António Pedro Vasconcelos apresenta o realizador; Manoel de Oliveira explica que não realizou longas-metragens entre 1942 e 1962 por falta de dinheiro, limitando-se a pequenas metragens como "O Pão" e "O Pintor e a Cidade", onde acumulava as funções de realizador e produtor; Manoel de Oliveira refere os projectos que não teve oportunidade de fazer neste período: "Angélica", "Vilarinho da Furna" e "Gigantes do Douro". 09m30: Excerto do filme "Acto da Primavera" (1962) com Nicolau Nunes da Silva (Jesus Cristo), Ermelinda Pires (Virgem Maria) e Maria Madalena (Maria Madalena). Manuel de Oliveira fala sobre o filme e sublinha a sua integração num projecto documental de grande envergadura que não se realizou, "Palco do Povo", onde pretendia representar diversos aspectos da vida do povo e no qual se incluía "Vilarinho da Furna". 19m00: Excerto do filme "O Passado e o Presente" (1971) com António Machado (Maurício) e Bárbara Vieira (Angélica). O cineasta esclarece que, ao contrário da sua filmografia anterior, "O Passado e o Presente" é um filme de ficção, com uma interpretação diferente e cenários palacianos onde se movimenta a burguesia; 29m33: Manoel de Oliveira salienta o texto irónico (de Vicente Sanches), o risco do recurso a actores amadores e a interpretação de actores profissionais como Manuela de Freitas (Noémia). 34m03: Excerto do filme "Benilde ou a Virgem Mãe" (1975) com Maria Amélia Matta (Benilde), Jorge Rolla (Eduardo, primo de Benilde), Varela Silva, (Melo Cantos, pai de Benilde) e Glória de Matos (Etelvina, mãe de Eduardo). Manoel de Oliveira refere a dificuldade de filmar com simplicidade de modo a chegar a uma forma depurada e a importância dos actores porque são o suporte do filme. 40m45: O cineasta esclarece que o que liga "O Passado e o Presente", "Benilde ou a Virgem Mãe" e "Amor de Perdição", não é o amor mas sim o desamor, a incompreensão e a intolerância.