Eleições Parlamento 83 – Parte X

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Décima parte do programa apresentado em direto dos estúdios da RTP em Lisboa pelos jornalistas Carlos Pinto Coelho e Henrique Garcia, dedicado às eleições legislativas de 1983, com a análise política dos dirigentes partidários Nascimento Rodrigues, do PSD, Jaime Gama, do PS, Azevedo Soares, do CDS, e Carlos Brito, do PCP/APU, as ligações em direto às sedes partidárias do PS, PSD/PPD, APU/PCP e CDS, com declarações e entrevistas aos líderes partidários, e as previsões e sondagens apresentadas pelo sociólogo Serras Gago.

  • Nome do Programa: Eleições Parlamento 83
  • Nome da série: Eleições Parlamento 83
  • Locais: Lisboa, Cortegaça
  • Personalidades: Carlos Pinto Coelho, Henrique Garcia, Cesário Borga, Álvaro Cunhal, Maurício de Carvalho, Carlos Alberto da Mota Pinto, Pedro Castro, Pedro Oliveira, Mário Soares
  • Temas: Política, Sociedade
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Apresentação: Carlos Pinto Coelho e Henrique Garcia.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Reportagem sobre os incidentes da divulgação dos resultados eleitorais em Cortegaça; declarações de populares. 02m09: Direto do jornalista Cesário Borga, da sede do PCP/APU na rua Soeiro Pereira Gomes em Lisboa; entrevista a Álvaro Cunhal, Secretário Geral do PCP, que afirma que há uma queda dos partidos do Governo e que o PS aumenta, mas sem uma maioria absoluta; em relação à APU esta avança e existe uma condenação nítida da política governamental; condena a comunicação social pelo reduzido apoio e descriminação, que o seu partido e coligação sofreram; refere que o eleitorado do PS provem dos votos da direita e dos democratas, e que não existe uma definição clara da sua política; salienta que se o PS fizer governo com o PSD, irá continuar com a política da AD, o que será uma desilusão para o seu eleitorado; afirma que o PS e CDS, querem criar um organismo para definir o pacto social; para ele é importante mobilizar recursos naturais, para aumentar a produção, a aplicação de mão de obra, a descida das taxas de juros, para que a economia entre em crescimento; houve uma desaprovação da politica seguida pelos partidos da AD e caso o PS siga com os mesmos objetivos caminhará para o desastre. 16m41: Sondagem da Euroexpansão sobre o pacto social. 19m40: Direto do jornalista José Maurício de Carvalho, da sede do PSD num Hotel de Lisboa; entrevista a Carlos Alberto Mota Pinto, Presidente do PSD, que mostra surpresa pela fluidez das projeções e sondagens; afirma que o PS vence as eleições, mas com maioria relativa e como tal felicita o PS; em relação ao PSD, afirma que o partido obteve um bom resultado, com grande adesão popular e felicita os militantes e simpatizantes do PSD; afirma que em relação às alianças terá que consultar os órgãos próprios do partido; refere que em todas as circunstâncias o PPD/PSD é um grande partido nacional, capaz de afirmar as suas exigências, determinado pelo interesse nacional e defesa da democracia; salienta que o partido obteve um resultado idêntico ao de eleições anteriores; afirma que cabe ao partido vencedor tomar as iniciativas da formação do novo governo; refere que afirmou na campanha eleitoral, que se o partido não ganhasse, formaria uma nova AD ou faria uma convergência e cooperação com as outras forças democráticas. 30m27: Quadro de resultados nacionais de deputados eleitos por distrito pelos diversos partidos. 34m21: Direto do jornalista Pedro Luís de Castro, da Praça Marquês de Pombal em Lisboa; trânsito nas ruas. 35m56: Direto do Jornalista Pedro Oliveira, na sede do PS no Largo do Rato em Lisboa; discurso de vitória de Mário Soares, Secretário Geral do PS, que afirma que o povo português conferiu ao PS, um mandato para liderar o processo de recuperação nacional, embora não lhe tenha dado a maioria absoluta; refere que houve uma transferência do poder político da AD para o PS, que se tornou o depositário da esperança de milhares de portugueses; espera não dececionar as esperanças de todos aqueles que confiaram no seu partido; salienta a gravidade da situação económica do país, e afirma que na campanha eleitoral não fez promessas e fez o diagnóstico rigoroso da situação com uma linguagem de verdade e propostas concretas de solução; reafirma que o povo investiu-lhes na sua confiança e agora irá trabalhar, sem perda de tempo, precipitação e prudência, evitando passos em falso; pede aos portugueses e meios de comunicação social ponderação e paciência, para que não se tentem destruir as soluções possíveis; refere que o PS, não pode falhar o mandato em que acaba de ser investido pelo povo português, sob pena de entrar em risco o próprio regime; para ele a viabilidade do regime democrático, concretiza-se mediante governos de legislatura e não através de uma permanente agitação política ou de sucessivas dissoluções parlamentares; a estabilidade política é fundamental, para uma política séria de recuperação económica e financeira; salienta que o PS não fará um governo minoritário, devido à gravidade da situação portuguesa; para tal exige-se um consenso alargado e política de solidariedade no plano social, político, institucional e parlamentar; o PS procurará construir esse consenso em bases sólidas e não precárias, sem tabus ideológicos e de sectarismo partidário, institucionalizando o diálogo entre parceiros sociais e encorajando um acordo social de desenvolvimento; procurará manter um diálogo aberto e permanente com o povo português e com informação objetiva; tendo em conta os resultados eleitorais o PS, vai fazer uma consulta prévia às suas bases sobre eventuais acordos parlamentares ou de governo; afirma que vai pedir ao presidente da República, a convocação do Conselho de Estado, para que seja analisado o problema financeiro, da dívida externa e amortizações; o PS abrirá conversações com os diversos partidos, personalidades independentes de reconhecido prestígio e com os parceiros sociais para haver uma trégua social e política, para que o país vença a crise, consolide o regime democrático e abra perspetivas de futuro para os jovens, em clima de paz, confiança, trabalho, coragem e determinação; por último refere que em relação às alianças, serão as bases do partido a decidir, não vendo que o PSD, se recuse a futuras alianças.

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