Mensagem de Ano Novo do Presidente da República

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Lisboa, Palácio de Belém, mensagem de Ano Novo do Almirante Américo Tomás, presidente da República, faz referência à guerra colonial que afeta as províncias ultramarinas portuguesas e critica a Organização das Nações Unidas (ONU).

  • Nome do Programa: NOTICIÁRIO NACIONAL DE JANEIRO
  • Nome da série: NOTICIÁRIO NACIONAL DE 1972
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Américo Tomás
  • Temas: Política
  • Canal: RTP 1
  • Tipo de conteúdo: Notícia
  • Cor: Preto e Branco
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3

Resumo Analítico

Almirante Américo Tomás reflete sobre a importância do primeiro dia do ano, saúda os soldados que estão nas províncias ultramarinas portuguesas que "continuam velando pela integridade sagrada do chão português combatendo os terroristas", comenta aspetos relacionados com a "campanha antiportuguesa" e critica os "ocidentais que pelo menos ainda não se deixaram colonizar, sigam ingloriamente na mesma esteira é aberração que nunca consegui entender". Américo Tomás faz considerações sobre a forma como decorreu o ano de 1971, destacando as influências negativas do comunismo na sociedade e afirma que tem esperança que "estes terríveis males poderão ainda ser debelados" e destaca a importância dos valores morais que todos tentam destruir. Referência à Organização das Nações Unidas (ONU) afirmando que esta se manteve "sem glória nem prestigio a condenar os membros que se limitam a defender-se dos ataque alheios e a ser inoperante, dominada por uma maioria imatura mas aguerrida (...) de que não consegue libertar-se e que a tornaram inútil" e à Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN/NATO) refletindo sobre as responsabilidades e ação da referida aliança militar, reflete sobre as duas guerras mundiais que afetaram a Europa e a posição da Rússia/União Soviética. Américo Tomás refere, identifica e destaca a importância das visitas que efetuou às cidades portuguesas e dos eventos a que assistiu e participou ao longo de 1971, menciona o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos da América (EUA) e França mediado por Marcelo Caetano, presidente do Conselho, as visitas do vice-presidente dos EUA e do chanceler do Brasil e enfatiza as efemérides que vão ser celebradas em 1972. Referência aos acidentes rodoviários/desastres de viação registados em Portugal, ao último censo da população que "não correu satisfatoriamente" criticando a forma como decorreu o inquérito e a descida da criminalidade (assaltos, roubos, raptos e atentados) registada em Portugal. Américo Tomás refere o final do seu mandato presidencial previsto para agosto de 1972, faz balanço geral sobre os anos que exerceu o cargo de presidente da República e destaca a continuação da guerra colonial nas províncias ultramarinas "manutenção da luta que sustentamos em África há mais de dez anos em defesa da integridade nacional e do bom ano da civilização ocidental" e saúda os mortos em combate, a situação da nossa Índia "que continua usurpada por uma nação falsamente dita como pacifista", homenageia António de Oliveira Salazar, ex-presidente do Conselho de Ministros, falecido em julho de 1970 e felicita o povo português.

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