Programa de cariz biográfico, apresentado por Maria João Gama, que dá a conhecer as carreiras profissionais de grandes vultos da rádio e da televisão. Lurdes Norberto recorda que a mãe, tinha ela 5 anos, a levou a um programa infantil na Rádio Renascença para recitar versos e assim ficou recitando aos sábados. Aos nove anos, Amélia Rey Colaço foi buscá-la à Renascença para fazer o papel de filha de Maria Eduarda, em "Os Maias", de Eça de Queirós, no Teatro Nacional. Continuou, no Dona Maria II, a entrar em peças infantis e a estudar ao mesmo tempo. Com 16 anos entra para a companhia Rey Colaço-Robles Monteiro e, aos 18 anos, após ter feitos as peças necessárias, é-lhe dada a carteira profissional. Tem um particular fascínio pela mudança de personagens, que permite o imaginar-se outra pessoa, pelo que não repete papéis anteriores. Fez teleteatro na RTP, em direto, e recorda a primeira peça gravada em que participou, "Otelo", de Shakespeare. Recorda a responsabilidade do direto, ainda que não a intimide, confessando que é mais difícil fazer gravações de cenas diversas e não sequenciais. A mãe acompanhou-a sempre, em todas as peças, pela paixão que tinha pelo teatro. Teve um grande desgosto com o fim da companhia residente no Dona Maria, que a obrigou a sair do que chama a sua casa, onde esteve dos 9 aos 65 anos. Afirma que deve a Amélia Rey Colaço tudo o que sabe. Participou, também, em várias telenovelas. Mereceu várias condecorações ao longo dos seus 61 anos de carreira, ilustrada com imagens de arquivo.