Lisboa, no Teatro Municipal Maria Matos, Departamento Cultural do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal promove os Encontros com o Teatro, quer através da apresentação do "Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente, quer pela realização de sessões didáticas e recreativas para os mais novos, como é o caso presente, onde se propicia às crianças o fazer teatro, grupo de homens conversam, enquanto crianças circulam no átrio do Teatro Maria Matos, crianças e professores aguardam entrada na sala de espetáculos, plateia, em palco, um rapaz e uma rapariga simulam uma cena de bofetada sob orientação do Alberto Villar, encenador e autor, outro rapaz, com máscara de crocodilo, move-se no palco, Igor Sampaio, ator desenha um figurino numa tela colocada em cima do palco, enquanto o duo de crianças de há pouco prossegue a cena, com a rapariga a fingir que chora, Alberto Villar entrega um pano a alguém e mostra algo ao público, numa mesa de maquilhagem, com máscara pendurada no espelho, Paula Mora com maquilhagem e Igor Sampaio desenha, depoimento de Barrão da Cunha, diretor do Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, expõe vários números relativos aos projetos didático-culturais nas áreas da dança, música e teatro, com relevo para este, que o Departamento vem desenvolvendo e que visam a criação de hábitos culturais na população lisboeta, o presente Encontro com o Teatro no Teatro Municipal Maria Matos é um dos projetos didático-culturais da Câmara Municipal da cidade, que este ano já abrangeu mais de vinte mil pessoas, na maioria jovens do ensino preparatório e secundário e que terminou com a representação da peça "As Desventuras de um Barbeiro", de Adolfo Simões Müller, plateia repleta de público, palco com Alberto Villar, Paula Mora e Igor Sampaio, crianças na plateia, excerto da peça de teatro "As Desventuras de um Barbeiro", com Paula Mora, atriz em cena. Porto, Teatro Rivoli, local do 1º Congresso Mundial de Teatro e Educação, Castro Guedes, entrevista Carlos Fragateiro, coordenador da Comissão Executiva, e Francisco Beja, coordenador das Relações Internacionais, que explicam com algum detalhe o que vai ser o Congresso, enumeram os objetivos, temas, e presenças internacionais, anunciando ainda a fundação da Associação Internacional de Teatro e Educação, que vai ter sede em Portugal durante os próximos três anos, e a criação de um Fundo de Solidariedade que visa ajudar os representantes de doze países pobres a deslocarem-se ao Porto. Lisboa, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Castro Guedes, entrevista Maria João Brilhante, professora e membro do Conselho Científico da Faculdade, também crítica teatral e dramaturgista, o tema abordado é o curso de pós-graduação, a iniciar no próximo ano letivo, de Estudos de Teatro, vistas de Lisboa, Castelo de São Jorge, Maria João Brilhante diz que não se trata de um curso técnico como o das Escolas de Teatro, nem tão pouco um estudo tradicional de literatura dramática, antes um curso que põe em relevo as relações entre as vertentes histórica, prática e teórica do Teatro, deixando indicações sobre saídas profissionais, condições de ingresso, horário de funcionamento e atividades curriculares fora da Faculdade, Escola Superior de Teatro e Cinema, sucessora do Conservatório Nacional, pormenores escultóricos da frontaria do edifício, primeiro no frontão de uma janela, depois no frontão central, fachada lateral, parte central da frontaria, com focagem da porta principal gradeada, Jorge Listopad, Presidente da Comissão Instaladora da Escola Superior de Teatro e Cinema, fala sobre a atividade de teatro da Escola, instalações da ESTC, diz que, pertencendo à rede do ensino politécnico, esta é uma escola de cariz técnico que não descura uma componente cultural e disciplinas teóricas, sendo que a ESTC coexiste no mesmo edifício antiquado com mais cinco escolas, problema que está em vias de ser ultrapassado mediante novas e modernas instalações, almejando ainda a ESTC o prolongamento dos estudos do bacharelato à licenciatura, pois o Teatro é uma disciplina que podia ser comparada às disciplinas científicas, instalações do ESCT, Castro Guedes, entrevista a Glória de Matos, atriz e professora da Escola Superior de Teatro e Cinema, sobre o ensino de teatro, o papel do professor numa escola como aquela, defende ser o bom ator um artista que constrói com o seu talento um personagem e, ao mesmo tempo, um artesão que com técnica aprendida o recria todos os dias, considera que o ensino de teatro em Portugal segue de um modo geral os padrões europeus, que há muitos jovens a despontar no teatro português, que a sua experiência de ensino a adultos de técnicas de voz e comportamento têm-lhe comprovado que Shakespeare tinha razão quando dizia que "o Mundo é um enorme palco, nós, homens e mulheres, uns meros atores" e que ela costuma dizer, fazendo um acrescento ao aforismo popular, que "de médico, louco e ator, todos temos um pouco", no Teatro Casa da Comédia, exibição da peça "Good-bye Século XX", de Fernando Gomes, encenador, coreografia de Victor Linhares, espaço e figurinos de António Filipe, arranjos musicais de Quim Tó, atores em palco, Isabel Ribas, Fernando Luís, Elsa Galvão, Maria Vieira, Fernando Gomes, Maria Emília Correia e Maria Vieira, com plumas, canta, entrando de seguida Elsa Galvão e Maria Emília Correia, que dançam, Fernando Luís e Isabel Ribas contracenam, número de dança com Fernando Luís e Elsa Galvão, "à marinheira", com os atores Fernando Gomes por fora, marcham e cantam, a dada altura destaque para Elsa Galvão e Maria Emília Correia, seguem-se piruetas de Maria Vieira, voltam todos a marchar e a cantar, relevo depois para Isabel Ribas e acaba com marcha e coro.