Entrevista a Álvaro Cunhal: 80 Anos do PCP

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Entrevista de Judite de Sousa a Álvaro Cunhal, a propósito do 80º aniversário do Partido Comunista Português. Nesta entrevista, a última do líder histórico do PCP antes da sua morte, Cunhal fala das suas convicções e da sua contribuição para a história do PCP, bem como do futuro do Partido.

  • Nome do Programa: Entrevista a Álvaro Cunhal: 80 Anos do PCP
  • Nome da série: Entrevista a Álvaro Cunhal: 80 Anos do PCP
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Álvaro Cunhal, Judite Sousa
  • Temas: Política
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Jornalista: Judite de Sousa
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Afirmação pessoal da sua crença marxista-leninista, na continuidade do PCP e da forte resistência ao Imperialismo. Refere a sua contribuição como militante e Secretário-Geral do PCP durante 31 anos como um trabalho de equipa e rejeita qualquer espécie de protagonismo. Rejeita o epíteto de "mito" ou "alma" do PCP e afirma não ler qualquer tipo de biografia feita a seu respeito. Refere o partido nos seus 80 anos de existência e não uma situação ou facto em particular. Comenta a "degradação da democracia política e económica". Rejeita qualquer tipo de aliança política com o PS, considerando-o de direita, e a ideia de se tornar um seu "apêndice político". Refere a tortura e assassinato de militantes comunistas como Bento Gonçalves, Alfredo Dionísio, José Moreira, entre outros, e o seu desaparecimento não ter ditado o fim do partido. Mostra-se concordante com as decisões políticas tomadas pelo Comité Central no último congresso partidário. Ironiza sobre as notícias dos media se centrarem nas 80 abstenções em vez de referirem as 750 presenças convictas dos militantes no congresso. Não comenta o afastamento de militantes (subentende-se Carlos Brito, João Amaral, Zita Seabra, entre outros) porque considera serem questões internas do partido para serem discutidas em sede própria. Refere como momentos felizes as transformações revolucionárias do 25 de Abril de 1974 e a resistência à contra-revolução, bem como a luta atual contra as "perversões da democracia" como a submissão a interesses estrangeiros, à NATO, e União Europeia. Não comenta nem identifica "as coisas que correram mal" porque não se integram no espírito de comemoração partidária e afirma não estar a elaborar a história do PCP. Considera o PCP como o melhor partido comunista europeu mas não o último e não se considera o último comunista europeu mas um entre muitos.

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