Miguel Cadilhe
Entrevista conduzida por Graça Franco, diretora adjunta da Rádio Renascença, e por José Manuel Fernandes, diretor do jornal "Público", a Miguel Cadilhe, economista, sobre as críticas que fez a Cavaco Silva acusando-o de ter empatado o processo de Regionalização, a liderança de Cavaco Silva no PSD e a sua atuação como presidente da República, propostas para a reforma do Estado e os riscos da entrada de Portugal na Moeda Única Europeia.
Resumo Analítico
Início com apresentação do entrevistado e das temáticas a debater; Comentário às sucessivas críticas do entrevistado a Cavaco Silva sobre a confissão na sua autobiografia de que adiou o processo de Regionalização no país, e a este propósito o entrevistado afirma: - "...acho que foi um momento de infelicidade da parte dele..." (Cavaco Silva); Análise à liderança de Cavaco Silva no Partido Social Democrata (PSD) e como deixou a sua sucessão e ainda como tem ocupado o seu cargo de Presidente da República; Destaque para o livro da autoria do entrevistado intitulado "O sobrepeso do Estado em Portugal"; explicação da sua temática e análise de algumas das propostas apresentadas no livro, nomeadamente a que visa a reforma do Estado com a rescisão amigável de contratos com cerca de 200 mil funcionários públicos; Críticas à entrada de Portugal na Moeda Única Europeia (UEM); Comentário ao Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) apresentado pelo Governo; A este propósito o economista afirma que:- "...algumas Universidades devem ser privatizadas..."; Comparação entre a proposta do entrevistado e a proposta do Governo para a reforma do Estado; Crítica a aquisição de submarinos, declarando-se a favor das auto-estradas com portagem em respeito pelo Princípio do utilizador/pagador; Explicação da sua proposta de venda de ouro para garantir o financiamento da reforma do Estado:- "... quem está no Banco de Portugal não gosta desta proposta..."; Apresentação de propostas para o controlo das contas públicas; Destaque para a sua cessação de funções na Agência Portuguesa de Investimentos (API); comentário ao projecto de Patrick de Barros para Sines; Comentário ao eventual regresso ao poder, nomeadamente ao PSD:- "...dou nota 13 ao Governo (...) ao líder do PSD não dou notas, não me fica bem (...) à oposição nunca darei nota inferior à que dou ao Governo...".