Io Appolloni
Programa de cariz biográfico, apresentado por Maria João Gama, que dá a conhecer as carreiras profissionais de grandes vultos da rádio e da televisão. Io Appolloni nasceu em Itália, onde permaneceu até aos 18 anos, no seio de uma família ligada à música. Desde cedo acalentou o sonho de ser atriz, pelo que, mesmo contra vontade a da mãe, fez um curso de representação no Centro Experimental de Cinematografia, em Roma, com o apoio do irmão. Como prémio foi convidada para o Festival de Veneza, em 1963, onde é contratada para fazer o filme “Louca Juventude”, em Espanha, com Jeselito. Antes de partir, ainda fez uma peça de teatro em Roma. Chegada a Espanha, para uma rodagem com previsão de 20 dias, acabou por permanecer 3 meses. Deslumbrada com a cultura espanhola, aproveitou o seu tempo para continuar a sua formação e aprendeu canto e flamenco, numa escola, com o auxílio de Joselito. Finda a rodagem, manteve-se em Espanha, com atuações pontuais no cinema. Uma entrevista dada a Magê, correspondente da revista Plateia em Madrid, deu-a a conhecer em Portugal e foi logo contratada, por Eduardo Damas, para fazer a revista "Sopa no Mel", a sua estreia no Maria Vitória. Confessa a sua felicidade por ter duas Pátrias, Itália e Portugal, onde vive há 42 anos. Ainda volta a Espanha para fazer uma revista, mas regressa grávida do seu primeiro filho com Camilo de Oliveira. Depois das revistas fez comédia musical e uma comédia com Raul Solnado, "Vison Voador", com a qual percorre o país e o ultramar. Fez a primeira representação de Dario Fo, em Portugal, com "O Funeral do Patrão". A seguir ao 25 de Abril, produz os seus próprios espectáculos de cariz feminista. Uma carreira artística recheada, e ilustrada com imagens de arquivo.