Maria José Morgado
Entrevista conduzida por Dina Soares, jornalista da Rádio Renascença, e por Paula Torres de Carvalho, jornalista do jornal "Público", a Maria José Morgado, Procuradora Geral Adjunta, sobre a demissão do diretor da Polícia Judiciária e o funcionamento da PJ, o Ministério Público, as propostas que apresenta num livro para combater a corrupção em diversas áreas, a reforma do Processo Penal e as escutas telefónicas.
Resumo Analítico
Início com a apresentação da entrevistada e das temáticas a debater; Comentário e análise sobre a demissão do director da Polícia Judiciária (PJ); explicação do funcionamento orgânico da PJ no que se refere a este Governo em particular; Transferência de poderes da PJ nas questões da EUROPOL e INTERPOL; Crítica à criação de um foro especial para julgamento dos titulares de cargos políticos conforme propõe o Governo; denúncia da falta de meios do Ministério Público (MP) para o combate ao crime organizado, mormente ao crime económico; A entrevistada questionada sobre a possibilidade de ser convidada para o cargo de Procurador Geral da República, responde com agressividade afirmando: - "...essa é uma pergunta sem resposta, é uma pergunta disparatada..."; Análise às propostas que apresentou através de um livro para combate à corrupção no financiamento dos partidos políticos, clubes de futebol e câmaras municipais, que chegou a ser um "best seller"; análise às medidas propostas; Comentário à reforma do código do Processo Penal; escutas telefónicas e a sua problemática no actual Processo Penal português; lei orgânica da PJ; cálculo da produtividade na Justiça, dizendo a este propósito: - "...temos neste momento uma magistratura (MP) da idade média e de mercearia..."; A magistrada relata um episódio sucedido com um dos seus processos, demonstrativo das afirmações que atrás fez sobre a falta de meios e ausência de metodologias de trabalho; Realce para as suas ligações à extrema-esquerda num passado recente, nomeadamente ao MRPP-CDE; ùltimo comentário ao instituto jurídico do segredo de justiça.