Eleições Legislativas 1995 – Parte V

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Quinta parte da cobertura das Eleições Legislativas 1995, apresentada pelos Jornalistas José Rodrigues dos Santos, Judite de Sousa e Fátima Campos Ferreira, e com os comentadores Vasco Graça Moura, PSD, Joaquim Pina Moura, PS, Rúben de Carvalho, PCP e Jaime Nogueira Pinto, CDS-PP.

  • Nome do Programa: Eleições Legislativas 1995
  • Nome da série: Eleições Legislativas 1995
  • Locais: Portugal
  • Personalidades: José Rodrigues dos Santos, Judite Sousa, Fátima Campos Ferreira, Vasco Graça Moura, Joaquim Pina Moura, Ruben de Carvalho, Jaime Nogueira Pinto, Telmo Correia, António Sala, Vítor Damas, Marco Paulo, Jaime Gama, Sandra Sá Couto, Aníbal Cavaco Silva, Mário Soares, António Guterres, Vítor Constâncio, Jorge Sampaio, António de Almeida Santos, Helena Sanches Osório, Luís Delgado, Fernando Nogueira, Jaime Antunes, Luís Sá, António Pinto Leite, Carlos Carvalhas, José Manuel Durão Barroso, Sandra Sousa, Alberto João Jardim, Paulo Jerónimo, Manuel Monteiro
  • Temas: Política
  • Canal: RTP 1
  • Tipo de conteúdo: Notícia
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Quadro de resultados quando faltam apurar 1051 freguesias. Em estúdio, Jaime Nogueira Pinto, diz que não existe uma maioria de esquerda, mas uma maioria na esquerda; Jaime Nogueira Pinto, Analista Político, diz que o PS e PSD estão próximos nas grandes questões e que houve apenas mudança nas pessoas; Telmo Correia, Membro do CDS-PP, diz que existem dois vencedores nestas eleições, o PS e o CDS-PP; afirma que no caso do CDS-PP é a vitória de uma nova geração política e de Manuel Monteiro; o partido tem agora um novo espaço e discurso; refere que o partido será uma oposição responsável, pois põe a ideia nacional e de Portugal acima das outras ideias; salienta que é um partido de ideias e políticas e como tal não derrubará e será um fator de instabilidade. António Sala entrevista Vítor Damas, ex-jogador, Marco Paulo, cantor da sala do piano bar do restaurante panorâmico de Monsanto. Declarações de Jaime Gama, Dirigente do PS, que agradece aos portugueses por haver uma nova maioria e um novo Primeiro-ministro, António Guterres; afirma que o PS, está no limiar de poder obter uma maioria absoluta, mas o mais provável é que tenha uma maioria muito forte e significativa na Assembleia da República, viabilizando um governo pelo período da legislatura; existe para ele um resultado claro nestas eleições e o PS procurará dialogar com os outros partidos, esperando que exista uma oposição coerente; refere que o PS pretende que exista estabilidade, para que possa trabalhar e realizar as reformas necessárias e concretizar o seu manifesto eleitoral e programa de governo; afirma que trabalharam com todos para benefício de Portugal; refere que os portugueses quiseram a mudança e estabilidade ao darem uma votação de mais de 40% no PS; espera que o anterior governo, realize apenas atos de gestão e que o governo do PS entre rapidamente em exercício; salienta que o PS vai dialogar com todos os partidos, mas vai cumprir o programa para que foi eleito; por último diz que o partido fica com uma boa base de apoio para os próximos confrontos eleitorais, como sejam as presidenciais. Vivo de Sandra Sá Couto, jornalista da sede do PS no Largo do Rato em Lisboa; manifestantes e apoiantes do PS a celebrarem vitória no exterior da sede do PS; quadro de resultados do distrito de Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre e Porto. Declarações de Aníbal Cavaco Silva, ex-Presidente do PSD e Primeiro Ministro, que felicita o PS pela vitória obtida e o povo português pelo civismo que demonstrou neste ato eleitoral; afirma que são todos responsáveis no PSD pela derrota do partido e ele como responsável máximo e Primeiro Ministro; refere ainda que não sabe se haverá uma maioria absoluta do PS; por último diz que não se vai pronunciar sobre a sua candidatura ou não á presidência da República e que se devem aceitar e respeitar estes resultados eleitorais. Quadro de resultados no distrito do Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, Açores e Madeira. Reportagem sobre o perfil e personalidade de António Guterres, Secretário Geral do PS; Lisboa, António Guterres e a mulher, Luísa, durante o comício