Dramazine
Programa de informação e divulgação teatral de autoria e apresentação por Castro Guedes, com destaque para as peças de teatro que estão em cena nos vários teatros do país.
Resumo Analítico
Açores, história do arquipélago e marca da insularidade presente na sua cultura própria, enriquecendo o património nacional, como o fez o notável Antero de Quental, poeta e filósofo, revolucionário, tal como já o fizeram outras figuras naturais da região, de que se citam apenas as da área do teatro. Furnas na ilha de S. Miguel, vistas do ilhéu de Vila Franca e da povoação de Vila Franca do Campo na mesma ilha, ilha do Faial, a partir do Monte da Guia, vistas de Feteira, Lajinha e Pasteleiro, do Porto Pim, da cidade da Horta ao fundo e da marina, do istmo que liga o Monte da Guia à restante ilha do Faial, do barco que faz a ligação à ilha do Pico a sair da baía da Horta vendo-se ao fundo, do lado esquerdo, a Ponta da Espalamaca, da Caldeira do Inferno, da Ermida da Senhora da Guia, ainda a partir do Monte da Guia mas de outro ponto, vista da ilha do Pico em frente e ao longe, do lado de cá, da Ponta da Espalamaca e de um troço da estrada de ligação à cidade, que se avista também ao fundo, assim como a marina da Horta, de regresso à ilha de S. Miguel, vistas da povoação das Sete Cidades e Lagoa junta, da cidade de Ponta Delgada a partir do mar, depois, já de terra, de parte da avenida marginal Infante D. Henrique, da praça Gonçalo Velho, com estátua do navegador Gonçalo Velho Cabral, torre do relógio, Portas da Cidade, fotografias dos contemporâneos Natália Correia, Norberto Ávila, José Martins Garcia, todos dramaturgos, Mário Barradas, encenador, Carlos Wallenstein, ator, encenador e dramaturgo, José Peixoto, encenador e, mais antigo, Côrtes-Rodrigues, dramaturgo, início do teledramático "Xailes Negros", excerto de ficção televisiva baseada no romance homónimo de José de Almeida Pavão "Xailes Negros", numa adaptação de José Medeiros e Emanuel Macedo, com realização de José Medeiros, música de Luís de Alberto Bettencourt, é um produção da RTP-Açores de 1986 que retrata, no dizer de Emanuel Carreira no seu livro "30 Anos de RTP-Açores", a sociedade rural micaelense do início dos anos 70, no cenário das Sete Cidades e com a guerra colonial em pano de fundo social e psicológico, recebendo prémios de melhor série televisiva, realização, ator e atriz pela revista "Nova Gente" e "se7es de ouro" para realização e equipa do filme pelo jornal "O Sete", intérpretes Adelaide João, Manuela Eiró e Ávila Costa. Angra do Heroísmo, cidade da ilha Terceira de que se faz uma evocação histórica, nomeadamente recordando o seu papel na rota do comércio da India e a resistência à coroa espanhola na época dos Filipes, é centro da atividade teatral Açoriana, que tem tradição no teatro popular e onde se sedia o Alpendre - Grupo de Teatro, Ilhéus das Cabras, entrada da enseada do porto de Angra do Heroísmo e cidade vista da encosta do Monte Brasil, cidade a partir do monumento-miradouro Alto da Memória, de novo a partir do Monte Brasil, o Alto da Memória lá em cima, para baixo o Jardim do Duque da Terceira, junto a este o Palácio dos Capitães Generais, perto as torres da Sé Catedral, capela tipo "império", destinada ao culto do Espírito Santo, altar e pormenor da imagem da Rainha Santa Isabel, introdutora do culto ao Espírito Santo em Portugal, breve representação de "Danças de Carnaval", cidade e Monte Brasil a partir do Alto da Memória, na Primavera passada decorreram nas instalações da rádio local ensaios de "A Segunda Vida de Francisco de Assis" de José Saramago, encenação de Álamo Oliveira para o Alpendre - Grupo de Teatro, que é a companhia teatral que tem maior tradição e relevância nos Açores, excerto da peça, Castro Guedes entrevista Álamo Oliveira, encenador, poeta, dramaturgo e animador do Alpendre - Grupo de Teatro, que refere a situação teatral no arquipélago dos Açores. Cinco Ribeiras, freguesia da Ilha Terceira, festa e exibição de uma "Dança de Carnaval", um tipo de manifestação cultural característica da ilha, de origem remota e popular, que dezenas de grupos amadores praticam na época do Entrudo, percorrendo freguesias e coleticvidades com o seu bailinho seguido de comédia popular. Num palco, em cujo pano de fundo branco com decoração de máscaras desenhadas se lê em