Entrevista a Diogo Freitas do Amaral
Entrevista conduzida pela jornalista Judite Sousa a Diogo Freitas do Amaral, para análise dos acontecimentos mais relevantes do País e do resto do Mundo, e que têm marcado a atualidade informativa.
Resumo Analítico
Pontos mais importantes da entrevista a Diogo Freitas do Amaral: - Ferro Rodrigues, tem a seu favor o facto de ter sido um bom Ministro do Trabalho e ser o líder de um dos dois maiores partidos (PS). - A seu desfavor está o facto de ter criticado em demasia o governo de António Guterres, uma vez que participou nele, não tendo sido muito crítico em relação ao mesmo. - O Estado terá de dar exemplo de austeridade antes de pedir mais austeridade aos cidadãos. - Os partidos terão que apresentar propostas concretas para gestão das despesas do Estado. - Um possível acordo do PS com o PCP irá contra a necessidade de contenção de despesas ao nível Social o que coloca o partido (PS) perante um "quebra-cabeças". - O pedido de "Maioria Absoluta", por parte de Durão Barroso, líder do PSD, pode pecar por ser uma ambição "...excessiva e que pode ser fonte de frustrações...". - A hipótese do Bloco Central não seria muito recomendável, sendo no entanto possível. - Um governo de Bloco Central é preferível a um governo minoritário. - Relativamente ao cenário em que o segundo partido mais votado seria aquele que governaria, fazendo coligação com um outro partido (no caso de o vencedor não querer governar), considera que essa solução seria perfeitamente legítima do ponto de vista da Constituição, embora segundo ele, esta hipótese "...não fosse conforme ao espírito da nova Democracia que reina hoje na Europa (...) em que é o próprio eleitorado que escolhe os Primeiros Ministros...". - "...o PCP continua um partido monolítico, um partido onde não é possível fazer reformas..."; uma possível coligação com o PS só lhe retirará votos ao Centro e as possíveis cedências pretendidas pelo PCP levarão à conclusão que os dois não serão capazes de se entender. - O momento porque passa o CDS/PP é um dos mais difíceis pois os resultados das Eleições Autárquicas não foram nada bons. - A vitória de Paulo Portas no congresso do CDS/PP significa que, por um lado, quem é líder de um partido tem sempre vantagem na reeleição; por outro, o CDS/PP adotou a via mais difícil para manter a identidade do partido. - O eleitorado do CDS/PP não é muito fiel ao seu partido em épocas de crise; a atual equipa dirigente do partido vai ter de pensar em propostas simultaneamente "...inovadoras e aceitáveis para o PSD...". - Confirma que tem tido contactos com algumas pessoas ligadas a diversos ´quadrantes` embora não lhe tenham dirigido nenhum pedido formal. - Descreve a reunião do Papa João Paulo II com diversas religiões, em Assis, como "...um grande momento da História Universal e do Pontificado de João Paulo II...", dado o atual contexto de terrorismo ao nível mundial. - Vê com muita preocupação a atual situação no Médio Oriente; afirma que os Estados Unidos, embora neste momento estejam um pouco distanciados, têm a força necessária para "tentar fazer negociar" israelitas e palestinianos uma vez que a União Europeia não tem "...liderança suficiente para poder substituir os Estados Unidos...".