de encerramento da campanha eleitoral; apoiantes do PS durante aquele encontro; o líder socialista afirma que o 25 de Abril foi o mais importante momento político da sua vida; Marcello Caetano, último Presidente do Conselho do Estado Novo, caminha por pista de aeroporto; estudantes manifestam-se no Instituto Superior Técnico; Estações de Santa Apolónia, populares saúdam Mário Soares, Secretário-Geral do PS, que regressa de Paris, onde vivia exilado; Soares discursa em comício do seu partido; Guterres discursa no III Congresso do PS; Soares discursa durante a campanha eleitoral para a Presidência da República; Vítor Constâncio, dirigente socialista, discursa; Jorge Sampaio, dirigente do PS, discursa; Guterres discursa no X Congresso do seu partido; Sampaio despede-se dos militantes socialistas ao deixar a liderança do partido; António Almeida Santos, dirigente socialista, e António Guterres, abraçam Sampaio; Victor Constâncio; Guterres discursa nos Estados Gerais e pede a confiança dos portugueses para que o PS possa governar Portugal; Guterres mostra-se confiante na vitória do seu partido; cartaz de campanha do PS. Comentários de Helena Sanches Osório, jornalista do jornal A Capital, afirma que o PSD, CDS-PP e PCP saem de circulação caso o PS venha a obter a maioria absoluta; refere que a maioria de esquerda hoje em dia não preocupa ninguém; Luís Delgado, jornalista do Diário de Notícias, afirma que embora o PS não obtenha a maioria absoluta, acaba por tê-la devido ao atual estado de espírito; Helena Sanches Osório, refere que não esperava este resultado eleitoral. Declarações de Fernando Nogueira, Presidente do PSD da sede do partido na rua de São Caetano á Lapa em Lisboa, que cumprimenta e felicita o PS pela vitória inequívoca nas eleições legislativas, desejando a Guterres as maiores felicidades; assume os resultados eleitorais de consciência tranquila; afirma que fez tudo o que estava ao seu alcance para ganhar, no entanto perdeu; dirige uma palavra aos militantes e simpatizantes do PSD, agradecendo o seu apoio, entusiasmo, empenho e generosidade nesta campanha eleitoral; refere que o PSD, continuará a ser um partido de referência nacional e que na oposição será um partido construtivo e responsável mas que continuará a lutar pelos seus princípios e ideias; por último afirma que nos próximos combates políticos, o PSD demonstrará que é uma força decisiva em Portugal; afirma que não irá pôr o lugar á disposição, mas que serão as bases do seu partido a decidir a sua continuação como líder do PSD; afirma que não tenciona convocar um Congresso Extraordinário, mas sim a Comissão Política Nacional e Conselho Nacional; salienta que o PSD vai ser uma oposição responsável, sem prejuízo dos seus princípios e ideais; assume a responsabilidade na derrota do PSD, não procurando bodes expiatórios; confia que Cavaco Silva, seja candidato à presidência da república e para tal o partido está disponível para o apoiar; acha que Cavaco Silva no momento próprio apresentará a sua candidatura; salienta que o desejo de mudança era muito profundo e que o povo decidiu mudar; refere que o PSD procurará soluções de estabilidade para o País, sendo uma oposição construtiva e responsável. Comentários de Jaime Antunes, Analista Económico, que afirma que a política económica entre 1991-1993, levou à recessão económica, contenção salarial e aumento do emprego; Luís Sá, Dirigente do PCP, que afirma que há uma vontade de mudança profunda, e como tal não faz sentido uma política de entendimento com a direita; Joaquim Pina Moura, Analista Político pelo PS, afirma que a mudança que o eleitorado desejou foi o proposto pelo PS. Interior e exterior da sede do PS no Hotel Altis em Lisboa com apoiantes e simpatizantes do PS; Joaquim Pina Moura, reafirma que houve uma mudança com as propostas do PS na alteração das políticas económico-sociais, refere que o PCP é um interlocutor, tal como os outros partidos; António Pinto Leite, Dirigente do PSD, felicita o PS e Guterres pela vitória obtida; afirma que o importante é saber se o PS, obtém ou não a maioria absoluta; refere que o PS irá ter problemas internos com as promessas eleitorais que fez nesta campanha eleitoral; por último refere que o PS irá federar a oposição. Exterior da sede do CDS-PP no Largo do Caldas em Lisboa; chegada