Manifestação de artistas e profissionais da cultura em Lisboa
Lisboa, manifestação e marcha de artistas e profissionais da cultura e do teatro, na Praça da Figueira, contra o governo do Estado Novo, o capitalismo e o "monopólio do bailado e do circo".
Resumo Analítico
Manifestantes seguram cartazes, entre os quais "Marcelo e Thomaz não podem ter paz", "O 25 de abril ainda não chegou ao teatro. Porquê?", "Nacionalizem as grandes empresas" e "O Vasco Morgado ainda tem tantos teatros. Porquê?"; Maria do Céu Guerra entre os manifestantes; boneco com a farda da Mocidade Portuguesa, bandeira com o símbolo nazi e a expressão "aqui jaz" e caricaturas de Marcelo Caetano e Américo Tomás. Manifestantes, alguns vestidos com trajes de personagens e cabeçudos, marcham, saem do Parque Mayer, atravessam a Avenida da Liberdade (destaque para crianças que fumam cigarros) e Praça dos Restauradores destacando-se Maria do Céu Guerra; pessoas em varandas; movimento de rua; manifestantes passam pela Praça de Dom Pedro IV (Rossio). Balão com frases de protesto e reivindicações; manifestantes aplaudem e lançam o balão; homem exibe placa toponímica "Flecha José Ferro, comandante de grupo morto pela pátria, Umpulo Angola, em 27 de fevereiro de 1972"; manifestantes assistem, aplaudem, discursam com recurso a megafone e rasgam bandeira da Legião Portuguesa e retrato de Américo Tomás. Boneco com a farda da Mocidade Portuguesa; Maria do Céu Guerra segura megafone; boneco com farda militar da Legião Portuguesa; manifestantes discursam e exibem retrato de Marcelo Caetano; Francisco Nicholson segura megafone, enquanto manifestante intervém, discursa e passa megafone a colega. Manifestantes e Francisco Nicholson discursam com megafone; profissionais com máscaras e farda militar; declarações; manifestantes seguram megafone e intervém, participam, exibem cartazes, desenhos e máscaras. Manifestantes queimam e fazem fogueira com os bonecos, desenhos e bandeiras rasgados e cantam na Praça da Figueira, destacando-se Maria do Céu Guerra; homem (vestido de doutorado) discursa; caricaturas de Marcelo Caetano e Américo Tomás são colocadas no chão e destruídas pelos manifestantes que as pisam e dão pontapés; cartaz "Perguntaram-nos se os deixávamos ir?".