Entrevista com Soares Carneiro
Jornalista Margarida Marante, em conjunto com os jornalista convidados Marcelo Rebelo de Sousa, do Jornal "Expresso", José Manuel Barroso, da Agência Noticiosa Portuguesa (ANOP), e Dinis de Abreu, do Jornal "Diário de Notícias", entrevistam o General António Soares Carneiro, candidato da coligação Aliança Democrática (AD) às eleições presidenciais.
Resumo Analítico
Margarida Marante introduz os jornalistas e faz uma breve apresentação biográfica do candidato; General António Soares Carneiro pronuncia-se sobre as possíveis repercussões políticas da sua eventual vitória e as críticas que lhe dirigem relativamente ao facto da sua candidatura concentrar o poder num único partido (AD). 06m46: António Soares Carneiro responde a Dinis de Abreu, José Manuel Barroso e a Marcelo Rebelo de Sousa relativamente ao facto de não possuir um projeto político e de ter aceite o apoio da AD, os poderes que a Constituição Portugueses confere ao cargo de Presidente da República, assume um caráter semipresidencialista inerente ao seu projeto de campanha, o critério de tempo/duração que a televisão adotou para gerir as entrevistas aos candidatos à Presidência da República, a revisão da Constituição Portuguesa através do referendo e as condições/termos que considera essenciais para a sua realização. 18m25: António Soares Carneiro tece comentários sobre o seu posicionamento ideológico e político, afirma que "não se assume como candidato nem da esquerda nem da direita (...) mas pretendo ser o presidente de todos os portugueses", pronuncia-se contra o PCP enquanto parte integrante do governo afirmando que não associa o PS ao PCP e que "não encara a possibilidade do Partido Comunista fazer parte do governo", a legalização do PCP, o acordo de regime e a atitude de Mário Soares, Secretário-geral do PS. 28m43: António Soares Carneiro tece comentários sobre as candidaturas de Carlos Brito, do PCP, e do General António Ramalho Eanes que tem o apoio do PS, PCP e do PCTP, reconhece o apoio declarado que a AD assumiu relativamente à sua candidatura, a fundação presidencial, as prioridades políticas do seu projeto de compromisso político, o que o seu projeto nacional tem para oferecer às pessoas que não fazem parte da AD, perspetivas para o futuro, as características e aspetos que o distinguem do General António Ramalho Eanes, a decisão de se candidatar às eleições presidenciais. 47m52: Referência ao facto da maioria dos candidatos à presidência da República serem militares em detrimento dos civis, a sua participação no golpe de 25 de Novembro de 1975 e comenta as declarações proferidas pelo Coronel Ernesto Melo Antunes a um jornal francês relativamente à sua candidatura. 53m27: Comentários sobre a postura dos órgãos e meios de comunicação sociais dependentes do Estado afirmando que a imprensa deve ser livre, a tendência do governo/poder em intervir na ação da imprensa e do direito da informação, a ligação que a sua imagem mantém com os compromissos do regime do Estado Novo através do cargos de secretário geral, do Governo Geral da Província Ultramarina de Angola e de coordenador do Campo de Concentração de São Nicolau, os resultados das eleições presidenciais dos Estados Unidos da América, as condições que possui para ganhar as eleições presidenciais portugueses e ser um "bom presidente", as noções de Estado e de Nação e as relações entre o Presidente da República e as Forças Armadas Portuguesas.