de carro de Manuel Monteiro, Presidente do CDS-PP; Manuel Monteiro a sair do carro e a entrar na sede do CDS-PP. Luís Sá, Dirigente do PCP afirma que o partido vai ter mais deputados que o CDS-PP e que o PSD teve uma grande derrota; Jaime Nogueira Pinto, Analista Político, diz que existe pela primeira vez um partido com um programa político de direita. Sede do PCP na rua Soeiro Pereira Gomes em Lisboa; declarações de Carlos Carvalhas, Secretário Geral do PCP, que destaca a grande derrota da direita, que agora fica em minoria no parlamento; refere que houve uma grande vontade de mudança por parte dos trabalhadores duma politica do PSD; afirma que a CDU/PCP manteve no essencial as suas posições, devido ao clima de bipolarização e de alguma descriminação da comunicação social; acha que a CDU é uma força política fundamental de esquerda virada para o futuro e indispensável a qualquer alternativa de direita; salienta que o PS não deve ter uma política triunfalista e de auto suficiência, mas sim de mudança da política agora condenada; para ele os graves problemas e desafios com que Portugal está confrontado, exigem uma viragem política e de orientação democrática, que promova o emprego, aumento de salários, reformas como fatores de justiça social; afirma que no novo quadro político criado que a CDU/PCP, fará tudo o que estiver ao seu alcance para que a aspiração de mudança tenha uma efetiva concretização na vida dos portugueses e no presente e futuro do País; agradece todos os que contribuíram para esta campanha da CDU, especialmente à juventude; afirma que a CDU tudo fará para que haja uma nova mudança na política até agora existente; diz que o PCP/CDU tem uma grande base de apoio nacional e virada para o futuro. Quadro de resultados quando faltam apurar 153 freguesias. Declarações de José Manuel Durão Barroso, Dirigente do PSD da sede do PSD em Lisboa, que afirma que tem de se respeitar a vontade soberana do povo e que o PSD irá ter uma palavra em relação à integração europeia, revisão constitucional e eleições presidenciais; refere que o PSD será agora oposição responsável a bem do País; faz um apelo a Cavaco Silva para que se candidate a presidente da República, pois acha que deve haver um equilíbrio entre os partidos e instituições; transmite assim o sentimento unânime que o PSD sente em relação ás eleições presidenciais. Vivo de Sandra de Sousa, jornalista de Belém em Lisboa, onde o PS realizou o seu último comício de campanha sobre o ambiente que se vive neste local. Helena Sanches Osório, jornalista do jornal A Capital, que acha que Guterres irá ter dificuldades caso não obtenha a maioria absoluta em arranjar figuras no PS e independentes para o próximo Governo. Declarações de Alberto João Jardim, Presidente Governo Regional da Madeira, que afirma que o eleitorado resolveu conduzir Portugal outra vez para o PS e como tal tempos difíceis esperam os portugueses; assim decide apresentar no Congresso Regional do PSD/ Madeira a sua candidatura à presidência do governo regional nas eleições regionais de Outubro de 1996; refere que a relação da Madeira com o Estado será de total normalidade institucional sem conflitos pessoais ou institucionais numa ótica nacional e regional, mas defendendo os direitos e interesses do povo madeirense; afirma que lutará pela autonomia política da Madeira; afirma que o PSD ganhou na Madeira, tendo em conta a conjuntura nacional penalizante; exprime o seu apreço, solidariedade e amizade com Fernando Nogueira que se bateu em condições difíceis; diz que o partido foi derrotado devido a diversas falhas; por último, afirma que haverá uma relação institucional entre a Madeira e o Estado português; não defende um Congresso Nacional do PSD e exprime solidariedade a Fernando Nogueira, Presidente do PSD; diz que Cavaco Silva é um bom candidato á presidência da república, embora não seja insubstituível e o PSD tenha outros candidatos capazes; refere que o eleitorado do CDS se manteve e houve um eleitorado do PSD que se transferiu para o PS; quadro de resultados quando faltam apurar 80 freguesias. Quadro de resultados quando faltam apurar 80 freguesias; Vivo de Paulo Jerónimo, jornalista da Avenida dos Aliados no Porto; apoiantes e manifestantes do PS a festejar vitória do PS nas ruas do Porto. Declarações Manuel