Gonçalo Byrne
Programa dedicado ao arquiteto Gonçalo Byrne. Traços biográficos principais, o seu percurso académico e as suas influências, as obras mais relevantes, e a visão que tem da arquitetura, em entrevista conduzida pelo arquiteto Manuel Graça Dias.
Resumo Analítico
Referência, em voz off, à licenciatura de Gonçalo Byrne pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, em 1968; Manuel Graça Dias, apresentador do programa, salienta a sua colaboração nos "ateliers" dos arquitectos Chorão Ramalho, Nuno Portas e Nuno Teotónio Pereira; indica os prémios que lhe foram atribuídos: 1º prémio para os concursos para a zona central de Faro e para a Grande Nave do Palácio Municipal de Exposições e Desportos de Braga; o Prémio Nacional de Arquitectura, da Associação dos Arquitectos Portugueses/Secretaria de Estado da Cultura; e o Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte/Secretaria de Estado da Cultura, ambos em 1988; realça as funções de professor convidado em universidades portuguesas e estrangeiras; por fim, destaca das suas obras: o conjunto habitacional de Chelas; o Casal de Figueiras, em Setúbal; a Cooperativa de Habitação, no Restelo; o Palácio Municipal de Exposições e Desportos, em Braga; as agências da Caixa Geral de Depósitos, na Vidigueira e em Arraiolos; a casa Sá da Costa, em Lisboa e o projecto que ficou em 2º lugar no concurso para o Centro Cultural de Belém; enumera ainda os projectos que actualmente se encontram em curso no seu atelier (imagens, desenhos, fotografias e maquetes das obras). 00:06:52 Entrevista a Gonçalo Byrne na casa Sá da Costa, onde este comenta a adequação do programa à dimensão do lote e a comunicação da casa com a rua. Considera que uma fachada virada para a rua deve assumir uma dimensão cívica. Fala também da casa de Alcanena e das diferenças entre ambas, das pré-existências desta e da sua função de pivot ao tentar reorganizar o espaço envolvente (planos do exterior e interior); a propósito do seu projecto para Chelas, diz que o se deve valorizar na habitação social, dada a sua exigência de baixo custo, é a nobreza e a qualidade do espaço; refere ainda que a sua intervenção em Chelas sucedeu a dois níveis: o de dar uma dimensão de monumento ao edifício, em virtude da sua grande escala, e o de valorizar os percursos (pontes, galerias, etc); o arquitecto comenta também a sua proposta para o Centro Cultural de Belém, apontando como principais diferenças em relação ao projecto vencedor a maior fragmentação da sua solução, a existência de espaços abertos entre esses fragmentos e o carácter do todo como um pedaço da cidade (planos de desenhos e maquetes do projecto). Salienta também a política de arquitectura de autor que revelam os convites da C.G.D., para os projectos da Vidigueira e de Arraiolos e entende que a actual fase de "marketing" bancário é transitória. Enumera ainda as diversas limitações a que estão sujeitos os projectos para os departamentos de Universidades, que actualmente tem em mãos, e quais devem ser as suas linhas orientadoras.