevista Luís Salgado Matos sobre os investimentos das empresas multinacionais, nos países ricos, os setores em que mais investem nos países pobres, os critérios que regem essa escolha, a diferença de investimentos aplicados dependendo das condições dos países, a transferência de lucros, condições de funcionamento de algumas empresas e respetivas indústrias baseadas no "monopólio", e a atuação das empresas multinacionais nos países ricos, cujos lançamento no mercado são na sua maioria "produtos de civilização que definem comportamentos quotidianos e que são fabricados graças uma certa tecnologia nova"; imagens de arquivo, a preto e branco, de eletrodomésticos em montra. Imagens de arquivo, a preto e branco, de exterior de edifícios alternado com homens assinam documentos e cumprimentam-se; trabalhadores abandonam fábrica; automóveis empilhados em estrutura; entrada e saída da empresa de automóveis Ford; grafismo ilustrativo de multinacionais americanas com voz off sobre a consideração das liberdades exigidas pelas empresas multinacionais como excessivas e o número de investimentos realizados. Declarações de Luís Salgado Matos sobre o volume de capital que sai dos países pobres para os países ricos ser superior ao número de investimentos das empresas multinacionais nos países pobres e a tendência para aumentar a diferença entre o capital que os países pobres recebem das empresas multinacionais e o capital que enviam para as empresas multinacionais; grafismo alusivo às entradas de capitais e às saídas de lucros e dividendos, de acordo com dados publicados pela ONU. Trabalhadoras executam tarefas com máquina de costura; vista geral de espaço de construção de infraestruturas; crianças brincam em bairro de lata com voz off sobre a divisão internacional do trabalho que perpetua a dependência entre países. Declarações de Luís Salgado Matos sobre as possíveis soluções que permitem apoiar os trabalhadores das empresas multinacionais, o facto da procura do lucro, por parte das empresas multinacionais, não significar necessariamente que são "capitalistas particularmente maus. Esse aspeto existe mas não é o aspeto dominante", alternado com parede com artigos de jornal e frases contra o desemprego "Os despedimentos são uma arma dos capitalistas", "Não aos despedimentos" e "Os trabalhadores exigem protecção!"; faixas contra o desemprego. Jornalista finaliza o documentário fazendo referência ao caso da empresa ITT e sua atuação no Chile; placa identificativa e maquete representativa da "Thistle Field - A Platform" da empresa Standard Oil Company; plano em movimento de exteriores de empresas e respetivas fábricas com voz off sobre as empresas multinacionais como instituições que operam em vários países; jornalista entrevista Luís Salgado Matos sobre o facto da luta contra as empresas multinacionais não possuir necessariamente uma vertente anticapitalista "O aspeto conspiratório das empresas multinacionais não é um aspeto secundário. As multinacionais são o expoente do capitalismo atualmente, o conspirarem é frequente mas conspiram e corrompem porque são o expoente do sistema capitalista. O combate às multinacionais insere-se num combate ao capitalismo. Podemos pensar sim em estabelecer uma balança de forças que seja mais favorável aos portugueses. Não podemos destruir as multinacionais?.