Monteiro, Presidente do CDS-PP da sede do partido no Largo do Caldas em Lisboa, que diz que após 12 anos voltou a alegria á sede do CDS-PP; saúda o povo português e o novo Primeiro Ministro, António Guterres; agradece a todos os que o apoiaram nesta campanha eleitoral; refere que há três anos, quando tinha sido eleito líder, ninguém acreditava no sucesso do partido, no entanto enganaram-se; agradece o apoio da juventude centrista, que não regateou esforços, esteve sempre presente e animou com entusiasmo e confiança esta campanha; afirma que o CDS-PP irá ser uma oposição responsável, mas de iniciativa e de propostas; refere que o partido vai trabalhar com esforço, trabalho e desempenho; diz que o CDS-PP, entra num novo ciclo, apostado na renovação dos seus quadros e estruturas, para que haja uma subida sustentada e aumentada, nas próximas eleições legislativas; salienta que a prioridade do CDS-PP no Parlamento, será a da alteração dos privilégios da classe política, revisão constitucional e referendo sobre o tratado da União Europeia e pactos de regime na educação, saúde e segurança social; afirma que o PS, poderá contar com o CDS-PP nas áreas fundamentais da saúde, educação e segurança social, mas que será um partido de estabilidade; por último refere que existe um novo partido na direita, e que este passa a ser essencial, tendo as outras forças partidárias de dialogar com o CDS-PP. Discurso de António Guterres, Secretário Geral do PS na sede do PS no Hotel Altis em Lisboa, saúda todos os portugueses pelo civismo nestas eleições, agradecendo aqueles que asseguraram nas mesas de voto o normal funcionamento deste ato eleitoral; saúda todos os partidos da oposição pelo contributo que deram para o debate político e agradece todos os que felicitaram o PS pela sua vitória; manifesta em particular admiração a Fernando Nogueira, da forma como este se dirigiu ao País; afirma que os portugueses fizeram uma escolha clara e que o PS obteve a maior vitória de sempre; interpreta este resultado com entusiasmo e humildade democrática; salienta que os Portugueses ao darem uma maioria relativa ao PS fizeram duas escolhas fundamentais, primeiro ao PS um mandato para governar e que a ação governativa seja feita em diálogo, para evitar abusos de poder e corrupção; assume os compromissos que fez na campanha eleitoral, como seja na educação, ciência e cultura, combate á toxicodependência, apoio ás empresas, á União Europeia e continuará com o plano cambial e orçamental, para a entrada na moeda única; pretende que esta mudança seja serena e tranquila, retificando aquilo que não está bem; para ele irá existir uma nova vivência e cultura democrática, em diálogo com as outras forças partidárias; afirma que há que valorizar e respeitar os direitos da oposição e o papel arbitral do Presidente da República, Mário Soares; refere que o PS procurará uma nova reforma política, com a iniciativa do referendo, propostas de lei á Assembleia da República, no recurso ao Tribunal Constitucional; pede aos partidos e sociedade civil que dialoguem com o governo na solução dos problemas nacionais; manterá os compromissos internacionais, nomeadamente o direito à autodeterminação do povo de Timor Leste; por último, refere que é com grande entusiasmo e força que iniciará este caminho, mas com humildade democrática de quem reconhece que erra, não sabe tudo e tem muito a aprender; em resposta aos jornalistas, afirma que nestas eleições o povo português decidiu como queria que o País fosse governado, ou seja o PS com uma vitória e maioria relativa, mas com atenção ao diálogo e com cultura democrática; diz que a partir de agora vai tomar as diligências próprias para a composição do novo Governo; afirma que irá existir com o Presidente da República uma relação institucional e afetiva; refere que irá dialogar com todos os partidos sobre todas as matérias, estando convencido que haverá uma cultura democrática e de responsabilidade nos outros partidos; em relação ao reflexo nas próximas eleições presidenciais, espera que Jorge Sampaio seja um fator de isenção e prestígio para a democracia portuguesa. Vivo de Sandra Sousa, Jornalista em Belém, Lisboa com a atuação de fundo do grupo Gang; quadro de resultados quando faltam apurar 22 freguesias.

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