Entrevista a Carlos Marques – Parte II
Segunda parte da entrevista conduzida pelo jornalista Mário Crespo a Carlos Marques, candidato da União Democrática Popular (UDP) à Presidência da República, em que se abordam aspetos da biografia do candidato, o projeto que defende na sua candidatura, e assuntos da política nacional, nomeadamente a regionalização e a descentralização do poder.
Resumo Analítico
Jornalista Mário Crespo recomeça a entrevista a Carlos Marques; o candidato da UDP garante que a base de apoio da sua candidatura não se circunscreve apenas ao partido; sublinha que nas eleições Presidenciais não se discutem propostas partidárias; admite que a Constituição seja alterada para acompanhar a evolução da sociedade; defende que o Governo tem de resolver o problema da habitação, que está consagrado na Constituição e não é cumprido; diz que o Governo deve instituir subsídios de renda; sobre os reformados, afirma que a pensão mínima devia ser igual ao salário mínimo nacional e explica porquê; 38m21: afirma que os fundos para resolver estes problemas são uma opção política e adianta que o dinheiro gasto na compra de fragatas para a Armada podia ser aplicado noutras áreas que considera mais necessárias; Marques defende impostos progressivos de modo que os mais ricos paguem mais; adianta que os poderes do Presidente da República lhe permitem intervir na orientação destas políticas; refere que o Chefe de Estado tem poderes que nunca foram usados e cita alguns; 45m13: Marques admite que Soares é o grande responsável pela coabitação dos últimos anos entre Presidente da República e Governo mas sublinha que a estabilidade não é um valor em si mesma; afirma que não há estabilidade social no país e dá o exemplo do trabalho infantil; crítica o candidato Basílio Horta a quem acusa de autoritarismo; 49m40: Carlos Marques garante que a sua candidatura é para levar até ao fim; diz que a sua campanha terá um efeito pedagógico porque os portugueses ficarão a conhecer melhor os seus direitos; afirma que o papel de Portugal na Comunidade Europeia deve ser o de defender os interesses portugueses.