Entrevista a José Sócrates
Jornalistas José Alberto Carvalho e Judite Sousa entrevistam José Sócrates, Primeiro-Ministro.
Resumo Analítico
Afirmações de José Sócrates ao longo da entrevista: 20m50m51: "(...) Estas medidas durarão o tempo que for necessário para atingirmos os nossos objetivos orçamentais (...) sobre o Imposto extraordinário e o aumento do IVA, nós temos intenção de os aplicar imediatamente para vigorar em 2010 e 2011, mas se chegarmos ao final de 2011 e se revelar necessário manter essas medidas, mantê-las-emos (...)". 20h53m25: Referindo-se às declarações de Fernando Ulrich, Banqueiro "(...) faremos, não com declarações incendiárias e com declarações irresponsáveis. Não esperava ouvir isso de um representante de um banco (...)". 21h00m11: "(...) Eu fiz tudo para não aumentar os impostos. O Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) era para entrar na redução da despesa... simplesmente a realidade mudou e de que forma, nessas 3 semanas (...) Eu não peço desculpas por cumprir o meu dever, nem ninguém me ouvirá pedir desculpas apenas porque estou a fazer aquilo que é exigido e imprescindível (...)". 21h11m27: "(...) Houve outro ponto que foi também recusado, agir sobre o 13º mês (...)" e adianta que não haverá imposto adicional sobre o 13º mês porque isso era errado. 21h14m51: "(...) Nunca houve um corte tão significativo na despesa como vai haver este ano (...)". 21h16m39: Referindo-se ao corte nos salários dos políticos e gestores: "(...) Essa medida foi proposta pelo PSD e é uma medida com a qual eu não estou de acordo, porque isso dá a ideia às pessoas que os políticos ganham muito. Isso não é verdade (...)". 21h23m02: "(...) O problema número 1 de Portugal chama-se recuperação económica. Só se recupera o emprego com mais crescimento económico (...)". 21h30m46: "(...) Eu sempre me empenhei em alcançar acordos políticos com os partidos... No passado nunca tive ninguém no PSD que quisesse fazer acordos com o Governo. Tenho consciência que para servir bem o país, precisamos de ter um acordo com PSD (...)". 21h34m48: "(...) Acho que é uma absoluta irresponsabilidade apresentar uma moção de censura neste momento. O Bloco de Esquerda e o PCP a única atitude que sempre tiveram aos longo destes quatro anos, foi sempre de oposição ao PS (...)". 21h43h40: "(...) Quanto às obras públicas, o TGV e aeroporto, eu mantenho que essas duas obras são absolutamente essenciais... Decidimos suspender a ligação entre Poceirão e Lisboa". Decidimos também não lançar o concurso do aeroporto em Junho, decidimos adiar um pouco (...)". 21h40m00: Referindo-se à reunião de economistas com o Presidente da República: "(...) Não tenho opinião. Acho que as pessoas são livres de exprimir o seu ponto de vista (...)". 21h49m20: Referindo-se às eleições presidenciais: "(...) Não está nada decidido (...)". 21h50m49: "(...) Eu disse no Parlamento que nunca dei orientações à PT para fazer fosse que negócio fosse (...) Eu lamento é este espetáculo lamentável e até escandaloso, de uma comissão de inquérito que dura há meses, com um único objetivo, atingir-me pessoalmente (...)".