Extinção da Sociedade Portuguesa de Escritores
Programa sobre a extinção da Sociedade Portuguesa de Escritores (SPE), em 1965, na sequência da atribuição do Grande Prémio de Novelística ao livro "Luuanda" do escritor angolano José Luandino Vieira.
Resumo Analítico
Desenho de guerreiros a segurar lança e caricatura de homem a agarrar mulher, representando o ataque à SPE; excerto de texto sobre o encerramento da Sociedade; mobiliário destruído e livros amontoados no interior da sede da SPE, após a vandalização das instalações efetuada pela PIDE; livro de sócios; declarações de José Gomes Ferreira, escritor e primeiro presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE), fundada em 1973, sobre o atentado à SPE; declarações de Jacinto Prado Coelho, ensaísta e ex-presidente da SPE, sobre a extinção e os objetivos da Sociedade, a sua atividade como presidente e a atribuição do Grande Prémio ao escritor José Luandino Vieira, intercaladas com notícia de jornal sobre a SPE; declarações do escritor José Luandino Vieira sobre o modo como teve conhecimento do prémio; capa do livro "Luuanda"; pormenor do texto do decreto-lei que determinou a extinção da SPE. 58m15: Declarações de Jacinto Prado Coelho sobre a vandalização das instalações; mobiliário destruído, livros amontoados, vidros partidos e máquinas de dactilografar no chão do interior da sede da SPE; declarações de José Gomes Ferreira sobre a atitude que os escritores deveriam ter tido face ao ataque da PIDE e os insultos que sofreram. 01h01m25: Excerto de programa emitido pela RTP, em 1965: em estúdio, jornalista José Mensurado apresenta o crítico literário Amândio César, o etnólogo angolano José Redinha e os poetas angolanos Geraldo Bessa Victor e Mário António; declarações de Amândio César sobre a má qualidade literária de Luandino Vieira e os critérios políticos que fundamentam o prémio atribuído. 01h05m01: Declarações de Jacinto Prado Coelho sobre os critérios literários para a atribuição do prémio a Luandino Vieira, a intenção da SPE em manifestar o seu desacordo com a política colonial e o significado histórico da extinção da Sociedade, intercaladas com declarações de José Gomes Ferreira sobre a tentativa de manipulação da opinião pública por parte do governo do Estado Novo, o consentimento dado por Marcelo Caetano, Presidente do Conselho de Ministros, para a criação da APE, o discurso que proferiu quando assumiu a presidência, o auxílio que a associação recebeu de pintores portugueses, a prisão de escritores, o 25 de Abril de 1974 e o cortejo do 1.º de Maio em 1974; capa e página de título do livro "A Dolorosa Razão duma Atitude" do escritor Joaquim Paço D´Arcos; logótipo da APE; cortejo do 1.º de Maio, em 1974.