Dramazine
Programa de informação e divulgação teatral de autoria e apresentação por Castro Guedes, com destaque para as peças de teatro que estão em cena nos vários teatros do país.
Resumo Analítico
Açores, Ilha de São Miguel, Ponta Delgada, exterior e interior do Teatro Micaelense, inaugurado em 1951, à época um dos maiores dos países ibéricos, é apresentado como ex-líbris da cidade com a sua arquitetura, réplica do antigo Monumental de Lisboa, entretanto demolido, sendo ambos de conceção do arquiteto Raul Lima e que permanece como uma importante sala de espetáculos, porém a necessitar de renovação no equipamento técnico, panorâmica de povoação e da lagoa das Sete Cidades, em dia de nevoeiro, torre do relógio em Ponta Delgada, mar junto à cidade, vista de campos, montes verdes, de regresso a Ponta Delgada, Igreja Paroquial de São José, Portas da Cidade, Paços do Concelho e Igreja Paroquial de São Sebastião, frontaria do Teatro Micaelense, com carros estacionados em frente, fachada principal e lateral do teatro, no interior do Teatro, salão nobre com colunas de mármore e vitrines dentro da parede, porta aberta, placa de pedra de homenagem à Companhia de Navegação Carregadores Açorianos, Francisco Luís Tavares, diretor delegado, pela edificação do Teatro, alto relevo de Correia Rebelo, arquiteto, alusivo à atividade teatral no átrio interior, encimando um arranjo floral, teto da sala de espetáculos com sistema geométrico de luzes, balcão e plateia vistos do palco, onde projetores de chão o iluminam, órgão de luzes antiquado a um canto do palco, pormenor de uma sua componente, mão de uma pessoa que age sobre dois interruptores e um manípulo, palco, com flores em baixo e onde aos extremos há dois conjuntos de amplificadores, pano de boca de cena que se abre deixando ver cadeiras e microfones no palco, amplo camarim com flores, espaço de café-bar, salão nobre de novo, agora vendo-se janelas de vista para o exterior, candeeiros. Ilha de São Miguel, Ribeira Grande, reunião de leitura coletiva de uma peça pela Associação Cultural da Ribeira Grande "A Pontilha", fundada em 1983, depoimento de Luís Noronha, membro do grupo, vista do jardim junto à Ribeira que dá nome à cidade e do edifício da Câmara Municipal da Ribeira Grande, numa sala com várias cadeiras vazias e mesa cheia de papeis, sentados à volta de outra mesa, um grupo de sete jovens e uma criança, que assiste à reunião, vai-se lendo a peça de teatro "Fernão, Mentes?", de Hélder Costa, fotocopiada em vários exemplares, declarações de Luís Noronha sobre a atividade do grupo. Ilha Terceira, Angra do Heroísmo, a companhia O Outro Teatro - Grupo Experimental apresentou "Quarta-Feira Lá Em Casa Sem Falta", de Mario Brasini, autor, numa encenação do também brasileiro Jelson Chimanski, excerto da peça. Ilha do Faial, Horta, apresentação da ilha e a cidade da Horta, com a sua famosa marina, porto de abrigo das embarcações de recreio que cruzam o oceano Atlântico, Farol dos Capelinhos e zona envolvente, mar refletindo a luz esbatida do sol que se oculta atrás de nuvens, baía de Porto Pim em primeiro plano, cidade da Horta e sua marina com barcos de recreio, que depois se foca, vista da ilha do Pico, de novo a cidade da Horta, mas agora vista do alto do Facho, com uma vaca em primeiro plano e ao fundo o Monte da Guia, falésia com o mar em baixo e ao fundo Ponta da Espalamaca, estrada junto à arriba, cidade da Horta ao fundo; moinho de vento, o Clube de Teatro "Sortes À Ventura" da Escola Secundária Manuel de Arriaga daquela cidade, apresenta "Mudar a Sorte", peça com texto coletivo de professores e alunos da referida Escola, excerto da peça. Ilha de São Jorge, Calheta, apresentação da vila sede de concelho e rival de Velas, onde está sediado o grupo de teatro "O Arco", e espaços de representação Sociedade Clube Estímulo e o antigo Grémio da Calheta, Academia Musical Jorgense, no presente desaproveitados para tais práticas, Igreja Matriz da Calheta