Entrevista a Alberto João Jardim – Parte I
Primeira parte da entrevista em estúdio conduzida pela jornalista Margarida Marante a Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da Madeira, sobre a atual situação política nacional, as relações entre o Governo regional e o Governo central e as próximas eleições Presidenciais.
Resumo Analítico
Margarida Marante traça um resumo do percurso e influência política de Alberto João Jardim, o Presidente Regional critica o consenso na política, mostrando-se favorável à afirmação, explica a sua afirmação "o CDS é um bando de fascistas" justificando que no arquipélago o partido tem características diferentes das que tem no continente, justifica a falta de regulamentação dos tempos de antena dos partidos políticos, considera que na atualidade política não há nada de novo para dizer, sublinha que é necessário um discurso político que surta um efeito psicológico sobre o eleitorado, sobre o endividamento crescente da Madeira, decorrente dos empréstimos concedidos pela Banca com o aval do Governo central, acusa de no continente haver desvio de dinheiro proveniente de empréstimos. Faz uma distinção entre a Madeira, que detém autonomia política, e as regiões integradas do Continente para justificar a questão dos empréstimos e a necessidade de descentralização, para que as regiões integradas tenham melhores benefícios, considera um dos objetivos principais do Estado, o de salvar o regime democrático, explica as relações financeiras entre o arquipélago e o continente, para explicar que as regiões autónomas não estão a dar um prejuízo ao Estado, menciona as importações efetuadas ao continente, cerca de 80%, e indica que as empresas na Madeira têm contabilidade integrada, pagando os impostos no continente, acusa Lisboa de provocar o maior encargo para o país, devido às greves recorrentes e as nacionalizações de empresas, faz uma comparação entre os custos na Madeira e em Portugal continental, pronuncia-se sobre o limite para o endividamento, admite que durante este ano a Madeira ainda irá recorrer ao crédito para terminar determinadas infraestruturas, explica que o aeroporto tem um interesse nacional, e como tal é o Governo central que o está a pagar, indica que já existem investidores estrangeiros para a zona franca industrial no arquipélago. Mostra-se pouco preocupado com o que é dito sobre si na comunicação social.