Entrevista a Jorge Sampaio – Parte I
Primeira parte do programa de informação apresentado pelo jornalista Henrique Garcia, com a participação do jornalista José Teles, em que entrevistam Jorge Sampaio, Secretário-Geral do Partido Socialista.
Resumo Analítico
Jornalista Henrique Garcia introduz o seu convidado Jorge Sampaio e juntamente com José Teles coloca questões. Jorge Sampaio afirma que a Revisão Constitucional em discussão não é comparável com a revisão discutida em 1982, sendo que o Partido Socialista apoia a atual revisão. 02m44: Respondendo à crítica do PCP relativa a outros temas relevantes para discussão no Parlamento, afirma que há tempo e disponibilidade para tudo; a Revisão Constitucional é importante sendo por isso discutida de forma exaustiva pelos vários grupos do PS; defende o pluralismo no interior do PS, existindo membros que expressão opiniões diferentes. 08m07: Defende que o adiamento da votação da questão da composição da Alta Autoridade não teve haver com o aparecimento da televisão privada, mas sim para clarificar que o processo seja feito através de concurso público; o PS admite que sobre esta composição é controversa ainda que não apareceu uma alternativa melhor; a controvérsia e o pluralismo foram úteis para esclarecer a opinião pública sobre a Lei da Rádio. 11m56: Diz que independentemente do comportamento do PSD face ao PS, a Revisão Constitucional é séria e grave, não devendo ser usada como "arma de arremesso", este facto não deve ser confundido com a posição de oposição do PS face ao Governo e refere o exemplo da integração europeia; a preocupação do PS é que a opinião pública seja capaz de distinguir as políticas dos vários partidos. 17m15: Critica o Centralismo do Governo, por ter barrado o processo da Regionalização, e por não saber o que fazer com o poder que adquiriu, existindo um descontrolo financeiro e faltando uma estratégia nacional. 20m39: Afirma que o PS nunca se desinteressou do processo de sindicalização na Polícia, recorda o trabalho de Eduardo Pereira como Ministro da Administração Interna durante o Governo PS de 1983 a 85, neste assunto; o Governo é que tem que justificar porque é que não se pode dar funções sindicais a estruturas da Polícia, quando a Comunidade Europeia o apoia. 25m43: Afirma que se o PS estivesse no Governo os acontecimentos do Terreiro do Paço, relacionados com a sindicalização da PSP, nunca se teriam realizado, pois a situação teria evoluído. 27m21: Não acredita que não é falta de sentido de estado um deputado participar numa manifestação, mesmo que ilegal; não deve ser o PS responsável pelos acontecimentos do Terreiro do Paço, mas sim o Governo.