EDIÇÃO ESPECIAL: António Guterres

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Edição especial apresentada pela jornalista Isabel Silva Costa, com entrevista a António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, a propósito da atribuição pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) do Prémio José Aparecido de Oliveira, na sede da CPLP, em Lisboa.

  • Nome do Programa: EDIÇÃO ESPECIAL: António Guterres
  • Nome da série: EDIÇÃO ESPECIAL: António Guterres
  • Locais: Portugal
  • Personalidades: António Guterres, Isabel Silva Costa, Marcelo Rebelo de Sousa
  • Temas: Política, Sociedade
  • Canal: RTP África
  • Tipo de conteúdo: Notícia
  • Cor: Cor
  • Som: Stereo
  • Relação do aspeto: 16:9 PAL

Resumo Analítico

Chegada de António Guterres, Secretário-geral das Nações Unidas (ONU), de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em que são recebidos por Maria do Carmo Silveira, secretária-executiva da CPLP; momentos da cerimónia, discurso de abertura e de boas vindas por Maria do Carmo Silveira salienta que o prémio homenageia a ação do Embaixador José Aparecido de Oliveira, que "marca, de forma indelével, o surgimento da CPLP, convertendo em realidade um sonho acalentado pelos povos dos países de língua portuguesa, espalhados por quatro continentes, e fazendo do seu autor um arauto do futuro" (...) salienta que António Guterres é "um exemplo" a ser seguido em tempos de ameaças aos valores e conquistas alcançadas ao longo da segunda metade do século XX pelo trabalho realizado à frente das Nações Unidas e na defesa destes valores". Imagens de arquivo de António Guterres, primeiro ministro, a participar na Fundação da CPLP em 1996. Discurso de agradecimento de António Guterres intercalado com imagens de arquivo, destaca o papel fundamental da CPLP na promoção da ordem multilateral atual, considera a organização lusófona como um dos mais fortes pilares de apoio às Nações Unidas (imagens de arquivo: edifício das Nações Unidas (ONU). Salienta que esse posicionamento é mais indispensável do que nunca para resolver problemas mundiais, como as alterações climáticas, o terrorismo e os impactos provocados pela rápida evolução tecnológica; foto família na cerimónia. Entrevista a António Guterres pela jornalista Isabel Silva Costa, no dia em que recebeu o Prémio José Aparecido de Oliveira, atribuído pela CPLP, explica que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é um dos mais fortes pilares do apoio "às Nações Unidas e destaca o papel do multilateralismo na resposta aos "enormes riscos mundiais, lamenta que a erosão das relações internacionais se traduza num aumento da desconfiança entre os Estados e entre os povos, "o que torna cada vez mais difícil a defesa da paz e a segurança" e a promoção de uma "globalização que seja justa" e afirma também que a "CPLP tem condições excecionais para fazer pontes e ser mensageira de uma ordem internacional baseada no Direito, pois inclui países de todos os continentes e assenta num quadro de relações de cooperação e amizade entre todos os seus Estados, sendo descrita como "um símbolo de harmonia". Refere que as Nações Unidas têm um processo muito interessante em curso, na Guiné Bissau, têm eleições legislativas, credita que vão ser um sucesso, e espera que a Guiné Bissau após as eleições encontre um período de estabilidade, que lhes permita encontrar um futuro de paz e prosperidade. Desvaloriza as preocupações com um eventual afastamento do Brasil relativamente à ONU, e lembra que o Brasil um país importante da nossa ordem internacional. Questionado sobre o processo de paz em Moçambique, diz esperar que seja possível ultrapassar dificuldades no processo de paz com êxito, sublinhando que os processos de paz não são fáceis, mas têm que ser estimulados, e sobre São Tomé e Príncipe. Presta homenagem a Cabo Verde, diz que é um exemplo admirável não só à escala africana como à escala mundial, de boa governança, rigor democrático, com várias transições de governos e partidos de uma forma sempre tranquila. É um país sem corrupções, politicas eficazes, é um exemplo. Em relação a Angola, diz que hoje é também uma potencia africana, que tem um papel cada vez mais ativo no quadro das instituições africanas e internacionais. Sublinha que África foi de alguma forma vítima do colonialismo, em primeiro lugar porque o colonialismo teve consequências trágicas, e em segundo lugar porque como as independências vieram muito tarde, e as instituições internacionais já estavam em grande parte constituídas, a voz africana ficou diminuída, comparativamente com outros países. Ressalva, "Eu acho que África tem razão em manifestar que não há, qualquer justificação para que não haja uma presença africana de membros permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas". Questionado se as Nações Unidas (ONU) estão acompanhar a saída de muitas pessoas da Republica Democrática do Congo, províncias de Angola, o Secretário-geral das Nações Unidas diz "que as Nações Unidas diz sempre a mesma coisa, que os países têm o direito de gerir as suas fronteiras de forma responsável, os países têm o direito de decidir as suas próprias políticas migratórias, mas quando há situações de proteção de refugiados em causa, os países têm também obrigação de corresponder a essas situações de proteção de refugiados e de pessoas que são vítimas." Questionado sobre o porquê da Guiné Equatorial que faz parte desde 2014 da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), continua a violar regras da própria organização em termos de violação de direitos humanos e ao fazê-lo não está a respeitar os povos da organização, António Guterres responde que é necessário que os direitos Humanos sejam respeitados, é necessário que a CPLP seja um veiculo para que a Guiné Equatorial siga um caminho normal de direitos humanos". 20m40: Fala sobre a possibilidade da língua portuguesa ser um idioma oficial das Nações Unidas (ONU). Questionado sobre que palavras gostaria de dar a todos os povos que formam a Comunidade Lusófona.

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