Lisboa, Museu Nacional do Teatro, depoimento de Jacinto Ramos, ator, conta um episódio passado na fase inicial da sua carreira, durante a representação duma peça na Chamusca integrada em tournée produzida pelo grande mestre do teatro Alves da Cunha, em que por causa duma sucessão de gafes que cometeu e passou o primeiro ato, Castro Guedes, entrevista Jacinto Ramos, que reconhece que ainda hoje sente pavor do público, medo que é tanto maior quanto mais responsabilidade tem e que se prende com um sentimento de ligação à plateia, troféus, fotografia, uma representando na peça "O Príncipe e a Corista", outra em "A Costureirinha da Sé", excerto da peça televisiva "O Adorável Mentiroso", contracena com Eunice Muñoz, frontaria do Teatro Nacional Dona Maria II, ao tempo da Companhia Rey Colaço e Robles Monteiro nos anos 50 a peça "A Visita da Velha Senhora", excerto de "Pedro, o Cru" de António Patrício, numa realização televisiva de Herlander Peyroteo, no papel do rei Pedro, fotografia em que aparece integrado num grupo de atores do Teatro Experimental do Porto que representou a peça "Jorge Dandin", ator contracenando em outras tantas peças, excerto da peça televisionada "O Diário de Um Louco", monólogo, Jacinto Ramos, desde a fundação em 1945 com o ator José Viana, do Grupo de Teatro amador da Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, passando pelos prémios da Casa da Imprensa em 1963 e 1966 e outros recebidos como ator teatral, pelo trabalho de encenador, pela atividade no cinema e televisão, até à integração no atual elenco do Teatro Nacional D. Maria II, a sua experiência de vida no teatro, Jacinto Ramos diz que há públicos diferentes para diversos géneros de teatro e até mesmo dentro de cada peça, em cada dia, recordando que uma vez em Estremoz, contracenando com Eunice Muñoz se depararam com um público que não reagia, mas no final houve grandes ovações e o público entusiasmado de pé, fala da sua larga experiência de tournées, opinando que hoje não se faz itinerância por razões económicas, até de condições laborais, além de que os teatros estão de um modo geral em ruína, razão por que dá os parabéns ao Secretário de Estado da Cultura por ter destinado cerca de dois milhões de contos para reabilitação desses espaços. Vila Real, história e atual estado de degradação do Cine-Teatro Avenida, vista geral de Vila Real, vista de zona baixa da cidade, junto ao rio Corgo e a ponte antiga, depois vista da Ponte Metálica já no alto, estátua do Comandante Carvalho Araújo e pedestal com esculturas em pedra, na placa central da avenida com o seu nome, rotunda ao fim da avenida, torre sineira barroca e braço sul do transepto da Igreja de S. Domingos ou Sé de Vila Real, esplanadas na referida avenida e área anexa, passeios revestidos de calçada portuguesa, conjunto escultórico de homenagem aos combatentes do Ultramar, com edifício dos Paços do Concelho ao fundo, placa central da avenida ajardinada e frontaria do Cine-Teatro Avenida, interior do Teatro, hall de vitrines vazias, com escada dando acesso ao primeiro andar e também com entrada para a plateia da sala de espetáculos, palco e plateia a partir do fundo da sala, luzes acesas, balcão do lado do palco, pormenor do balcão, foyer no primeiro andar com vitrines vazias e balaustrada, parte superior da caixa de palco em mau estado, respetiva escada de acesso, cadeiras e mesas empilhadas e arrumadas junto às paredes da caixa de palco. Lisboa, continuação da entrevista com Jacinto Ramos, sobre teatro, defende que seja qual for a natureza do grupo de teatro independente, experimental ou profissional, o seu diretor precisa de possuir feeling de empresário para criar um público, por outro lado tem a opinião que falta transparência no esclarecimento público, como há na vizinha Espanha, sobre volume e natureza das receitas, número de espectadores pagantes e de convite, exprime a ideia que hoje há um melhor encontro entre as pessoas do teatro, embora falte entendimento entre os dois sindicatos, que por sua vez deviam ser mais ouvidos pelos poderes públicos, acabando por recordar a falta de apoio que o Grupo de Teatro Amador da Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul teve por parte do Estado Novo. Cartaz de teatro, rio Tejo e Baixa lisboeta a partir do Castelo de S. Jorge, ao mesmo tempo que se anuncia a apresentação de uma colagem de textos do reportório popular, na Galeria Monumental, pelo Teatro Tejo, cartaz e excerto com Alexandra Lencastre e José Wallenstein, atores, de "A Gaivota", que vai à cena no Teatro da Graça, pelo Grupo Teatro Hoje, no Teatro do Bairro Alto sobe ao palco "Apanhados no Divã" pelo Teatro da Cornucópia, parte alta da fachada do Teatro Municipal Mirita Casimiro, no Monte Estoril, onde Carmen Dolores, é homenageada pelo TEC - Teatro Experimental de Cascais, integrando o elenco de "Os Espectros de Ibsen", entrada à noite do Teatro Municipal de Almada, que apresenta "A Música II" da Companhia de Teatro local, excerto de "No Sofá-Cama Com ...", João Baião, Teresa Corte-Real e Paula Cruz, atores, que pode ser visto em bares da capital, excerto do "2º Festival da Otite", com Almeno Gonçalves, em exibição no café-teatro da Comuna, anúncio luminoso do Teatro Ibérico e cartaz da peça infantojuvenil "Sopinhas de Mel" nele exibido, excerto de "Carícias", com Marina Albuquerque, atriz, que está no Teatro do Século, excerto de "Nápoles Milionária", com Francisco Brás, Margarida Carpinteiro e Mário Viegas, que pode ser visto no Teatro Municipal de S. Luís, pela Companhia Teatral do Chiado. Continuação da entrevista com Jacinto Ramos, sobre os seus projetos teatrais, fala dos seus projetos, que incluem a peça "Dueto a Solo" do inglês Tom Kempinski, para a qual pediu apoio à Secretaria de Estado da Cultura e que será levada à cena na sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II, enquanto o seu recital "Cantando Espalharei" irá ao Porto, cujo público é para si o melhor que já teve até à data e a propósito recorda o modo como foi cumprimentado e vitoriado no fim da representação de "O Diário de Um Louco" no Cine-Teatro São João.