letras coloridas "Cinco Ribeiras Carnaval 92", um grupo constituído só por homens, com instrumentos de cordas e vocal, entre os últimos incluindo cançonetistas travestidos de mulher, interpreta uma moda sob a orientação de um regente, que também canta a solo - é o bailinho, que antecede a fase de comédia popular, com outro grupo, entre as duas fases e do lado da assistência, uma banda de instrumentos de sopro, toca uma música, na atuação do segundo grupo identificam-se vários aspetos característicos das "danças de Carnaval", a estrutura tripartida, comportando a entrada ou saudação, em que o "Mestre" se dirige ao povo que assiste, cumprimentando-o, o assunto, que serve para expor o argumento da dança e ao qual se segue o enredo e, por fim, a despedida, onde se agradece aos espectadores a atenção dispensada, os trajes dos dançarinos, neste caso em número de doze, o conjunto instrumental, no caso vertente só de cordas, com o violino como solista, o modo como se encontra vestido o Mestre ou Puxador, que é quem inicia e conclui cada uma das partes e dirige as marcações, com o auxílio de uma espada e de um apito, ostentando um traje vistoso que inclui chapéu preto de aba larga e lantejoulas brancas, camisa branca com folhos na gola e nos punhos, luvas brancas, colete preto de gola e vidrinhos, cinto branco, calções largos pretos, meias e sapatos brancos, o argumento, que no presente se refere ao poeta Camões e à sua obra, seguido do enredo que inclui o poema "Descalça vai para a fonte", musicado. Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Castro Guedes entrevista Victor Duarte, Secretário Regional da Educação e Cultura da Região Autónoma dos Açores, que expõe a política de subsídios quer para o teatro popular do tipo "danças de Carnaval" e bailinhos, quer para os grupos de teatro, fala também do concurso literário bienal que engloba a categoria dramaturgia e refere a edição de seis peças de teatro de autores açorianos, nas instalações da Secretaria de Estado da Cultura, entrevistador e entrevistado, sentados, conversam. Angra do Heroísmo, a Câmara local com o apoio do Governo Regional e cofinanciamento da Comunidade Económica Europeia tem vindo a proceder à consolidação e restauro do Teatro Angrense, obra orçada em trezentos mil contos. Fachada do edifício, onde são percetíveis alguns sinais de degradação como vidros partidos nas janelas e se vê um andaime montado e também uma placa com informação acerca da obra, Joaquim da Ponte, Presidente da Câmara Municipal da cidade descreve a história do Teatro Angrense, elemento cultural importante na vida de Angra desde a sua primeira edificação em 1860, dando assim expressão ao interesse dos terceirenses pela atividade teatral, como o atesta a existência na cidade de três teatros particulares em meados do século XIX, explicando em que circunstâncias foi adquirido pelo município de Angra e como tiveram início as obras em curso, vista de rua lateral ao Teatro Angrense, com materiais de construção empilhados e grua ao fundo, fachada principal com frontão apresentando "T.A." inscrito, focagem deste elemento, andaime e tapume, escada de incêndios do segundo andar ao rés-do-chão, grua, no interior do edifício, três operários trabalham, sala de espetáculos com camarotes e galeria, no alto, onde mais trabalhadores se encontram a laborar. Ilha de São Miguel, Ribeira Grande, entrevista com Hermano Ataíde Mota, Presidente da Câmara Municipal, acerca do Teatro Ribeiragrandense, que hoje é propriedade do município e apresenta elevado estado de degradação, vista do jardim vizinho ao Teatro , depois o próprio edifício, já no interior, vista de camarotes, alguns atravancados de madeiras, palco com parede do fundo cheia de pichagens, camarotes do outro lado, dois candeeiros de parede, um sem lâmpada e globo, outro aparentemente completo, plateia com cadeira destinada ao comandante dos bombeiros assinalada, teto decorado da sala de espetáculos, elemento decorativo por cima da boca de cena, manchas de humidade no canto superior de uma parede, máscara em pormenor da decoração do teto, parte superior da caixa de palco, evidenciando degradação na parede, teto com estrutura em madeira, de novo pichagens na parede de fundo do palco, parede lateral também em mau estado e onde há vestígios da localização de escada atualmente inexistente.