vista de dois ângulos diferentes, rua na Calheta, o mar a bater nas rochas vendo-se ao longe a ilha do Pico, travelling pelo mar até chegar à curva de uma estrada donde surge a caminhar Norberto d'Ávila, dramaturgo, que se aproxima e olha para o horizonte, junto a uma espécie de miradouro vizinho da estrada, instalações da Sociedade Clube Estímulo, declarações de Laura Oliveira Correia da Cunha Noronha, conhecedora das tradições teatrais daquela terra até por nelas ter participado na sua juventude, que conta como os grupos de teatro amador de então funcionavam, com um ensaiador, representações de variados géneros, espetáculos realizados nas salas das coletividades da povoação, espetáculos de rua em palanques armados nas freguesias rurais, geralmente por ocasião das festas dos padroeiros, exterior da Igreja da Calheta com Norberto d'Ávila a sair detrás dela e a descer as escadas de acesso à rua, placa toponímica com a indicação "Rua José Faustino da Oliveira e Sousa", que outra placa de azulejos por cima diz ser a "Antiga Rua Dos Teatros", frontaria da Sociedade Clube Estímulo sita nessa rua, interior da Sociedade, com salão recheado de cadeiras dispostas em formato de plateia e placa ao centro do friso de uma galeria a dizer "Estímulo 1895 - 1938", aspetos alusivos ao teatro nas paredes interiores, porta envidraçada e coloridamente decorada com motivos de juncos e vários tipos de aves, elemento decorativo por cima da boca de cena, que é uma parte de rosácea, plateia vista do fundo da sala, palco e pano de boca decorado com cercadura de elementos geométricos e zona do meio com paisagem estilizada, ainda na mesma rua, fachada principal e lateral da Academia Musical Jorgense, sala de espetáculos desta com o palco e respetivo pano corrido, G e C, iniciais do nome antigo da coletividade, Grémio da Calheta, gravadas na parede, vista do palco, frisa de camarotes encimando a plateia, piano fechado, focagem de pormenor decorativo relacionado com a música, pormenor decorativo do pano de palco, com paisagem de mar, ilha do Pico e moinho de vento desenhados. Ponta Delgada, apresentação do Coliseu Micaelense, com cerca de três mil lugares de lotação, projeto de Abel de Frias Coutinho inaugurado em 1917, propriedade da Cinaçor - Sociedade de Teatro e Cinema, SARL desde 1950, neste momento correndo risco de sobrevivência, dados os elevados custos de manutenção, zona ribeirinha de Ponta Delgada vista do mar, fachada do edifício em L Coliseu Micaelense, situado no gaveto formado pela avenida Roberto Ivens e rua de Lisboa, no interior, átrio do primeiro andar, com escadas de acesso quer ao andar superior, quer ao inferior, com gradeamentos em ferro forjado a proteger o vão das escadas, pormenor da parte superior de uma das colunas em ferro que suporta a cúpula do imóvel, também com armação em ferro forjado, placas afixadas no Salão Nobre, assinalando artistas que atuaram no Coliseu, sala de espetáculos de luzes acesas, na ocasião mostrando uma decoração carnavalesca, com quatro frisas, a saber, duas ordens de camarotes, a geral e a galeria, em redor da pista circular, palco e pano decorado de boca de cena corrido, pormenores de decoração do arco que circunda aquela, outros elementos decorativos. Ilha Terceira, Cinco Ribeiras, excerto de uma "Dança de Carnaval", manifestação cultural popular típica daquela ilha realizada por grupos amadores nas freguesias por altura do Entrudo e que consistem num bailinho seguido de uma comédia popular, palco com pano de fundo branco decorado com desenhos de máscaras e onde se lê em letras coloridas "Cinco Ribeiras / Carnaval 92", um grupo constituído só por homens interpreta uma comédia popular cujo tema é o poeta Camões, sua vida e obra, com o Mestre ou Puxador, que ostenta um traje vistoso, a dirigir as marcações com o auxílio de uma espada e de um apito, também a fazer uma narração, cantando acompanhado por um grupo instrumental de cordas, onde se destaca um violino.