Eleições Europeias – Parte I
Primeira parte do debate moderado pelo jornalista António Amaral Pais, sobre as Eleições Europeias de 18 de junho de 1989, as primeiras realizadas por sufrágio universal. Em estúdio, os cabeças de lista dos principais partidos que concorrem: António Capucho, do PSD, Carlos Carvalhas, da CDU, João Cravinho, do PS, e Francisco Lucas Pires, do CDS, discutem questões da soberania nacional, as eleições enquanto teste à política interna dos governos, e a integração no sistema monetário europeu.
Resumo Analítico
António Capucho rejeita que as eleições sirvam de teste ao Governo e explicita as razões pelas quais o PSD concorre às mesmas; João Cravinho, para além de assumir as eleições como um teste ao Governo, indica que no Parlamento Europeu o grupo socialista e o democrata-cristão são os que têm mais influência; Lucas Pires define o significado das eleições do ponto de vista interno e aponta a importância do Parlamento Europeu e os benefícios que já trouxe para a Comunidade Económica Europeia e Portugal; Carlos Carvalhas não considera as eleições um teste definitivo ao Governo e sobre as grandes famílias no Parlamento Europeu acusa-as da regressão social, defendendo a autonomia do grupo comunista. 14m40: Capucho defende o seu partido, corrigindo o que considerou como inverdades nas considerações do cabeça de lista do PS. 19m00: Carvalhas define quais são os interesses nacionais; Lucas Pires sublinha a necessidade de existência de eurodeputados que, no Parlamento Europeu, consigam ir ainda mais longe na defesa desses interesses. 24m49: Cravinho resume a importância dos socialistas em grandes decisões que foram tomadas a nível do Parlamento Europeu; António Capucho sublinha que o Parlamento Europeu não tem os mesmo poderes que o Parlamento Nacional; Lucas Pires defende a posição cada vez mais importante do Parlamento Europeu.