Dramazine
Programa de informação e divulgação teatral de autoria e apresentação por Castro Guedes, com destaque para as peças de teatro que estão em cena nos vários teatros do país.
Resumo Analítico
Lisboa, revista "Passa por Mim no Rossio" com encenação de Filipe La Féria, no Teatro Nacional D. Maria II, alguns dos atores e cantores em palco durante a representação, José Jorge Duarte, Curado Ribeiro, Fernanda Borsatti e Ruy de Carvalho, no final, na fase de agradecimentos e festejos, Rita Ribeiro, Simone de Oliveira, Lurdes Norberto, São José Lapa, Eunice Muñoz, Catarina Avelar, Varela Silva, João Perry, cai o pano que tem inscrito o título da revista, o encenador Filipe La Féria recorda três situações burlescas por si vividas, uma quando ainda criança se apercebe que os ídolos também comem, outra que faz jus à sua fama de encenador exigente a ponto de uma atriz ter um ataque epilético e uma terceira em que um crítico teatral é surpreendentemente iludido pelo contexto sonoro externo ao teatro onde a peça se desenrola, tomando-o como parte integrante desta, Filipe La Féria sentado num sofá, no Teatro Nacional D. Maria II. Em sete casos e Setúbal num são as cidades que fazem parte dum roteiro não exaustivo de sucessos teatrais de género diverso durante o ano de 1991, excertos da revista "Vamos a Votos!..." no Teatro Maria Vitória, com a cantora e atriz Lena Coelho e o corpo de baile em palco, das peças "Até Que Como o Quê Quase" no Teatro do Bairro Alto pelo Teatro da Cornucópia, com os atores Gilberto Gonçalves, Luísa Cruz e Márcia Breia em palco, "Desimaginação" no Clube Estefânia pelo grupo Persona, com os atores Jorge Alonso e Carlos Borges em cena, "Inverno de 45" no Teatro da Trindade, com Armando Cortez no palco, "A Morte do Palhaço" no Teatro Maria Matos por O Bando, com os atores Paula Só, Eduardo Viana, Pompeu José, Vasco Gil e Horácio Manuel representando, "Pais e Filhos" no Teatro da Graça pelo Grupo de Teatro Hoje, com interpretações dos atores Fernando Luís, André Maya, António Rama e Mário Jacques, da revista "Era uma Vez em... Setúbal" no Forum Luísa Todi pelo Teatro de Animação de Setúbal, com a fadista Maria da Piedade em palco, do musical "Amor Também de Perdição" no Teatro do Calvário, com todo o elenco de dez atores em palco, Agostinho Macedo, Carlos Macedo, Elsa Galvão, Fernanda Santana, Fernando Gomes, Henrique Macedo, Kim Cachopo, Maria João Vieira, Rita Mira e Rui Paulo. Castro Guedes, apresentador do Dramazine, entrevista o Secretário de Estado da Cultura, Pedro Santana Lopes sobre o balanço que faz da atividade teatral durante o ano de 1991 e sobre as regras que vão orientar a Secretaria de Estado nos próximos anos, o apresentador introduz a entrevista realçando factos relevantes ocorridos em 1991 no campo do teatro, concluindo que o balanço é francamente positivo, Santana Lopes concorda e anuncia que o objetivo é dar continuidade a esse trabalho de reanimação da comunidade teatral, em 1992 pretende-se levar a vida do teatro para fora de Lisboa, realizações como o Festival Internacional de Teatro ou a Capital Nacional do Teatro vão ter uma 2ª edição; reconhece que há um problema de espaços para teatro no Porto e que envolve o Teatro de São João, o Rivoli, o Auditório Carlos Alberto, expressa a ideia de que o Estado central tem obrigação de resolver o problema da falta de casas de teatro fora da capital, construindo uma rede básica de espaços eventualmente polivalentes, em colaboração com as autarquias e os polos universitários, a política de subsídios à atividade teatral vai continuar mas secundarizada à criação dessa rede de infraestruturas e equipamentos, os subsídios à atividade serão atribuídos de acordo com o regulamento existente e tendo em atenção o apoio a novos valores e a divulgação no estrangeiro de atores, encenadores, dramaturgos de créditos firmados, referência à edição de autores portugueses, clássicos ou novos dramaturgos e aos grupos de teatro que se empenhem em levá-los à cena, a política é de continuidade, a aposta do Governo é a de ressurgimento do teatro português, e se há Eunice Muñoz, há também novos valores, o género comédia deixou de estar moribundo, todos os géneros têm o seu lugar e, garante, a Secretaria de Estado da Cultura não tem preferências quanto a encenadores, atores, técnicos. Vila Nova de Anha, o som das Janeiras cantadas pelo Grupo "Cantares do Minho" irrompe na aldeia minhota, casas de pedra, tocador de viola e grupo de pessoas com predominância de jovens tocam diversos instrumentos e começam a cantar, encontram-se voltados para uma casa de rés-do-chão e 1º andar, para a música, uma janela abre-se e aparece um homem que saúda o grupo, que retribui a saudação, o homem dá os parabéns e deixa cair uma nota que um elemento do grupo apanha, agradecimentos, retoma a cantoria.