Natália Correia afirma que a independência faz parte da identidade cultural de um povo, chamando a atenção para a defesa da soberania nacional em termos históricos e atuais, no quadro da integração de Portugal na CEE; José Mattoso justifica a afirmação de Luís de Camões de que os portugueses seriam todos espanhóis, devido à semelhança cultural entre os povos, algo considerado consensual no final do século XVI; concorda com Natália Correia ao nível da noção de iberismo apenas como união cultural e não política entre Portugal e Espanha. 50m10: Natália Correia alerta para o perigo de um povo perder a sua soberania caso faça demasiadas concessões a nível de política internacional, considerando a homogeneização política proposta pela CEE como perigosa; Mattoso defende existência de pluralismo cultural para que as identidades entre povos não se confundam, apelando ao diálogo cultural de Portugal com Espanha nesse sentido; reconhece que o historial de invasões militares espanholas em território português pode-se constituir como entrave ao diálogo cultural; Natália Correia refere exemplos de autores portugueses que optaram por escrever em língua espanhola, o que atesta a aproximação cultural entre os povos; Mattoso reconhece que a imagem histórica do período de domínio filipino em Portugal poderá estar deturpada por sentimentos nacionalistas.