Independência da Namíbia – Parte I

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Primeira parte do debate moderado pelo jornalista Henrique Garcia sobre a independência da Namíbia e suas implicações na África Austral, nomeadamente em Angola, Moçambique e na África do Sul, tendo como convidados Manuel Villaverde Cabral, sociólogo e historiador, o Comandante Virgílio de Carvalho, investigador do Centro de Estudos Africanos da Universidade Portucalence, e Nuno Rogeiro, analista de assuntos africanos. Inclui uma reportagem do jornalista Mário Crespo que introduz o tema do programa.

  • Nome do Programa: Independência da Namíbia
  • Nome da série: 1ª Página
  • Locais: Lisboa, Namíbia
  • Personalidades: Henrique Garcia, Manuel Villaverde Cabral, Virgílio de Carvalho, Nuno Rogeiro
  • Temas: Política
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Apresentação: Henrique Garcia. Jornalista: Mário Crespo. Produção: Teresa Claro. Realização: Fernando Barata.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Henrique Garcia resume o tema do programa e introduz a reportagem. 01m51: Namíbia, travelling por estrada; vista de deserto e superfície de água; jóias numa montra; vista aérea de mina de urânio junto a zona costeira; funcionária segura um casaco de peles; populares caminham pela rua de uma aldeia; transeuntes; fachada de casa; mulher com traje vitoriano; placa indicativa de quartel-general do United Nations Transition Group (UNTAG); militares junto de um carro das Nações Unidas; Martti Ahtisaari, chefe da missão das Nações Unidas, desce as escadas de um edifício e entra num carro; declarações de José Campino, funcionário da Direção de Assuntos Políticos da ONU, sobre as dificuldades ultrapassadas pela delegação da ONU no território e os critérios utilizados no processo de recenseamento eleitoral da população; avião militar levanta voo; depoimento legendado de Sam Nujoma, líder da Organização dos Povos do Sudoeste Africano (SWAPO), sobre o recurso às armas justificado pela recusa da auto-determinação e da independência pelo Governo sul-africano e a vitória do seu partido nas eleições organizadas pela ONU; apoiantes do Democratic Turnahalle Alliance (DTA), partido maioritariamente apoiado por brancos, durante a campanha eleitoral; distribuição de brindes durante a campanha eleitoral; populares durante comício da SWAPO; travelling por estrada, com populares em longa fila para entrarem numa secção de voto. 08m07: Xavier de Figueiredo, jornalista e analista de assuntos africanos, sublinha a ordem e o civismo com que o processo eleitoral está a decorrer; transeuntes. 09m34: Jornalista Mário Crespo entrevista William Retif, diplomata sul-africano que negociou a independência da Namíbia, sobre a decisão dos locais de permanecer no país enquanto cidadãos sul-africanos ou namibianos após as eleições, a intervenção da África do Sul no país depois de se saber o resultado eleitoral e o cumprimento da Resolução 435 da ONU pelo seu país (legendado); Windhoek, vivo do jornalista Mário Crespo. 12m37: Henrique Garcia apresenta os convidados para o debate; Nuno Rogeiro refere a grande afluência às urnas como fruto da mobilização conseguida pelo SWAPO e pelo DTA junto do eleitorado; Manuel Villaverde Cabral fala sobre a importância histórica deste acontecimento por se tratar do fim do último regime colonial, a insuficiência da independência política para solucionar todos os problemas do país e o processo de implementação da democracia. 18m40: Nuno Rogeiro pronuncia-se acerca da viabilidade da aplicação, em África, do modelo democrático ocidental e da independência económica do país. 20m29: Virgílio de Carvalho sobre a importância estratégica da Namíbia e as necessidades europeias de matérias-primas que motivou a colonização do território; Manuel Cabral sobre a conjuntura política que é favorável à implementação da democracia; Virgílio Carvalho acerca da importância da intervenção da ONU e a resolução da questão do enclave sul-africano de Walvis Bay; Nuno Rogeiro sobre a posição irredutível do Governo sul-africano quanto a este enclave. 32m56: Início da 2.ª parte. Henrique Garcia reinicia o debate; Nuno Rogeiro refere o desconhecimento da actuação de Sam Nujoma se ganhar as eleições, traçando os cenários possíveis, e a probabilidade de ocorrência de uma guerra civil; 37m21: Virgílio Carvalho e Manuel Cabral discorrem sobre a alteração das actuais fronteiras dos países africanos por razões tribais; 42m05: Nuno Rogeiro defende que a África do Sul é um espectador interessado na situação na Namíbia e lembra a discussão em torno das forças armadas que este novo país virá a ter; o investigador do Centro de Estudos Africanos lembra a questão da resolução de um problema interno da África do Sul, porque os jovens militares se recusam a prestar serviço fora das fronteiras sul-africanas; 46m48: o analista político explica a disposição dos sul-africanos em acabarem com o apartheid e as implicações desse pensamento em países como Angola e Moçambique; Virgílio Carvalho resume a política dos Estados Unidos da América (EUA) em África e o papel geoestratégico do Zaire; 53m07: Nuno Rogeiro expõe as razões pelas quais entende que não se pode exagerar o papel dos EUA em questões africanas; Carvalho discorda e dá como exemplo o facto de os Estados Unidos da América terem sido o único país a não reconhecer o Governo do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e explica as implicações geopolíticas desse reconhecimento com a proximidade com Cuba; Nuno Rogeiro traça os cenários que a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) terá de enfrentar com a independência da Namíbia e uma provável vitória eleitoral do SWAPO; Virgílio Carvalho interroga-se sobre o futuro da UNITA após a morte do seu líder, Jonas Savimbi.

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