Entrevista a Mota Amaral – Parte I
Primeira parte da entrevista em estúdio conduzida pela jornalista Margarida Marante a João Bosco Mota Amaral, presidente do Governo Regional dos Açores e líder do PSD Açores, que incide na primeira parte sobre as questões da governação dos Açores, e na segunda parte sobre assuntos da política nacional.
Resumo Analítico
Margarida Marante resume o percurso político de Mota Amaral, sobre os conflitos entre o governo regional e o governo da república Amaral afirma que tem feito o esforço de manter um diálogo proveitoso, justifica que a sua atuação no congresso do partido em Braga não pode ser entendida como uma atitude hostil perante as relações institucionais entre os dois governos, considera graves as falhas do partido em termos de matéria de governo regional, e daí as críticas que teceu publicamente, explica a razão pela qual não requereu por escrito a representatividade Açores no Conselho Superior de Informações, destaca a posição geográfica do arquipélago, quer como forma de projeção para Ocidente do território nacional, quer como zona de vulnerabilidade para a intimidade do país, para explicar que o território das ilhas não se pode reduzir à sua dimensão demográfica. Salienta as características especiais da realidade insular em matéria política, citando o exemplo de Cabo Verde e mesmo da Comunidade Económica Europeia, para justificar a presença do poder em diversos locais do arquipélago, esclarece que a ilha do Pico não tem três portos e que vai abrir o concurso público para as obras de prolongamento do aeroporto de Ponta Delgada, adianta que a modernização da agricultura e da pecuária tem tido resultados práticos, e que está a haver, igualmente, um investimento na indústria transformadora, relativamente às pescas responde às acusações deste sector estar em franco atraso numa região em que a costa é bastante vasta, afirma que há um surto de progresso no arquipélago e que o processo de desenvolvimento é autossustentado, refere a zona franca criada em Santa Maria, para a qual ainda não foi aberto concurso internacional, mostra intenção que o Papa João Paulo II faça uma visita aos Açores, explicita em que sentido vai ser revisto o estatuto dos Açores.