Mosteiro de Arouca
Programa cultural apresentado por Paula Moura Pinheiro dedicado ao Mosteiro de Santa Maria de Arouca, oferecido por D. Sancho I à sua filha Mafalda em meados do séc. XIII, foi fundado no século X, em honra de S. Pedro, considerado um dos mais ricos do país, pertenceu à Ordem de Cister e apresenta um estilo classicista romano englobando atualmente o Museu de Arte Sacra, conforme nos explicam os convidados Maria Helena da Cruz Coelho, Professora da Universidade de Coimbra, e Nicolas Roger, o seu organista titular.
Resumo Analítico
Interior do Mosteiro com destaque para o órgão, pelo cadeiral, constituído por 104 assentos, ricamente entalhados, escultura de uma Pietá adorna o retábulo-mor, apresentadora, faz resumo da temática do programa, vistas aéreas de Arouca, centro histórico da vila, fontanário, crucifixos em pedra, casario típico, exteriores do Mosteiro de Arouca e seus jardins, interior da igreja. Nicolas Roger, Organista titular do Mosteiro de Santa Maria de Arouca, interpreta registo médio alto de primeiro tom de Francisco de Peraza, século XVI, pormenores do órgão de tubos do Mosteiro de Arouca datado de 1743, construído por Manuel Benito Gómez, declarações do Organista Titular, sobre as características deste instrumento musical utilizado para concertos e para a liturgia, demonstração. Vista do interior do coro e do Cadeiral das Freiras em jacarandá, cada qual com uma carranca esculpida, pormenores do órgão e tubos, altar-mor, retábulo retratando Santa Cecília encima o teclado, sinos a tocar, chilreio de pássaros. Nicolas Roger interpreta peça de clarim, de anónimo do século XVII, Maria José manipula maçanetas do órgão consoante a partitura da peça, passeio pelo altar-mor com crucifixo. Vistas aéreas do Mosteiro de Arouca, claustros, corredor do Museu de Arte Sacra com escultura e pintura, folhear de livro antigo manuscrito. Paula Moura Pinheiro conversa com Maria Helena da Cruz Coelho, Professora da Universidade de Coimbra, sobre o manancial de manuscritos musicais pertencentes ao mosteiro, imagem fixa de Lecionário do século XII, Antifonários do século XV, XVI, XVII e XVIII, Antifonário da Quaresma do século XVII, Missal do século XVII, destaque para Antifonário do século XIII com letra ornamentada e policromada e iluminuras, que servia para as orações cantadas, e que contem hino a S. Bernardo cantado a duas vozes que é o 1º exemplar de polifonia em Portugal, pintura retratando S. Bernardo. Hino a São Bernardo por Vozes Alfonsinas, imagem próxima do Lecionário do século XIII que mostra que as freiras do mosteiro dramatizavam textos litúrgicos em honra dos santos e de Cristo, destaque para parte do cântico de noivos que pedem bênçãos, pintura de S. Bernardo, explicação do Cântico dos Cânticos que era dramatizado, logo um teatro litúrgico dos mais antigos que se conhece, e que era representado na Festa da Purificação da Virgem. Gravura da Rainha Santa Mafalda (1195-1256), pormenores do cadeiral e dos seus ornamentos. Interior do Museu de Arte Sacra, escultura de madeira da Rainha Santa Mafalda, relato sobre a Abadessa D. Toda Viegas, carta de convenção entre D. Toda Viegas e o Mosteiro de Arouca, século XII, gravuras de D. Mafalda, de seus pais, D. Sancho I (1154-1211), e de D. Dulce de Aragão (1160-1198), das suas irmãs D. Teresa (1176-1250), D. Sancha (1180-1229), D. Berengária (1196/98-1221), e seus irmãos D. Pedro (1187-1258), D. Afonso II (1185-1223), de Henrique I de Castela (1204-1217) e de Berengária de Castela (1180-1246). Pinturas "Entrada da Rainha D. Mafalda em Arouca", "Rainha D. Mafalda Deitando o Hábito Branco às Religiosas", "Morte da Rainha D. Mafalda", e "Ida do Corpo da Rainha D. Mafalda para Arouca". Imagem do selo de D. Mafalda do anverso e reverso, relato da importância dos Mosteiros de Arouca e de Lorvão que albergavam senhoras da alta aristocracia portuguesa. Pintura "Árvore Genealógica de Cister", de autor desconhecido e sem data, pertences de abadessa do século XVI, fotografia com recriação histórica da confeção de morcelas doces, doce conventual. Quadro "Monja em Oração" de autor desconhecido, finais do século XV, arqueta nambam, século XVI/XVII do período Momoyana e Edo, escultura de São Pedro, do Mestre João Afonso, séc. XV, Custódia da 2ª metade do séc. XVIII, pintura "Santa Escolástica, Santa Eufémia e São Mauro", de Diogo Teixeira, finais séc. XVI, Tríptico Relicário do 1º quartel do séc. XVI, escultura Santíssima Trindade, autor desconhecido, séc. XV, cofre de prata e tartaruga do séc. XVII, quadro "Menino Adormecido", da oficina de Josefa de Óbidos, séc. XVII, e escultura São Miguel Arcanjo, oficina de João Ruão, meados séc. XVI. Exteriores do Mosteiro de Santa Maria de Arouca.