Gungunhana, o Vencido – Parte II
Segunda parte do documentário biográfico sobre Gungunhana, imperador de Gaza e o último da Dinastia Jamine, herói moçambicano da resistência à colonização portuguesa, que foi capturado por Mouzinho de Albuquerque, na povoação de Chaimite, a 28 de Dezembro 1895, durante as campanhas de África dos finais de século XIX. Gungunhana foi trazido para Portugal e desterrado para a Ilha Terceira, nos Açores, juntamente com os outros seus três régulos. Recebidos dignamente pela população de Angra do Heroísmo, que não os viu como inimigos, aí viveram até ao fim dos seus dias. Os restos mortais de Gungunhana foram transladados para Moçambique após a independência, numa cerimónia de Estado a que presidiu Samora Machel.
Resumo Analítico
Forte de Lourenço Marques, futuro Museu da História Colonial; estátua equestre de Mouzinho de Albuquerque; fotografias antigas de Lourenço Marques, de pessoal dos caminhos-de-ferro e do porto; gravura do Navio África; fotos da época; excerto do filme "Aqui d'El Rei", de António-Pedro Vasconcelos; caricaturas de Gungunhana que serviam para ridicularizar a monarquia; vistas de Angra do Heroísmo; jornais da época noticiam a chegada aos Açores dos prisioneiros Gungunhana, Zixaxa, Molungo e Godide; Angra do Heroísmo; Rua Direita e percurso dos prisioneiros; vistas do Forte São João Baptista; Sé de Angra, onde os prisioneiros foram baptizados; documentos oficiais. Cesto de verga; fachada da Biblioteca Pública e Arquivo de Angra do Heroísmo; certidão de óbito de Gungunhana; imagens da TV de Moçambique da cerimónia da chegada dos restos mortais de Gungunhana, com a presença de Samora Machel, Chefe de Estado moçambicano; visita de Samora Machel a Portugal, em 1983, com Ramalho Eanes, Presidente da República portuguesa; assinatura do pedido de restituitição dos restos mortais; correspondência trocada entre Mota Amaral, Presidente do Governo Regional dos Açores e Conceição Silva, Ministro da República de Moçambique; vistas da aldeia de Chaimite; declarações de Frederico Nhamacume Numaio, António Casane Numaio e Ndava Casane Numaio, descendentes de Gungunhana, sobre os antepassados e hábitos tribais; António João Numaio empunha resto de arma que pertenceu a Gungunhana; visita ao local sagrado onde jaz Manukuse, avô de Gungunhana e fundador do império de Gaza; depoimento de Ungulani Ba Ka Khosa, escritor; cântico tribal; lua cheia.