Márcio Ivens – Parte I
Programa de cariz biográfico, apresentado por Maria João Gama, que dá a conhecer as carreiras profissionais de grandes vultos da rádio e da televisão. Márcio Ivens fala do seu percurso artístico, que se inicia aos 12 anos, na Rádio Guarujá de Florianopolis, e que desenvolve no Brasil, na Argentina e em Portugal, países onde se foi fixando. A perseverança foi o segredo da sua carreira. Através da Crónica Feminina, para a qual escreveu e de que foi capa, tornou-se conhecido em todo o mundo, sendo requisitado para atuações. Algumas ilustradas com imagens de arquivo.
Resumo Analítico
Márcio Ivens fala-nos do seu percurso artístico que se inicia cedo, aos 12 anos, na Rádio Guarujá de Florianopolis. O seu pai tocava clarinete e a mãe cantava, em casa, tocando órgão, contudo nenhum era músico. Com 15 anos vai para o Rio de Janeiro e na rádio Nacional inscreve-se no programa de caloiros do Ary Barroso e ganha o primeiro prémio, na semana seguinte repete a proeza, mas à terceira vez já era de mais. Para ganhar a vida começa a cantar em clubes noturnos, socorrendo-se da maquilhagem para disfarçar a idade. Deste modo começou a sua carreira no Rio de Janeiro, no entanto, e apesar de gravar dois discos, a sua fama só chega com "Bolinha de Sabão" num dueto com Sônia Delfino. Segue-se a dupla "Márcio e Márcia" (Selma Rayol) que faz um sucesso muito grande, mas só dura dois anos. Aventura-se então pela Argentina, onde recomeça a solo e consegue um programa na televisão argentina, "O Chuva de Estrelas", onde entrevista grandes artistas internacionais e canta. O seu sucesso é interrompido por um violento acidente de automóvel que o deixa às portas da morte, aliás noticiada, e o mantém hospitalizado durante 6 meses. Volta ao Brasil e depois vem para Lisboa sob a falsa promessa de um contrato no Casino Estoril. Sem nada, vê-se na circunstancia de ter de cantar num cabaret de má fama, onde fica três meses. Em 1974, consegue o primeiro grande êxito com "Bilú Tetéia", e é o primeiro artista em Portugal a ter um espectáculo próprio, montado, que percorre o país. Escreveu 10 anos na Crónica Feminina, na qual foi capa inúmeras vezes e que o projectou internacionalmente.