Dramazine

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Programa de informação e divulgação teatral de autoria e apresentação por Castro Guedes, com destaque para as peças de teatro que estão em cena nos vários teatros do país.

  • Nome do Programa: Dramazine
  • Nome da série: Dramazine
  • Locais: Vila Nova de Anha, Portugal
  • Personalidades: Castro Guedes, Manuela Maria, Joaquim Benite, Carlos Fernando, Redondo Júnior, Jacinto Ramos, Ana Bustorff, Miguel Abreu, Manuela de Freitas, Fernanda Lapa, Maria Amélia Mata, Artur Ramos, Paula Guerreiro
  • Temas: Artes e Cultura
  • Canal: RTP 2
  • Menções de responsabilidade: Autoria e Apresentação: Castro Guedes. Locução: Fátima Castro.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Vila Nova de Anha, o som das Janeiras cantadas pelo Grupo "Cantares do Minho" irrompe na aldeia minhota, entardecer numa aldeia minhota, um grupo de pessoas, muitas jovens, caminham por uma estrada de pedra, transportando candeeiros de petróleo e instrumentos musicais, rua com casas de pedra, grupo toca e canta, tocador de viola e solista, cantadores e tocadores, param e esperam, ninguém aparece, dizem umas piadas, riem-se e vão-se embora, atravessam ruas da aldeia, entram num átrio, arrumam-se, cantam e tocam diversos instrumentos, lanternas acesas, a canção é dedicada ao Senhor Manuel e à Dona Senhora Adelaide, param de cantar e tocar, uma porta abre-se e aparece um homem e a sua família, saúda os presentes, no que é retribuído, convida o grupo para comer, mesa recheada de comes e bebes. Depoimento de Manuela Maria, atriz, pensa que o melhor de 1991 foram as peças que se estrearam, e faz votos para que este ano todos os teatros se abram, se representem muitas peças e o público continue a corresponder, numa sala, a atriz encontra-se sentada numa cadeira de braços, ao lado de um pote com flores, vendo-se uma lareira ao fundo. Depoimento de Joaquim Benite, encenador da Companhia de Teatro de Almada, realiza um balanço discriminativo da atividade teatral de 1991, discrimina, na sua intervenção, pela positiva, o diálogo da Secretaria de Estado da Cultura, o impulso à descentralização teatral, a consolidação e valia dos grupos independentes, a visibilidade de autores nacionais, o incremento de festivais, o surgimento de revistas de teatro, as comemorações dos 50 anos de carreira da atriz Eunice Muñoz, pela negativa, a continuação da inexistência de uma rede de salas de teatro no país, o fecho de teatros, a morte do grande encenador Carlos Fernando, e do crítico teatral de referência e ensaísta Redondo Júnior, formula o desejo de melhores condições para as companhias de teatro. Depoimento de Jacinto Ramos, ator e encenador classifica 1991 como um ano muito importante para o teatro português, realça o espetáculo "Madame de Sade" dirigido pelo sueco Ingmar Bergman e incluído no Festival Internacional de Teatro, assinala o êxito estrondoso de "Passa por mim no Rossio" que questiona o papel de um Teatro Nacional, espera que a embalagem ganha este ano não se perca no futuro, Jacinto Ramos sentado num sofá branco, numa sala com lareira, extrato sem som da revista "Passa por mim no Rossio", no Teatro Nacional D. Maria II, enquanto o encenador prossegue a sua declaração. Depoimento de Ana Bustorff, atriz que fala da sua experiência na Companhia de Teatro de Braga, das oportunidades de trabalho que 1991 lhe trouxe e das limitações que a condição de cidade algo periférica acarreta, Ana Bustorff sentada numa cadeira tendo por detrás uma parede pejada de cartazes de teatro. Miguel Abreu, produtor, diretor da revista "O Actor", enaltece o aparecimento em 1991 de companhias de jovens, sublinha a importância da comemoração dos 50 anos de carreira da atriz Eunice Muñoz, Miguel Abreu sentado numa cadeira junto a uma mesa repleta de material informático e alguns livros. Depoimento de Manuela de Freitas, atriz, expõe de forma eloquente e sarcástica a sua opinião radical acerca do que marca 1991, apelidando de enorme mistificação do teatro português o espetáculo de musical que ocupa o Teatro Nacional D. Maria II há tanto tempo, zurzindo nos seus responsáveis, mas enaltecendo os grupos e as pessoas que continuam a investir para que "o teatro seja uma arte viva indispensável a uma comunidade". Depoimento de Fernanda Lapa, atriz e encenadora diz que a "colheita teatral" em 1991 foi de extrema qualidade, mas só em algumas regiões demarcadas, Lisboa e pouco mais, enumerando depois factos que ocorreram durante o ano, a atriz sentada a uma mesa, com livros, de óculos na mão discrimina vários aspetos, é negativo que continue a faltar uma política teatral, que não haja espaços teatrais espalhados pelo país, que o Museu da Marioneta esteja votado ao abandono, curioso é o fenómeno sociológico que aconteceu com a revista do Teatro D. Maria II, é positivo a presença de grupos portugueses no estrangeiro, a continuação dos Festivais de Teatro, o aparecimento de novos autores a serem representados, o surgimento de mulheres a dirigir espetáculos de teatro; encara 1992 com otimismo e espera que o Teatro Nacional retome o seu papel. Depoimento de Maria Amélia Mata, atriz fala das duas experiências gratificantes que viveu 1991, com as representações na revista "Passa por mim no Rossio" e no teatro-concerto "Amor de Perdição", em Bruxelas, integrado na Europália, apontando como acontecimento mau deste ano o falecimento do encenador Carlos Fernando, Maria Amélia Mata sentada á mesa de uma esplanada. Depoimento de Artur Ramos, encenador e realizador de televisão considera 1991 um ano frouxo para o teatro, destacando pela positiva a peça "O Pecado de João Agonia" de Bernardo Santareno pelo Teatro Experimental de Cascais e pela negativa a exploração do sucesso de "Passa por mim no Rossio" que desvirtua o papel de um Teatro Nacional, desejando que no futuro o poder atenda à opinião das gentes do teatro e a RTP faça mais pelo teatro, Artur Ramos sentado, fotografias da peça "O Pecado de João Agonia", encenação de Carlos Avilez para o TEC, cartaz. Depoimento de Paula Guerreiro da Rádio Paris Lisboa faz o balanço de 1991 como um ano riquíssimo para o teatro, destacando as peças da Cornucópia "Comédia de Rubena" de Gil Vicente e "Muito Barulho por Nada" de Shakespeare, as peças "Pais e Filhos" de Turgueniev pelo Teatro da Graça e "Inverno de 45" de Michel Deutsh no Teatro da Trindade, a realização de um Festival Internacional de Teatro, assinalando como único acontecimento negativo a morte do encenador Carlos Fernando, Paula Guerreiro sentada em cadeira de braços numa sala com lareira.

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