Entrevista a Francisco Silva
João Gonçalves, jornalista entrevista Francisco Silva, árbitro, em direto no estúdios em Faro, sobre o seu envolvimento num caso de corrupção que ficou conhecido como Penafielgate.
Resumo Analítico
Explicação de Francisco Silva, que alegadamente foi subornado por Manuel Rocha, Presidente do Futebol Clube de Penafiel, para não arbitrar um jogo entre aquela equipa e a do Belenenses, das razões que o levaram a aceitar dar uma entrevista em direto; negação de Francisco Silva em ter assinado uma confissão de culpa ou de ter pedido a demissão e descrição das razões que estiveram por trás da sua decisão em não assinar qualquer documento não obstante a pressão a que esteve sujeito; comentário de Francisco Silva à frequência com que se atribuem prendas aos árbitros, à rapidez com que Manuel Rocha lhe colocou o envelope com o cheque nas mãos e à sua dificuldade em reagir à situação que justifica com base numa cilada que lhe foi armada, tipo de contexto a que não está habituado; 20m57: Negação de Francisco Silva em ter sido confrontado com alguma gravação ou com a ameaça da publicitação da gravação da altura em que aceita o suborno e descrição do momento em que, no balneário, entram os responsáveis pelo desmantelamento da operação; afirmação de Francisco Silva de que os fiscais de linha confirmam a sua versão dos factos; descrição de Francisco Silva dos valores recebidos pelo pagamento de arbitragem de jogos e respectiva recusa em justificar o valor e a forma de aquisição dos bens que constituem o seu património; declarações de Francisco Silva sobre a sua autorização em deixar que as suas casas e os seus bens sejam investigados pois reafirma nada ter a temer; 23m21: Reação de Francisco Silva à possibilidade de que a sua carreira como árbitro tenha chegado ao fim com este caso e recusa de Francisco Silva em comentar casos de suborno de árbitros, assunto que remete para a Polícia Judiciária, enquanto entidade responsável pela investigação desses casos; afirmação de Francisco Silva de que desconhecia qual o valor constante do cheque e dos fins a que se dirigia, de que não percebe qual foi a intenção do que define como tendo sido uma cilada contra a sua pessoa; comentário de Francisco Silva à hipótese de o caso ter sido uma manobra para fragilizar a sua relação com Lourenço Pinto, Presidente do Conselho Nacional de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, CNA FPF, que se pressupõe que terá sido conivente com Manuel Rocha e condenação de Francisco Silva à forma de atuação de Lourenço Pinto; defesa de Francisco Silva da hipótese de Manuel Rocha ter sido manipulado pelo CNA FPF, através da pessoa de Lourenço Pinto; 27m37: Comentário de Francisco Silva sobre o seu percurso pessoal e profissional, sobre o seu património, confirmação de Francisco Silva da crença de que sairá incólume desta situação, elogio de Francisco Silva a alguns dirigentes de clubes de futebol, que nega ser uma forma de alcançar apoios e afirmação de Francisco Silva de que nunca foi alvo de tentativas de suborno nem que nunca influenciou resultados de jogos de futebol e que, se calhar, foi esta sua atitude de isenção que despoletou a cilada que lhe foi armada.