Hospital Museu Miguel Bombarda

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Programa cultural apresentado por Paula Moura Pinheiro dedicado ao Hospital Museu Miguel Bombarda, antigo Hospital de Rilhafoles, em Lisboa, que atualmente alberga o Museu Miguel Bombarda, de Arte de Doentes e Neurociências, com a maior coleção do país de arte outsider ou art brut onde se pode observar o Gabinete onde o Prof. Miguel Bombarda foi assassinado em 1910, e o Pavilhão de Segurança, conforme nos explicam os convidados Fernando Vieira, Psiquiatra, e José António Bandeirinha, Arquiteto.

  • Nome do Programa: Hospital Museu Miguel Bombarda
  • Nome da série: Visita Guiada IV
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Paula Moura Pinheiro, Fernando Vieira, José António Bandeirinha
  • Temas: História, Saúde, Sociedade
  • Canal: RTP 2
  • Menções de responsabilidade: Autoria e apresentação: Paula Moura Pinheiro. Convidados: Fernando Vieira e José António Bandeirinha.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Stereo
  • Relação do aspeto: 16:9 PAL

Resumo Analítico

Exteriores do Hospital Psiquiátrico Miguel Bombarda, já desativado, vistas aéreas dos edifícios classificados como Conjunto de Interesse Público, e do espaço circundante, exteriores do panóptico, um modelo arquitetónico circular utilizado para controlar populações perigosas, neste caso doentes psiquiátricos violentos, porta da cela de doente mental, apresentadora, faz resumo da temática do programa. Visita pelo seu interior, escadaria, corredor, exterior do Pavilhão de Segurança, vista aérea deste conjunto arquitetónico com destaque para o panóptico, termo utilizado para designar uma penitenciária ideal, com arredondamentos de arestas racionalistas generalizados em bancos, portas e janelas, para evitar contusões, proporcionar maior resistência e facilitar a limpeza, um dos seis edifícios deste género no mundo e o único com pátio a descoberto para os doentes permanecerem ao ar livre durante o dia melhorando o seu estado de saúde e evitando a transmissão de doenças, interior de uma das celas para doentes com espaço exíguo, o mínimo de mobiliário, janela para ventilação e óculo para visionar nos dois sentidos, conversa com Fernando Vieira, Psiquiatra, que trabalhou nesta enfermaria de segurança, interior da sala de reunião, vazia com banco embutido circundando todo o espaço, lavatórios, casa de banho com banheiras em pedra. Declarações de José António Bandeirinha, Arquiteto e Professor de Arquitetura na Universidade do Coimbra, sobre o panóptico enquanto modelo arquitetónico, concebido por Jeremy Bentham em 1785 que tem na sua génese uma ideia de permanente vigilância como medida de reabilitação, retratos de Jean-Jacques Rosseau (1712-1778) e Voltaire (1694-1778), de John Howard (1726-1790), de Jeremy Bentham (1748-1832), manuscrito com desenho do próprio do Panóptico, plantas desta estrutura, fotografias a preto e branco da Prisão insular de Santo Stefano, em Itália, gravuras deste modelo como a Prisão de Pentanville, Londres, Reino Unido, e Prisão de Eastern State, Filadélfia, EUA, vista geral do pátio-praça de corpo circular, escultóricos bancos fixos de betão com os generalizados arredondamentos racionalistas. Fotografias do Estabelecimento Prisional de Coimbra, do Estabelecimento Prisional de Santarém, do Estabelecimento Prisional de Lisboa, Prisão Central de Lovaina, Bélgica, e do Pavilhão de Segurança do Hospital Miguel Bombarda, Lisboa. Imagens do Pavilhão de Segurança do Hospital Miguel Bombarda e da Prisão insular de Santo Stefano com as suas semelhanças. Paula Moura Pinheiro continua a conversa com Fernando Vieira sobre o historial do panóptico do Pavilhão de Segurança do Hospital Miguel Bombarda, fotografias a preto e branco da antiga torre de vigilância deste em 1899 e do antigo lago, exteriores desta estrutura na atualidade. Retratos pintados de Miguel Bombarda (1851-1910), passeio entre os pavilhões, destaque para as paredes, bancos e janelas do Pavilhão de Segurança, referências às mudanças operadas por Miguel Bombarda nesta instituição a nível de saúde, segurança, humanização e modernização. Ilustração do Hospital Real de S. José, Lisboa, antigo Convento de Santo Antão, onde primeiramente eram internados os doentes mentais, retrato a óleo do Marechal Saldanha (1790-1876) o responsável pela transferência dos doentes psiquiátricos para o Hospital Miguel Bombarda, imagem com excerto do relato do Marechal Saldanha, em 1848, sobre as condições degradantes em que viviam os doentes no Hospital de S. José, retrato de Miguel Bombarda, Médico Psiquiatra considerado o primeiro neurologista em Portugal. Pormenor de equipamentos médicos de uma das salas dedicadas às Neurociências, no Pavilhão de Segurança, equipamento de eletrochoques, camisa de forças, interior do gabinete Miguel Bombarda intitulado Gabinete do Diretor, de grande importância histórica, onde o Prof. Miguel Bombarda foi assassinado a 3 de Outubro de 1910, véspera do desencadear da Revolução Republicana, por um antigo doente, o Tenente Aparício, o retrato a óleo do marechal Saldanha atrás da secretária, exibe a marca provocada por uma das balas, interior da 8ª Enfermaria, e visita pelos corredores do pavilhão. Fotografia de Miguel Bombarda no seu leito de morte e sobreposto com uma citação sua, capa do seu livro "A Consciência e o Livre Arbítrio", fotografia a preto e branco do próprio. Retratos de antigos doentes famosos como Ângelo de Lima (1872-1921), Poeta, capa do DVD do filme de Jorge Pelicano "Pára-me de Repente o Pensamento", Valentim de Barros (1916-1986), e Jaime Fernandes (1900-1969), interior de sala onde estão expostos parte dos desenhos mais antigos de doentes, no Pavilhão de Segurança, poster do filme "Recordações da Casa Amarela", do realizador João César Monteiro. Vista do panóptico e panorâmicas aéreas do Hospital Miguel Bombarda e zona envolvente.

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